3º DOMINGO DA GRANDE QUARESMA
22 de Março de 2020 (CC) / 09 de Março (CE)
Santos 42 Mártires de Sebaste, na Armênia († 322)
TOM 7
Lembramos hoje o testemunho dos quarenta Mártires que deram tão grande testemunho de fé e coragem que Santo Éfrem disse a seu respeito: “Que desculpa poderemos apresentar ao tribunal de Deus, nós, que , livres de perseguição e torturas, deixamos de amar a Deus e trabalhar na salvação de nossas almas?”
O martírio dos Santos 40 Mártires de Sebaste é uma rica lição de fé cristã, perseverança, sacrifício e amor. A história deste martírio tem início no século 4º, quando os cristãos ainda sofriam perseguição. Em 313 os Imperadores Constantino e Licinio, assinaram o Edito de Milão, que dava a liberdade às religiões para a manifestação pública.
Próximo ao ano 320, as tropas romanas se estabeleceram na cidade de Sebaste, na Armênia. Entre seus soldados estavam 40 cristãos oriundos da Capadócia (atualmente Turquia). O general romano Agricola os obrigava a prestar culto aos ídolos, porém estes soldados se negavam. Foram então encarcerados e levados como prisioneiros a um lado da cidade de Sebaste. Era inverno e entardecia. Tiraram suas roupas e os puseram sobre o gelo que cobria o lago. O frio imobilizou suas articulações e começaram a se congelar. Na margem do lago havia uma pequena fogueira e só poderia ir até ela para se aquecer quem abjurasse sua fé em Cristo. Durante toda a noite os soldados cristãos suportaram com coragem o frio intenso, consolando-se mutuamente e glorificando a Deus com Salmos e hinos. Quando amanheceu, um dos soldados não suportou a tortura e apressou-se sair do lago, mas antes de chegar próximo à fogueira caiu morto. Logo em seguida, o carcereiro viu que sobre os mártires brilhava uma intensa luz. Agaio, o carcereiro, ficou tão impressionado com aquele milagre que professou sua fé em Cristo. Tirou suas roupas e foi juntar-se aos outros 39 cristãos que estavam dentro do lago congelado. Logo depois, chegaram outros torturadores e observaram que os soldados cristãos não tinham morrido; resolveram então quebrar as suas pernas com martelos e depois lhes atearam fogo.
Os ossos carbonizados foram lançados em um rio. Três dias depois, o bispo de Sebaste ficou sabendo do ocorrido com os mártires através de uma visão e ordenou que juntassem os ossos dos soldados cristãos e os sepultou solenemente.
De acordo com registros deste martírio, os nomes dos quarenta soldados eram: Viviano, Cândido, Leôncio, Cláudio, Nicolau, Lisiníaco, Teófilo, Quirão, Donulo, Dominicano, Eunóico, Sisínio, Heráclito, Alexandre, João, Anastásio, Valente, Heliano, Ecdício, Euvico, Acácio, Hélio, Teódulo, Cirilo, Flávio, Severiano, Valério, Cuidão, Prisco, Sacerdão, Etíquio, Êutiques, Esmaragdo, Filotiman, Aécio, Xantete, Angias, Hesíquio, Caio e Gorgônio.. A memória dos 40 mártires de Sebaste é celebrada solenemente, mesmo que revestida de simplicidade por cair no tempo da Quaresma.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
MATINAS (VII)
João 20:1-10
1 No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra fora removida do sepulcro. 2 Correu, pois, e foi ter com Simão Pedro, e o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram. 3 Saíram então Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. 4 Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais ligeiro do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro; 5 e, abaixando-se viu os panos de linho ali deixados, todavia não entrou. 6 Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro e viu os panos de linho ali deixados, 7 e que o lenço, que estivera sobre a cabeça de Jesus, não estava com os panos, mas enrolado num lugar à parte. 8 Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu e creu. 9 Porque ainda não entendiam a escritura, que era necessário que ele ressurgisse dentre os mortos. 10 Tornaram, pois, os discípulos para casa.
