sexta-feira, 12 de novembro de 2021

21ª Sexta-feira Depois de Pentecostes

12 de Novembro de 2021 (CC) / 30 de Outubro (CE)
Ss. Zenóbio e Zenóbia, mártires (início do séc. IV)
Tom 3

Zenóbio e Zenóbia eram irmãos e viveram na cidade de Kilikias, na Ásia Menor, sendo herdeiros de uma grande fortuna. Zenóbio estudou medicina e, não apenas prestava seus serviços como médico aos desamparados, como ainda compartilhava de sua riqueza. Testemunhava assim com obras a sua fé cristã, não apenas aos demais cristãos de sua época, como também aos pagãos e idólatras. Estes últimos, observando a sua conduta para com os mais desvalidos da sociedade, eram atraídos ao cristianismo.
Ao tomar conhecimento disto, o prefeito Lysias ordenou que Zenóbio fosse detido. Em sua presença, o santo declarou sua fé e contou-lhe o que fazia e o que seguiria fazendo para a salvação de sua alma e para a maior glória do verdadeiro Deus. Lysias, então, o repreendeu severamente garantindo que, se não abjurasse sua fé em Cristo e não parasse imediatamente de agir como vinha agindo, seria submetido à tortura. Zenóbio respondeu-lhe que as torturas podiam causar danos ao corpo, nunca, porém, à alma, pois disse o Senhor: 
"[...] se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis". 
E, imediatamente, Lysias ordenou que Zenóbio fosse levado para ser torturado. Interveio, então, a irmã do santo, Zenóbia, recriminando Lysias por tal ordem, dizendo que não era humano torturar. O prefeito, porém, determinou que também a irmã fosse detida e que os dois fossem decapitados. 
Oração Antes de Ler as Escrituras

Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Colossenses 2:1-7

1 Pois quero que saibais quão grande luta tenho por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e por quantos não viram a minha pessoa; 2 para que os seus corações sejam animados, estando unidos em amor, e enriquecidos da plenitude do entendimento para o pleno conhecimento do mistério de Deus - Cristo, 3 no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência. 4 Digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas. 5 Porque ainda que eu esteja ausente quanto ao corpo, contudo em espírito estou convosco, regozijando-me, e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo. 6 Portanto, assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também nele andai, 7 arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças.

Lucas 11:23-26

Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha. Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa, de onde saí. E, chegando, acha-a varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro.

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ENSINO DOS SANTOS PADRES


“Cristo Instrui A Igreja”

Principalmente nós que somos bispos e presidimos na Igreja, devemos manter e defender com firmeza esta unidade, em prova da indissolúvel unidade do mesmo episcopado. Ninguém engane com mentiras aos irmãos. Ninguém altere a pureza da fé com uma infiel prevaricação. O episcopado é único, e dele possui por inteiro cada bispo a sua porção.

Também a Igreja é una, a qual com prodigiosa fecundidade se propaga e se estende em muitos, assim como são muitos os raios de sol, porém única a luz. São muitos os ramos da árvore, mas um só tronco, uma só raiz; muitos os córregos que se espalham aqui e ali a partir de uma única fonte; mas em meio de tantas correntezas, um o manancial, e a veia mãe. A unidade da luz não comporta que se separe um raio do centro solar; quebra um galho da árvore, já não brotará; corta a comunicação entre a fonte e o arroio, e ele seca imediatamente.

Desta forma, a Igreja iluminada pela luz do Senhor esparge seus raios por todo o mundo; porém, uma mesma é a luz que por todas as partes se difunde, e não admite divisão. Ela desdobra os ramos por toda a terra, com grande fecundidade; estende-se ao longo dos rios, com toda liberalidade, e, no entanto é uma na cabeça, uma pela origem, uma só mãe imensamente fecunda. Nascemos todos de seu ventre, somos nutridos com o seu leite e animados com o seu espírito.

A Esposa de Cristo não pode ser adúltera, ela é incorruptível e casta. Conhece só uma casa, observa, com delicado pudor, a inviolabilidade de um só leito. É ela que nos guarda para Deus e destina os filhos que tem gerado a um reino imortal.

Não chegará a receber as promessas da Igreja quem dela se aparta e se junta com uma adúltera. Não chegará a receber a recompensa de Jesus Cristo o que abandona a Igreja de Jesus Cristo. É um estranho, um profano, um inimigo. Já não pode ter a Deus por Pai quem não reconhece a Igreja por mãe.

Se foi possível alguém se salvar fora da arca de Noé, então também se salvará quem estiver fora da Igreja. O Senhor nos alerta e diz: Quem não está comigo está contra mim, quem comigo não recolhe, dissipa. O que rompe a paz e a união de Jesus Cristo, está contra Jesus Cristo; quem recolhe fora da Igreja de Jesus Cristo, dispersa a Igreja do próprio Jesus Cristo.
O Senhor disse assim: Eu e o Pai somos um; e do Pai, do Filho e do Espírito Santo está escrito: Estes três são um. Como poderá alguém pensar que esta unidade da Igreja, estabelecida pelo próprio fundamento da unidade divina, e tão conforme com os mistérios celestiais, pode ser rompida e sacrificada ao arbítrio de partidos?

Quem não observa esta unidade também não observa a lei de Deus; não observa a fé do Pai e do Filho, nem conserva sua vida, nem sua salvação.”

São Cipriano, Bispo de Cartago (Séc. III)

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