quarta-feira, 13 de setembro de 2017

15ª Quarta-feira Depois de Pentecostes

13 de Setembro de 2017 (CC) / 31 de Agosto (CE)
Deposição da Preciosa cintura da SS. Mãe de Deus em Xalcopratia (séc. VI); 
Hieromártir Cipriano, Bispo de Cartago († 258)
Pré-festa do Início do Ano Litúrgico
Modo 5





Sobre o evento da trasladação do precioso cinto (faixa) da Santa Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, há duas referências a respeito: pode ter sido realizada pelos reis Arcadius ou Teodósio II, e foi transferido de Jerusalém para Constantinopla, sendo depositado no interior de um nicho de ouro, Transcorridos 410 anos, o rei Leão, o sábio, abriu este nicho buscando a cura para a sua rainha que se encontrava sob a possessão de um espírito impuro, Encontrou então este precioso cinto da Santa Mãe de Deus que começou a irradiar uma luz não criada, Havia um selo de ouro no qual estava indicado o dia e o ano em que fora trasladado para Constantinopla, Depois de se prostrar com grande devoção, o Patriarca tomou em suas mãos o precioso cinto e o estendeu sobre o corpo da rainha que, imediatamente se sentiu libertada, Todos começaram então a glorificar a Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e agradecer à sua mãe que é a protetora fiel de todos os cristãos, nossa ajuda e intercessora em cada instante de nossas vidas. 