LITURGIA
Tropárion da Ressurreição
Pela Cruz venceste a morte / e abriste o Paraíso ao ladrão arrependido. / Converteste em alegria a lamentação das mirróforas / e ordenaste aos Teus Apóstolos anunciar / a Tua Ressurreição, ó Cristo Nosso Deus // Tu que concedes ao mundo a Tua infinita misericórdia.
Tropárion Tom 1
Salva, Senhor, o Teu povo
e abençoa a Tua herança!
Concede à Tua Igreja a vitória sobre o mau
e guarda oTeu povo pela Tua Cruz.
Tropárion Tom 1
Pelas dores dos Teus santos, /
Suplicantes Te imploramos, ó Senhor, /
e sares todas as nossas enfermidades, //
Ó, Tu, que amas a humanidade!
Kondákion da Ressurreição
O poder da morte não é mais suficientemente forte / para manter presos os homens mortais. / Pois Cristo desceu, despedaçando e destruindo esse poder. / O inferno agora esta atado e os profetas rejubilam dizendo: / “O Salvador veio para aqueles em fé // ide todos vós fiéis para Sua Ressurreição.”
Glória ao Pai e ao †Filho e ao Espírito Santo...
Kondákion Tom 6
Deixando os exércitos deste mundo, /
Vos apegastes ao Mestre nos céus, /
Ó Quarenta Portadores da Paixão do Senhor; /
E sendo, ó Benditos, provados pelo fogo e pela água, /
Estais, agora, a receber as glórias dos céus //
e honoravelmente recebestes as vossas coroas.
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Kondákion Próprio Tom 7
A espada flamejante não mais guarda a porta do Éden, / pois, foi maravilhosamente apagada pela Árvore da Cruz. / Os grilhões da morte foram destruídos, / e a vitória dos infernos aniquilada. / E aos que estavam no Hades, ó meu Salvador, apareceste dizendo: // Entrai novamente no Paraíso.
Triságion
Diante de Tua Cruz nos inclinamos em adoração, ó Mestre
E Tua Santa Ressurreição glorificamos. (3x)
Glória ao Pai e ao †Filho e ao Espírito Santo
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
E Tua Santa Ressurreição glorificamos.
Diante de Tua Cruz inclinemos em adoração, ó Mestre
E Tua Santa Ressurreição glorificamos.
Prokímenon
T.6
Salva, Senhor, o Teu povo e abençoa a Tua herança. (Sl 27:9)
Clamo a Ti, Senhor, meu Rochedo
Presta ouvido aos meus rogos. (Sl 27:1)
T.7
O Senhor dará forças ao Seu Povo,
O Senhor abençoará o Seu Povo com paz.
Tributai ao Senhor, ó filhos dos poderosos,
Tributai ao Senhor glória e força.
Hebreus 4:14-5:6
14 Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. 15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer- se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. 16 Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno. 1 Porque todo sumo sacerdote tomado dentre os homens é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados, 2 podendo ele compadecer-se devidamente dos ignorantes e errados, porquanto também ele mesmo está rodeado de fraqueza. 3 E por esta razão deve ele, tanto pelo povo como também por si mesmo, oferecer sacrifício pelos pecados. 4 Ora, ninguém toma para si esta honra, senão quando é chamado por Deus, como o foi Arão. 5 assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei; 6 como também em outro lugar diz: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.
Aleluia
Aleluia, aleluia, aleluia!
Quem habita ao abrigo do Altíssimo
E vive à sombra do Senhor Onipotente. (Sl 90:1)
Aleluia, aleluia, aleluia!
Diz ao Senhor: sois meu refúgio e proteção,
Sois o meu Deus no qual confio inteiramente. (Sl 90:2)
Aleluia, aleluia, aleluia!
Marcos 8:34-9:1
34 E chamando a si a multidão com os discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me. 35 Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, salvá-la-á. 36 Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? 37 Ou que diria o homem em troca da sua vida? 38 Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do homem quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos. 1 Disse-lhes mais: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que de modo nenhum provarão a morte até que vejam o reino de Deus já chegando com poder.
