segunda-feira, 3 de junho de 2019

6ª Segunda-feira da Páscoa


03 de Junho de 2019 (CC) / 21 de Maio (CE)
Santos Imperadores Constantino e Helena, Iguais-aos-Apóstolos
Tom 5





«Cristo ressuscitou dos mortos, 
Pisoteando a morte com Sua morte, 
E outorgando a vida 
Aos que jaziam nos sepulcros!»


O Santo Imperador Constantino (306-337), recebeu da Igreja o título de "Igual aos Apóstolos", e na história mundial recebeu o nome de "o Grande". Ele era filho de César Constantius Chlorus (305-306), Governador das terras da Gália e da Britânia. O imenso Império Romano foi neste momento dividido em Império Ocidental e Oriental, à frente do qual estavam dois Imperadores independentes e também co-governantes intitulados "Césares". O pai de São Constantino era o Imperador do Ocidente. A mãe de São Constantino era a Imperatriz Helena, que era cristã. O futuro governante de todo o império romano - Constantino - foi criado para ter respeito pela religião cristã. Seu pai não perseguiu os cristãos nas terras governadas por ele; embora, neste tempo, por todo o resto do Império Romano, os cristãos estivessem submetidos a ferozes perseguições pelos Imperador Diocleciano (284-305) junto com seu Co-regente Maximiano Galério (305-311) no Oriente, e o Imperador Maximiano Hércules (284-305) no Ocidente. 
Após a morte de Constâncio Cloro, seu filho Constantino, em 306, foi proclamado pelo exército como Imperador da Gália e da Britânia. O primeiro ato do novo Imperador foi promulgar nas terras sujeitas a ele a liberdade de confissão da fé cristã. O pagão fanático Maximiano Galério, no Oriente e o feroz tirano Maxêncio, no Ocidente odiavam o Imperador Constantino e planejaram derrubá-lo e matá-lo, mas, Constantino os derrotou em uma série de batalhas; e ele derrotou seus oponentes com a ajuda de Deus. Constantino orou a Deus para lhe dar um sinal, que deveria inspirar seu exército a lutar valentemente, e o Senhor manifestou a ele nos céus um Radiante Sinal da Cruz com a inscrição "Com este Sinal tu conquistarás". Tendo-se tornado o único governante da metade ocidental do Império Romano, Constantino no ano 313 emitiu o Edito de Milão relativo à tolerância religiosa, e no ano 323, quando veio a governar como o único governante sobre todo o Império romano, estendeu as condições do Edito de Milão também sobre a metade Oriental do Império Romano. Depois de trezentos anos de perseguição, os cristãos finalmente receberam a possibilidade de confessar abertamente sua fé em Cristo.

Renunciando ao paganismo, o Imperador não deixou sua capital permanecer na antiga Roma, o antigo centro do reino pagão. Ele transferiu sua capital para o Oriente, para a cidade de Bizâncio, que também foi renomeada como Constantinopla ("Constantinópolis" significa "a cidade de Constantino"). 
Constantino estava profundamente convencido de que somente a religião cristã poderia unificar o imenso Império Romano com seus diversos povos. Ele apoiou a Igreja em todos os sentidos, trouxe de volta do exílio os Confessores cristãos, construiu igrejas e mostrou preocupação com o Clero. O Imperador reverenciava profundamente o Sinal da Cruz do Senhor e queria também encontrar a verdadeira Cruz Criadora de Vida, sobre a qual foi crucificado nosso Senhor Jesus Cristo. Para este propósito, enviou para Jerusalém sua própria mãe - a Santa Imperatriz Helena, concedendo múltipla plenitude de poder e meios materiais. Juntamente com o Patriarca Makarios de Jerusalém, Santa Helena começou a busca, e através da Vontade de Deus, a Cruz Criadora de Vida foi descoberta milagrosamente no ano 326. (O relato sobre a descoberta da Cruz do Senhor está localizado sob a Festa da Exaltação da Cruz, 14 de setembro). 
Estabelecida na Palestina, a Santa Imperatriz beneficiou muito a Igreja. Ela deu ordens para que todos os lugares relacionados com a vida terrena do Senhor e Sua Mãe Pura fossem libertados de todos os vestígios de paganismo, e ordenou que igrejas fossem construídas nesses lugares memoráveis. Sobre a Caverna do Sepulcro do Senhor, o próprio Imperador Constantino ordenou a construção de uma magnífica Igreja para glorificar a ressurreição de Cristo. Santa Helena deu a Cruz Vivificante ao Patriarca para guardar, e parte da Cruz ela levou consigo para o Imperador. Tendo distribuído generosas esmolas em Jerusalém e cuidando da alimentação dos necessitados, durante os quais ela mesma os assistiu, a Santa Imperatriz Helena retornou a Constantinopla, onde logo morreu no ano 327. Por seus grandes serviços à Igreja e seus esforços em encontrar a Vivificante Cruz, a Imperatriz Helena é intitulada "Igual aos Apóstolos".  
Helena nasceu em meados do século III, provavelmente em Bitínia, região da Ásia Menor. Os autores britânicos afirmam que ela nasceu na Inglaterra, que naquele tempo era uma província romana; e que Constâncio Cloro, tribuno e mais tarde governador da ilha, enamorou-se dela e a tomou por esposa. Tanto Helena, quanto Constâncio Cloro eram pagãos. Levado pela ambição, Constâncio se separou dela (pois, Constâncio visando tornar-se Imperador aceitou a condição imposta por Maximiniano  de repudiar sua mulher e esposasse Teodora, a enteada de Maximiniano.  Ele levou para Roma seu pequeno filho, Constantino. Por catorze anos Helena chorou sua desgraça. Em 306, com a morte de Constâncio, e a nomeação de Constantino como Imperador, iniciou-se para ela uma nova vida. Constantino mandou vir sua mãe para viver na corte, conferindo-lhe o nome de Augusta e o título de imperatriz. Helena recebeu o Batismo, provavelmente no ano 307.
O estado pacífico em que a Igreja Cristã vivia, foi desfeito pela ascensão de brigas de heresias que haviam aparecido dentro da Igreja. Já no início do reinado do Imperador Constantino surgiram no Ocidente as heresias dos Donatistas e dos Novacianos, exigindo um segundo batismo sobre aqueles que caíram durante os tempos das perseguições contra os cristãos. Estas heresias, repudiadas por dois concílios locais da Igreja, foram finalmente condenadas no Concílio de Milão, em 316. 
Mas, particularmente ruinosa para a Igreja foi a ascensão no leste da heresia de Ário, que ousou repudiar a Essência Divina do Filho de Deus, e ensinando que Jesus Cristo era uma mera criatura. Por ordem do imperador, no ano 325 foi convocado o Primeiro Conselho Ecumênico, na cidade de Nicéia. Neste concílio foram reunidos 318 bispos. Entre os seus participantes estavam os confessores-bispos do período das perseguições e muitos outros luminares da Igreja, entre os quais - estava o Santo Hierarca Nicolau de Myra, na Lícia. Este Concílio realizou-se em 29 de maio). O imperador esteve presente nas sessões do Concílio. A heresia de Ário foi condenada e um Credo-Símbolo da Fé compilado, no qual foi incluído o termo "Consubstancial ao Pai", sempre confirmando na consciência dos cristãos ortodoxos, a verdade da Divindade de Jesus Cristo, que levou e assumiu sobre Si a natureza humana para a redenção de toda a raça humana. 
A profunda consciência e sentimento da igreja por parte de São Constantino pode surpreender alguém, onde o trabalho de elaboração da definição "de Essência Única", ouvido por ele nas disputas do Concílio, foi, por sua insistência, incluído no Credo-Símbolo da Fé. . 
Depois do Concílio de Nicéia, São Constantino continuou com seu papel ativo no bem-estar da Igreja. Ele recebeu o santo Batismo no final de sua vida, tendo sido preparado para isso por toda a sua vida. São Constantino morreu no dia de Pentecostes, no ano 337, e foi sepultado na Igreja dos Santos Apóstolos, numa cripta anteriormente preparada por ele.