Comemoração de São Cipriano 
O Hieromártir Cipriano, bispo de Cartago, nasceu por volta do ano 200, na cidade de Cartago (África do Norte), onde toda a sua vida e obra ocorreu. Thascius Cyprianus era o filho de um rico senador pagão, e recebeu uma educação secular fina, se tornou um esplêndido orador e professor de retórica e filosofia na escola de Cartago. Muitas vezes aparecia nos tribunais para defender os seus concidadãos. 
Cipriano depois lembrou que por um longo tempo tinha "permanecido em uma névoa escura profunda .., longe da luz da Verdade." A fortuna que acumulara, herança de seus pais e de seu trabalho, foi gasta em banquetes suntuosos que não foram capazes de saciar nele a sede de verdade. Cipriano, então, familiarizou-se com os escritos do Apologista Tertuliano, e tornou-se convencido da verdade do Cristianismo. O santo Bispo escreveu mais tarde que ele pensara que lhe era impossível alcançar a regeneração prometida pelo Salvador, por causa de seus hábitos.  
Cipriano foi ajudado por seu amigo e guia, o Presbítero Cecílio, que lhe garantiu o poder da graça de Deus. Aos 46 anos de idade, o ilustre pagão foi recebido na comunidade cristã como um catecúmeno. Antes de aceitar o batismo, distribuiu os seus bens aos pobres e se mudou para a casa do presbítero Cecílio.  
Quando São Cipriano foi finalmente batizado, escreveu em seu "Tratado Para Donatus": 
 "Quando a água da regeneração limpou a impureza da minha antiga vida, uma luz do alto brilhou em meu coração ... e o Espírito me transformou em um novo homem por um segundo nascimento. Então, ao mesmo tempo, de uma maneira milagrosa, a certeza substituiu a dúvida, mistérios foram revelados, e as trevas tornaram-se luz .... Então era possível reconhecer que o que nasceu da carne e viveu para o pecado era terreno, mas o que o Espírito Santo havia vivificado começou a ser de Deus .... Em Deus e de Deus é toda a nossa força .... É por meio dEle que, enquanto vivermos sobre a terra, somos orientados para um futuro feliz."  
Dois anos depois de seu batismo, o santo foi ordenado ao sacerdócio. Quando o Bispo Dênatus, de Cartago, morreu, São Cipriano foi escolhido bispo por unanimidade. Atendendo ao pedido de seu Pai Espiritual, Cipriano aceitou a indicação, e foi consagrado bispo de Cartago no ano 248.  
O Santo antes de tudo se preocupou com o bem estar da Igreja e da erradicação de vícios do clero e do rebanho. A vida santa do Arquipastor despertava em todos um desejo de imitar a sua piedade, humildade e sabedoria. A atividade fecunda de São Cipriano ficou conhecida além dos limites da sua diocese. Bispos de diversas partes, muitas vezes, vieram lhe visitar para aconselhamento sobre como lidar com vários assuntos.  
A perseguição do Imperador Décio (249-251), revelada ao santo em uma visão, o obrigou a fugir e se esconder. Para o seu rebanho, era necessário que sua vida fosse preservada a fim de fortalecer a fé e coragem entre os perseguidos. Antes de deixar sua diocese, o santo distribuiu os fundos da igreja entre todos os clérigos para o auxílio dos necessitados, e, além disso, de seus próprios recursos enviou mais fundos. 
Cipriano manteve contato constante com os cartagineses cristãos através de suas epístolas, e escreveu cartas para presbíteros, confessores e mártires. Alguns cristãos, intimidados por tortura, ofereceu um sacrifício aos deuses pagãos. Estes cristãos traidores apelaram aos confessores, pedindo para dar-lhes o que era chamado de uma carta de reconciliação, ou seja, um certificado para aceitá-los de volta para a Igreja. São Cipriano escreveu uma carta geral para todos os cristãos cartagineses, afirmando que aqueles que traíram a Fé durante o tempo de perseguição poderia ser admitido na Igreja, mas tal aceitação deveria ser precedida de uma investigação das circunstâncias em que a apostasia surgiu. Isto era necessário para se poder determinar a sinceridade do arrependimento de tal infidelidade. Admiti-los só era possível após penitência, e com a permissão do bispo. Alguns dos apóstatas exigiram sua imediata readmissão na Igreja e isto causou agitação em toda a comunidade. São Cipriano escreveu aos bispos de outras dioceses pedindo opinião deles, e de todos recebeu total aprovação de suas diretrizes.  
Durante sua ausência, o Santo autorizou a quatro sacerdotes para examinar a vida das pessoas que se preparam para a ordenação ao sacerdócio e ao diaconato. Este encontrou resistência do leigo Felicissimus e do Presbítero Novatus, despertando a indignação contra o seu bispo. São Cipriano excomungou Felicissimus e seis de seus seguidores. Em sua carta ao rebanho, o Santo mansamente admoestou todos a não quebrarem a unidade da Igreja, que se sujeitassem às decisões canônicas do bispo e aguardarem o seu retorno. Esta carta manteve a maioria dos cristãos cartagineses fiéis à Igreja. 
Em pouco tempo, São Cipriano voltou para o seu rebanho. A insubordinação de Felicissimus teve fim em um Concílio local no ano de 251. Este Concílio decretou que era possível receber novamente na Igreja os que haviam tropeçado depois de uma penitência, e confirmou a excomunhão de Felicissimus. 
Durante este tempo, ocorreu um novo cisma, liderada pelo presbítero romano Noviciano, e juntou-se ao presbítero cartaginês Novatus, um ex-adepto de Felicissimus. Novaciano afirmava que aqueles que cairam durante o tempo de perseguição não poderia ser readmitido, mesmo que se arrependessem dos seus pecados. Além disso, Novaciano com a ajuda de Novatus, convenceu três bispos italianos a depor o canônico Bispo de Roma, Celerinus, e eleger outro para ocupar a cátedra romana, uma vez que Celerinus apoiava Cipriano. Contra tal iniqüidade, o Santo escreveu uma série de encíclicas aos bispos africanos, e mais tarde um livro inteiro, sobre a unidade da Igreja." 
Quando a discórdia na igreja Cartaginense começou a se acalmar, uma nova calamidade começou: uma peste assolou os habitantes de Cartago. Centenas de pessoas fugiram da cidade, deixando os doentes sem ajuda, e os mortos sem sepultura. São Cipriano, proporcionando um exemplo pela sua firmeza e sua coragem, socorria os doentes e enterrava os mortos, não apenas cristãos, mas também os pagãos. A praga foi acompanhada por uma seca e pela fome. Uma horda de bárbaros númidas, aproveitando-se da desgraça, caiu sobre os habitantes, levando muitos em cativeiro. São Cipriano apelava ao cartagineses ricos para proverem meios para alimentar os prisioneiros famintos e pagar os seus resgates. 
Quando uma nova perseguição contra os cristãos foi deflagrada sob o Imperador Valeriano (253-259), o Procônsul cartaginês Paternus ordenou ao santo oferecer sacrifício aos ídolos. São Cipriano somente se recusou a praticar tal abominação, como também se recusou a dar os nomes e endereços dos presbíteros da igreja de Cartago. Eles enviaram o santo para a cidade de Curubis, e o Diácono Pontus voluntariamente seguiu seu bispo para o exílio.  
No dia em que o santo chegou ao local de exílio, teve uma visão, prevendo para si um rápido martírio muito próximo. Enquanto no exílio, São Cipriano escreveu muitas cartas e livros. Desejando padecer em Cartago, voltou para lá. Tendo comparecido ao tribunal, foi posto em liberdade até o ano seguinte. Quase todos os cristãos de Cartago foram se  despedir de seu bispo e receber sua bênção.  
No julgamento, São Cipriano calma e firmemente, se recusou a oferecer sacrifícios aos ídolos, e foi condenado à decapitação com uma espada. Ao ouvir a sentença, São Cipriano disse: "Graças a Deus!" Todas as pessoas gritaram a uma só voz: "Vamos também ser decapitado com ele!" 
Chegando ao local da execução, o santo novamente deu sua bênção a todos e se dispôs a dar vinte e cinco moedas de ouro para o carrasco. Ele então amarrou um lenço sobre os olhos, e deu as mãos para ser amarradas ao Presbítero e ao Arquidiácono que estavam em pé ao seu lado, e baixou a cabeça. Os cristãos colocam suas toalhas e panoss na frente dele, a fim de coletar o sangue do mártir. São Cipriano foi executado no ano 258. O corpo do santo foi sepultado à noite em uma cripta particular do procurador Macrobius Candidianus. 
Alguns dizem que suas santas relíquias foram transferidas para a França, no tempo do rei Charles, o Grande (ou seja, Carlos Magno, 771-814). 
São Cipriano de Cartago deixou para a Igreja um precioso legado: seus escritos e 80 cartas. As obras de São Cipriano foram aceitas pela Igreja como um modelo de confissão Ortodoxa e lida em dois Concílios Ecumênicos (Éfeso e Calcedônia). 
Nos escritos de São Cipriano, o ensinamento Ortodoxo sobre a Igreja afirma: Ela tem o seu fundamento no Senhor Jesus Cristo, e foi proclamada e edificada pelos Apóstolos. A comunhão interior é expressa em uma unidade de fé e do amor, e da unidade externa é atualizada pela hierarquia e os sacramentos da Igreja. 

