sábado, 13 de novembro de 2021

21º Sábado Depois de Pentecostes

13 de Novembro de 2021 (CC) / 31 de Outubro (CE)
Ss. Eustáquio, Apeles, Ampliato, Urbano, Aristóbulo e Narciso, Apóstolos [dos 70]
Tom 3



Estes santos eram todos do grupo dos setenta apóstolos do Senhor. «Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem» (2Cor 2,15). 
Eustáquio foi o primeiro bispo de Bizâncio e, depois de 16 anos de atividade apostólica, pregando zelosamente o evangelho de Cristo e convertendo muitos pagãos à fé verdadeira, repousou em paz. 
Apeles foi eleito e ordenado bispo de Heraclea, onde, por sua vida e pregação, promoveu à conversão muitos pagãos à fé cristã. 
Ampliato tornou-se o bispo de Odysupoleos (Dióspolis) e Urbano foi bispo da Macedônia e, por terem destruído muitos ídolos pagãos, foram detidos, morrendo martirizados. 
Narciso foi bispo de Atenas, onde anunciava o Santo Evangelho. Desagradando assim aos idólatras, foi logo detido e martirizado. 
Aristóbulo era também bispo e ensinou a palavra de Deus até seus últimos dias de vida, entregando assim em paz a sua alma a Deus.

Oração Antes de Ler as Escrituras

Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

 1 Tessalonicenses 5:9-13, 24-28

9 porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo, 10 que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele. 11 Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como na verdade o estais fazendo. 12 Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam; 13 e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obras. Tende paz entre vós.  24 Fiel é o que vos chama, e ele também o fará. 25 Irmãos, orai por nós. 26 Saudai a todos os irmãos com ósculo santo. 27 Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os irmãos. 28 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco.  

Lucas 11:23-26

Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha. Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa, de onde saí. E, chegando, acha-a varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro.

2 Coríntios 3:12-18

Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; e até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará. Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. 

Lucas 8:16-21

E ninguém, acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz. Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz. Vede, pois, como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado. E foram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dele, por causa da multidão. E foi-lhe dito: Estão lá fora tua mãe e teus irmãos, que querem ver-te. Mas, respondendo ele, disse-lhes: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam.

† † †

“Lembra-Te de Mim, Senhor, e Perdoa a Este Réu”

Cristo Rei, reparador de nossa salvação: dai-me, concede-me a graça de que à Tua vinda eu saia vivo do sepulcro e que, quando Tua Majestade se manifestar, me coloques à Tua destra.

Adoramos, Senhor, Tua cruz, na qual está depositada toda a nossa esperança de salvar-nos, porque será ela que dá aos nossos corpos a imortalidade e a claridade. Meus olhos esperam a Tua redenção, e meus ouvidos também esperam a palavra de Teu juízo Salvador. Não me deixes abandonado no sepulcro, porque Tu És a esperança dos mortos enterrados. A Adão sepultado lhe ressuscitará a voz do Filho de Deus e, como em outro tempo aos hebreus, o levará não para a terra da promissão, mas conduzido ao céu, lhe revestirá de glória imortal.

Mas, enquanto não nos é concedido subir até ali, não cessam de ressoar em nossos ouvidos, como trovões, as vozes dos santos; Teus apóstolos gritam aos pecadores chamando-os à penitência, admoestando-lhes que trabalhem na consecução da verdadeira glória, pois a vida deste mundo é uma fábula.

Nossa ressurreição futura nos é anunciada pelos profetas; pelos apóstolos, o prêmio para a virtude, e o Evangelho do Senhor nos mostra o caminho pelo qual se vai ao reino. Que o mundo inteiro, os homens todos, caindo de joelhos, Te adorem, Senhor, e que toda a terra louve o Teu nome, Tu que És reparador daqueles que jazem mortos e esperança derradeira de todos os mortais...

Não permitas, Senhor, que nossas culpas nos arrastem à perdição, pois És Tu mesmo Quem perdoa os pecados; não deixes órfãos a estes Teus pequeninos, nem aos anciãos os prives de toda proteção, nem os exponhas à ignomínia e à miséria. Por aquele Teu amor, Senhor, com que nos amaste, não nos abandones, e dai-nos o Teu auxílio para servir-Te todos os dias fervorosamente.

Meus dias voaram como um sonho, correram e se evaporaram meus anos; o peso dos meus delitos está mostrando o tremendo juízo da justiça divina e assusta-me tremendamente. Por isso, com grande amargura de minha alma, clamo com o profeta: Não entres em juízo com o Teu servo, pois diante de Ti não existe ninguém justo.

Envergonha-Te de deixar-me desfeito no sepulcro, porque Tu És Deus de misericórdia; restituí-me a forma perdida de meu corpo, impelido pela compaixão, a fim de que, adquirindo nova beleza quando venhas, mereça entrar em Teu reino.

Quando cresceram os meus pecados – disse Adão – então se alterou a ordem de todas as coisas que me eram próprias. Os pecados me arrebataram a vida. Quem me libertará de tantas calamidades que me afligem? O grande mal que me tirou a vida foi o ter pecado no paraíso e desobedecido a Deus.

Todos nós, os Teus filhos, entramos irremissivelmente pelo caminho que Ele nos abriu pecando e, como ele, nos separamos da santidade de Deus. Senhor! Por isso todos temos que voltar prontamente para aquela mesma terra da qual fomos criados, terra sujeita a todas as calamidades.

Porém, lembra-Te de mim, Senhor, e perdoa a este réu. Sou obra de Tuas mãos: Tu me modelaste. Lembra-Te de Teu primeiro amor, que És misericordioso e mansíssimo. Chegará o dia em que chamarás os mortos à vida; peço-Te que então não me separes de Tua companhia. Ajude-me o Teu poder, que antes me deu o ser: Vede que sou joguete do diabo; peço-Te que reprimas sua sanha. Chamastes-nos aos Teus templos; não permitas que caiamos em poder de nosso inimigo carniceiro. Comido pela inveja, ele nos arrebatou aquela luz que lhe ofuscava, e despidos nos precipitou às trevas do inferno, de onde não se volta.

A morte maldita preside e está sentada às portas para impedir a saída, e até a própria esperança de sair dali, se alguma restar de fugir-se. Envia, Senhor, do céu ao Teu Amado, que rompa os ferrolhos do obscuro calabouço; visto que venceu ao nosso adversário, repara a desgraça que nos aflige.

Santo Efrém, o Sírio, Diácono e Monge (séc. IV) 

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