Hirmos
Ó cheia de graça, em ti rejubila-se toda a Criação./ A assembleia dos anjos e o gênero humano te glorificam, / ó templo santificado, paraíso espiritual e glória das virgens,/ na qual Deus se encarnou e da qual tornou-se Filho/ Aquele que é nosso Deus antes dos séculos./ Porque fez de teu seio um trono/ e as tuas entranhas, mais vastas do que os céus. / Ó cheia de graça, em ti rejubila-se toda a Criação e te glorifica!
Koinonikon
Ergue, Senhor, sobre nós
a luz do Teu Rosto! (Salmo 4:7a)
Aleluia, Aleluia, Aleluia!
* Em vez de "Vimos a Luz Verdadeira...", entoa-se o Tropárion da Cruz:
Salva, Senhor, o Teu povo / e abençoa a Tua herança! / Concede à Tua Igreja a vitória sobre o mau // e guarda oTeu povo pela Tua Cruz.
† † †
A COMEMORAÇÃO DA CRUZ
No calendário Litúrgico há duas datas nas quais veneramos a Santa Cruz, tamanha é a relevância e o simbolismo deste instrumento de morte que se transformou em instrumento de vida e salvação para os cristãos: 14 de setembro (festa principal) e no Terceiro Domingo da Quaresma.
A Santa Cruz transformou-se, no decorrer dos acontecimentos da vida da Igreja, no arquétipo da ação salvífica de Deus e no modelo de resposta do homem. Deus salva os homens pela Cruz, através de seu Filho que, obediente à vontade do Pai, a abraçou restaurando aos homens a dignidade filial perdida.
Os primeiros cristãos, conforme relata São Paulo em suas cartas, começavam a descobrir as riquezas do mistério da morte de Jesus na cruz, quando à luz da Ressurreição a vislumbravam como meio de salvação e não como instrumento de perdição. Já que o Senhor havia morrido numa cruz, em obediência à vontade do Pai, ela foi acolhida como sinal de humildade e sujeição aos desígnios de Deus. A resposta do homem ante a vontade divina passou a ser dada de maneira consistente: A fé no Ressuscitado movia os corações a uma plena compreensão do plano salvífico.
São Paulo não se limitou apenas a ensinar sobre o poder que tem a Cruz de libertar os homens do pecado, do egoísmo e da morte. Ele foi além dessas verdades estendendo o seu significado. Deu à Cruz a dimensão de Redenção, vendo nela o meio necessário para que fosse selada a Nova Aliança entre Deus e os homens.
Todo cristão, por participar do amor e da obediência de Cristo na Cruz, morre para o pecado que o impede de amar a Deus e aos homens de forma plena e livre. Santo Inácio de Antioquia (†117) e São Policarpo (†165) lembravam os sofrimentos de Cristo constantemente em suas pregações, para enfatizar a todos os cristãos que no escândalo da Cruz se ocultava o profundo amor de Deus pelos homens. Na cruz trilhava-se o caminho para se chegar à Ressurreição. Por isso, os cristãos do Oriente veneram a Cruz como símbolo da vitória sobre a morte.
Todo sofrimento, angústia, desespero e morte tornam-se secundários diante da magnitude da Ressurreição. O Cristão Ortodoxo contempla a Cruz resplandecente, mergulhado no espírito pascal: o Senhor não terminou sua missão na Cruz, mas fez dela um instrumento de passagem para se chegar à Vida.
A Cruz para um cristão que esteja imbuído deste espírito torna-se fonte de bênçãos. A loucura da Cruz de Cristo ganha a dimensão do amor infinito e totalmente oblativo. Hoje em dia são muitos os que tem dificuldade em compreender a teologia da Cruz. Parecem fugir dela por medo de sofrer. O sofrimento e a dor fazem parte da humanidade. Sofremos ao nascer, sofremos durante a vida e a morte virá com muito ou pouco sofrimento, mas virá com ele. Não podemos mudar esta realidade que nos é inerente por natureza. Como cristãos podemos mudar a compreensão que damos ao sofrimento.
A Cruz, antes vista como horror e escândalo, passou a ser compreendida como instrumento de salvação. Para que cheguemos a este amadurecimento espiritual é necessário o encontro com o Senhor Crucificado que padeceu os horrores da dor, para que Ele mesmo nos conduza às alegrias da Ressurreição.
