quinta-feira, 1 de setembro de 2022

12ª Quinta-feira Depois de Pentecostes

PÓS-FESTA DA DORMIÇÃO DA MÃE DE DEUS
01 de Setembro de 2022 (CC) / 19 de Agosto (CE)
Ss. André, o General e seus 2593 companheiros soldados, mártires (fim do séc. III)
Tom 2

O Mártir André Stratelates foi um comandante militar dos exércitos romanos durante o reinado do Imperador Maximiano (284-305). André era muito querido e admirado pelos exércitos romanos por causa de sua bravura, invencibilidade e senso de justiça. 
Quando um grande exército persa invadiu os territórios sírios, o Governador Antíoco confiou a Santo André o comando do exército romano, dando-lhe o título de "Stratelates" ("Comandante-Geral"). Santo André escolheu para si um destacamento não grande de bravos soldados e procedeu contra o adversário. Seus soldados eram pagãos. O próprio Santo André ainda não tinha aceitado o Batismo, mas acreditava em Jesus Cristo. Antes do conflito, ele convenceu os soldados de que os deuses pagãos eram demônios e incapazes de prestar ajuda na batalha. Ele proclamou a eles Jesus Cristo, o Deus Onipotente do céu e da terra, dando ajuda a todos que cressem n'Ele. Os soldados foram para a batalha, pedindo a ajuda do Salvador. O pequeno destacamento pôs em fuga a numerosa hoste dos persas. Santo André voltou da campanha em glória, tendo conquistado uma vitória total. Mas os invejosos relataram ao Governador Antíoco que ele era cristão, convertendo à sua fé os soldados sob seu comando. Santo André foi convocado a julgamento e ali declarou sua fé em Cristo. Por isso o submeteram à tortura. Ele se reclinou em uma cama de cobre incandescente, mas assim que recorrera à ajuda do Senhor, a cama esfriou. Eles crucificaram seus soldados em árvores, mas nenhum deles renunciou a Cristo. Tendo trancado os santos na prisão, Antíoco despachou o relatório das acusações ao Imperador, indeciso sobre se imporia a sentença de morte ao aclamado vencedor. O imperador sabia como o exército amava Santo André e, temendo um motim, deu ordens para libertar os mártires e, secretamente, ordenou que cada um sob algum pretexto fosse executado separadamente.

Libertado, Santo André, juntamente com seus companheiros soldados, seguiu para a cidade de Tarso. Lá, o bispo local Pedro e o bispo Nonos de Beroeia os batizaram. Em seguida, os soldados seguiram para as proximidades de Taxanata. Antíoco escreveu uma carta ao governador da região da Cilícia, Seleuco, que, sob a desculpa de desertar de seus estandartes militares, deveria ultrapassar a companhia de Santo André e matá-los. Seleuco encontrou os mártires nas passagens do Monte Tauros, onde evidentemente logo padeceriam. Santo André, chamando os soldados de seus irmãos e filhos, exortou-os a não temer a morte. Ele orou por todos os que honrassem sua memória e implorou ao Senhor que enviasse uma fonte curativa no local onde seu sangue seria derramado. No momento desta oração, estes inabaláveis mártires ​​foram decapitados com espadas (†302). Durante esse tempo, uma fonte de água brotou do solo. 
Os bispos Pedro e Nonos, com seu clero, os quais seguiam secretamente a companhia de Santo André, enterraram seus corpos. Um dos clérigos, sofrendo por muito tempo de um espírito maligno, bebeu da fonte de água e imediatamente foi curado. Relatos sobre isso se espalharam entre a população local e eles começaram a chegar à fonte, e através das orações de Santo André e dos seus 2.593 companheiros de martírio, o povo recebia a graciosa ajuda  de Deus.

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

2 Coríntios 7:1-10

1 Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus. 2 Recebei-nos em vossos corações; a ninguém fizemos injustiça, a ninguém corrompemos, a ninguém exploramos. 3 Não o digo para vos condenar, pois já tenho declarado que estais em nossos corações para juntos morrermos e juntos vivermos. 4 Grande é a minha franqueza para convosco, e muito me glorio a respeito de vós; estou cheio de consolação, transbordo de gozo em todas as nossas tribulações. 5 Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro. 6 Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito; 7 e não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado a vosso respeito, enquanto nos referia as vossas saudações, o vosso pranto, o vosso zelo por mim, de modo que ainda mais me regozijei. 8 Porquanto, ainda que vos contristei com a minha carta, não me arrependo; embora antes me tivesse arrependido (pois vejo que aquela carta vos contristou, ainda que por pouco tempo), 9 agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque o fostes para o arrependimento; pois segundo Deus fostes contristados, para que por nós não sofrêsseis dano em coisa alguma. 10 Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, a qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte.

Marcos 1:29-35

29 Em seguida, saiu da sinagoga e foi a casa de Simão e André com Tiago e João.    30 A sogra de Simão estava de cama com febre, e logo lhe falaram a respeito dela. 31 Então Jesus, chegando-se e tomando-a pela mão, a levantou; e a febre a deixou, e ela os servia. 32 Sendo já tarde, tendo-se posto o sol, traziam-lhe todos os enfermos, e os endemoninhados; 33 e toda a cidade estava reunida à porta; 34 e ele curou muitos doentes atacados de diversas moléstias, e expulsou muitos demônios; mas não permitia que os demônios falassem, porque o conheciam. 35 De madrugada, ainda bem escuro, levantou-se, saiu e foi a um lugar deserto, e ali orava.

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REFLEXÃO

Eis aí o nosso Servidor, o Soberano que deixa o seu trono e palácio para nos servir, cuidando dos nossos corpos - quer após um dia exaustivo, no avançado da hora e apesar do seu cansaço físico - quer na madrugada, velando por nossas almas em oração ao Pai. Se assim o faz o Soberano, o que dizer de nós, seus súditos? Seguindo os passos do nosso Senhor, o Apóstolo Paulo em poucas palavras descreve a realidade do nosso serviço: “combate por fora e temores por dentro”. Por esta razão um Cristão Ortodoxo se apresenta para a Divina Liturgia trazendo uma vela acesa na mão para oferta-la a Deus: a chama aponta para a Luz que nos ilumina, e a cera que se consome, o sacrifício dos nossos corpos para que a chama da nossa fé ilumine o ambiente que nos envolve.

Padre Mateus (Antonio Eça)

ORAÇÃO

 2 Tem piedade de mim, ó Deus, tem piedade de mim, pois em ti minha alma se refugia! Abrigo-me à sombra de tuas asas, até que passe a calamidade. 3 Clamo a Deus, o Altíssimo, ao Deus que fará tudo por mim. 4 Do céu, ele me envie a salvação, confundindo os que me perseguem! 8 Meu coração está disposto, ó Deus, meu coração está disposto a cantar e salmodiar. 9 Desperta, minha alma! Harpa e cítara, despertai, pois quero despertar a aurora! 10 Vou exaltar-te, Senhor, entre os povos, celebrar-te entre as nações, 11, pois teu amor se eleva como os céus e tua fidelidade como as nuvens. 12 Ó Deus, eleva-te sobre os céus e sobre toda a terra, com tua glória!
Salmo 56(57): 2-12

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