Na Igreja Cristo compreende toda a plenitude da vida e salvação. Aqueles que se separaram da unidade da Igreja não têm a verdadeira vida em si mesmos. O amor cristão é mostrado como o vínculo que mantém a Igreja juntos. "O amor é o fundamento de todas as virtudes, e conosco continua eternamente no Reino Celestial."



Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 


Gálatas 3:15-22



15 Irmãos, como homem falo. Um testamento, embora de homem, uma vez confirmado, ninguém o anula, nem lhe acrescenta coisa alguma. 16 Ora, a Abraão e a seu descendente foram feitas as promessas; não diz: E a seus descendentes, como falando de muitos, mas como de um só: E a teu descendente, que é Cristo. 17 E digo isto: Ao testamento anteriormente confirmado por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não invalida, de forma a tornar inoperante a promessa. 18 Pois se da lei provém a herança, já não provém mais da promessa; mas Deus, pela promessa, a deu gratuitamente a Abraão. 19 Logo, para que é a lei? Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem a promessa tinha sido feita; e foi ordenada por meio de anjos, pela mão de um mediador. 20 Ora, o mediador não o é de um só, mas Deus é um só. 21 É a lei, então, contra as promessas de Deus? De modo nenhum; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. 22 Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos que creem. 

Marcos 6:7-13


7 E chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e dava-lhes poder sobre os espíritos imundos; 8 ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, senão apenas um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro no cinto; 9 mas que fossem calçados de sandálias, e que não vestissem duas túnicas. 10 Dizia-lhes mais: Onde quer que entrardes numa casa, ficai nela até sairdes daquele lugar. 11 E se qualquer lugar não vos receber, nem os homens vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. 12 Então saíram e pregaram que todos se arrependessem; 13 e expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.



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