Venerar a Cruz é venerar a história humana. Contemplar a Cruz é contemplar os seres humanos nos mais diversos continentes do mundo. Venerar a Cruz gloriosa e vivificante é restabelecer à história humana sua grandeza na História da Salvação. A Cruz sem Deus revela o abandono e a morte. A Cruz com Deus é sinal de esperança e vida nova.
Neste terceiro Domingo da Quaresma a Igreja nos convida a refletir sobre a dimensão que damos à Cruz e ao sofrimento em nossas vidas. Nossa postura frente à Cruz e ao sofrimento humano deve assemelhar-se à postura de Maria e a de João, o discípulo do amor. Estavam em pé diante do Crucificado, contemplando Aquele que era a Ressurreição e a Vida. Mesmo sem entender o que estava acontecendo conservavam tudo isso no coração. Não procuravam uma explicação racional e uma lógica que os fizessem compreender o sofrimento de Jesus. A lógica que os fazia silenciar e aceitar os desígnios de Deus era a obediência e a entrega à vontade do Pai.
Quando racionalmente procuramos explicações para o sofrimento e a cruz, fatalmente cairemos em subjetivismos perigosos que nos poderão levar a erros e a desvios da Fé Apostólica. O homem por si só não pode explicar os mistérios de Deus. A lógica Divina não obedece os parâmetros racionais humanos. A Cruz para a Igreja é sinal e instrumento de Salvação. Por isso, os Cristãos Ortodoxos a veneram gloriosa e vivificante, despida dos sentimentos mórbidos que poderiam ofuscar a sua magnitude. O sofrimento, as dores e a morte que o Senhor sofreu por meio dela, por mais terríveis que pudessem ser, fez dela veículo da nossa salvação.
Em recente entrevista à Revista 30 Dias, assim se expressou Sua Santidade o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, referindo-se a relação existente entre a Igreja e a Cruz:
«A Igreja deve apoiar a sua força na sua fraqueza humana, na loucura da Cruz (escândalo para os Judeus, loucura para os Gregos), e a sua esperança na ressurreição de Cristo. Privada de todo poder mundano, perseguida e entregue cotidianamente à morte, a Igreja faz com que surjam santos, que guardam a Graça de Deus em vasos de argila, que vivem dentro da luz da Transfiguração e são conduzidos por Deus ao martírio e ao sacrifício.»
Um cristão, à Luz da Ressurreição, carrega sua cruz subindo o Calvário para a Santidade. O madeiro que sustentou o corpo do Senhor Crucificado tornou-se Árvore da Vida, pois nele foi selado o Novo Testamento, a Nova Aliança. Deus pôs no santo Lenho da Cruz a salvação da humanidade, para que a vida ressurgisse de onde viera a morte.
Durante o Rito de veneração à Santa e Vivificante Cruz, entoa-se um canto que nos convida a contemplar o madeiro sagrado que nos deu a vitória sobre o mau:
«Vinde, fiéis! Adoremos o Madeiro que dá a vida,
no qual Cristo, o Rei da Glória,
estendeu voluntariamente, seus braços,
restaurando em nós a felicidade primitiva.
Vinde, adoremos a Cruz
que nos dá a vitória sobre o mal.»
Mais forte é o significado da segunda parte deste mesmo hino que nos faz compreender a dimensão e a grandeza da Cruz de Cristo:
«Hoje, a Cruz é exaltada
e o mundo se liberta do erro.
Hoje, renova-se a Ressurreição de Cristo,
regozijam-se os confins da terra..."
Na Cruz renova-se a Ressurreição. Pela Cruz a Vida nos é possível. Pela Cruz a Santidade é uma realidade presente. Basta o encontro com o Senhor e nossa entrega total a Vontade de Deus.
O silêncio e a meditação nos auxiliarão, nesta Quaresma, a ver na Cruz e no sofrimento riquezas espirituais nunca antes vislumbradas por nós, mas já vividas pelos santos. Meditando sobre a Cruz à luz da Ressurreição, "adoramos a tua Cruz, ó Mestre e glorificamos a tua Santa ressurreição.
† † †
Nenhum comentário:
Postar um comentário