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

Atos 17:1-15

1 Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga dos judeus. 2 Ora, Paulo, segundo o seu costume, foi ter com eles; e por três sábados discutiu com eles as Escrituras, 3 expondo e demonstrando que era necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos; este Jesus que eu vos anuncio, dizia ele, é o Cristo. 4 E alguns deles ficaram persuadidos e aderiram a Paulo e Silas, bem como grande multidão de gregos devotos e não poucas mulheres de posição. 5 Mas os judeus, movidos de inveja, tomando consigo alguns homens maus dentre os vadios e ajuntando o povo, alvoroçavam a cidade e, assaltando a casa de Jáson, os procuravam para entregá-los ao povo. 6 Porém, não os achando, arrastaram Jáson e alguns irmãos à presença dos magistrados da cidade, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui, 7 os quais Jáson acolheu; e todos eles procedem contra os decretos de César, dizendo haver outro rei, que é Jesus. 8 Assim alvoroçaram a multidão e os magistrados da cidade, que ouviram estas coisas. 9 Tendo, porém, recebido fiança de Jáson e dos demais, soltaram-nos. 10 E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à sinagoga dos judeus. 11 Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim. 12 De sorte que muitos deles creram, bem como bom número de mulheres gregas de alta posição e não poucos homens. 13 Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam que também em Beréia era anunciada por Paulo a palavra de Deus, foram lá agitar e sublevar as multidões. 14 Imediatamente os irmãos fizeram sair a Paulo para que fosse até o mar; mas Silas e Timóteo ficaram ali. 15 E os que acompanhavam a Paulo levaram-no até Atenas e, tendo recebido ordem para Silas e Timóteo a fim de que estes fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram.

João 11:47-57

47 Então os principais sacerdotes e os fariseus reuniram o sinédrio e diziam: Que faremos? Porquanto este homem vem operando muitos sinais. 48 Se o deixarmos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e nos tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação. 49 Um deles, porém, chamado Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: Vós nada sabeis, 50 nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça a nação toda. 51 Ora, isso não disse ele por si mesmo; mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação, 52 e não somente pela nação, mas também para congregar num só corpo os filhos de Deus que estão dispersos. 53 Desde aquele dia, pois, tomavam conselho para o matarem. 54 De sorte que Jesus já não andava manifestamente entre os judeus, mas retirou-se dali para a região vizinha ao deserto, a uma cidade chamada Efraim; e ali demorou com os seus discípulos. 55 Ora, estava próxima a páscoa dos judeus, e dessa região subiram muitos a Jerusalém, antes da páscoa, para se purificarem. 56 Buscavam, pois, a Jesus e diziam uns aos outros, estando no templo: Que vos parece? Não virá ele à festa? 57 Ora, os principais sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem que, se alguém soubesse onde ele estava, o denunciasse, para que o prendessem.

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