quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

30ª Quinta-feira Depois de Pentecostes

31 de Dezembro de 2020 (CC) 18 de Dezembro (CE)
São Sebastião e seus companheiros, mártires († 288)
Jejum da Natividade  
Tom 4



Nasceu em Milão, na Itália, entre os anos 250 e 256. De família distinta, foi agraciado pelo imperador Carinos com a nomeação para um cargo militar. Posteriormente, Diocleciano o promoveu à guarda pretoriana. Possuía um coração generoso e, em seu posto, foi frequentemente protetor dos pobres e de cristãos em geral, ajudando também a suprir as necessidades da Igreja de Roma. Por causa disso, o Papa Gaio de Roma (283-296) o nomeou defensor da igreja. 
Ao ter início as perseguições aos cristãos, foram presos um grupo de crentes. Ao saber do disso, Sebastião foi até eles para apoiá-los espiritualmente e, no momento em que eram julgados e condenados à morte, para surpresa de todos, Sebastião declarou sua fé em Cristo. Diocleciano, então, o condenou à morte. E logo começaram a torturá-lo, golpeando com lanças o seu peito. Seu corpo, que já consideravam sem vida, foi recebido por Luciana que, notando que ainda respirava, depois de tratar cuidadosamente de suas feridas, recuperou a saúde. Ciente do restabelecimento de Sebastião, o imperador Diocleciano ordenou sua prisão, tendo lá sido açoitado até a morte.


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Hebreus 10:35-11:7

35 Não lanceis fora, pois, a vossa confiança, que tem uma grande recompensa. 36 Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. 37 Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. 38 Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. 39 Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma. 1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem. 2 Porque por ela os antigos alcançaram bom testemunho. 3 Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê. 4 Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho das suas oferendas, e por meio dela depois de morto, ainda fala. 5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porque Deus o trasladara; pois antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus. 6 Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. 7 Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, sendo temente a Deus, preparou uma arca para o salvamento da sua família; e por esta fé condenou o mundo, e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé.    

Marcos 9:10-16

E eles retiveram o caso entre si, perguntando uns aos outros que seria aquilo, ressuscitar dentre os mortos. E interrogaram-no, dizendo: Por que dizem os escribas que é necessário que Elias venha primeiro? E, respondendo ele, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e todas as coisas restaurará; e, como está escrito do Filho do homem, que ele deva padecer muito e ser aviltado. Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como dele está escrito. E, quando se aproximou dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e alguns escribas que disputavam com eles. E logo toda a multidão, vendo-o, ficou espantada e, correndo para ele, o saudaram. E perguntou aos escribas: Que é que discutis com eles?


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REFLEXÃO

Os textos de hoje se revelam de difícil compreensão para o leitor que não está familiarizado com a teologia e a cultura oriental, que, principalmente à época dos Profetas e de Cristo, exerce uma maneira de raciocinar, muito distinta da cultura ocidental hodierna. O pensamento oriental, ao contrário do nosso, é simbólico e não analítico; cíclico e não-linear; místico e não-científico; contemplativo e litúrgico, e não pragmático.

Desconhecendo o caráter e a tradição do pensamento hebreu, surgiu no Brasil, por meio do Espiritismo Kardecista, a ideia de que João Batista seria a reencarnação do profeta Elias.

Ora, fora profetizado pelo Arcanjo Gabriel a Zacarias, que o menino João, seria "cheio do Espírito Santo desde o ventre materno e que iria adiante dele no espírito e virtude de Elias"; ou seja, o Espírito Santo iria atuar em João, da mesma forma como atuou em Elias; por isto o Senhor disse que Elias viria primeiro.

O fato do “espírito de Elias estar” em alguém já se deu em tempos anteriores a João Batista. Diz a Escritura acerca de Eliseu:
“Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O ESPÍRITO DE ELIAS REPOUSA SOBRE ELISEU. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra” (2 Reis 2:15).
Ora se a fala do Arcanjo de que o espírito de Elias estaria em João sugere uma “reencarnação”, a expressão  “o espírito de Elias repousa sobre Eliseu” também deve ser entendida neste sentido, o que se mostra um absurdo, porque, como poderia Eliseu ser a reencarnação de Elias, se ambos foram contemporâneos e amigos?

Portanto, a expressão “espírito de Elias” não dever ser entendida como se referindo à pessoa de Elias, mas, sim ao Espírito Santo que estava em Elias.

Elias prefigurava João Batista, assim como o Rei Davi, prefigurava o Cristo. Este tipo de raciocínio é peculiar aos Apóstolos, e disto temos o exemplo de São Pedro, no Pentecostes, quando interpreta para o povo a profecia de que Davi ressuscitaria, mostrando que não se tratava propriamente de Davi, mas, do Cristo, seu descendente e do qual Davi era ícone (Atos 2:29-31).

Pe. Mateus (Antonio Eça)


ORAÇÃO

"Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da Tua Lei".

Salmo 118(119):18

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