terça-feira, 6 de setembro de 2022

13ª Terça-feira Depois de Pentecostes

06 de Setembro de 2022 (CC) / 24 de Agosto (CE)
Santo Eutíquio, Hieromártir discípulo de São João, o Teólogo (séc. I);
São Simeão, o Estilita
Tom 3



São João, o Teólogo, referindo-se ao que tem o genuíno Espírito de Deus dizia: 
«Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus» (1 Jo 4:2). 
Uma destas pessoas era Santo Eutíquio, discípulo de São João, o Teólogo, que provou reiteradamente em sua vida que era realmente uma pessoa de Jesus Cristo. Anunciou com muito vigor a palavra de Deus, colocou a baixo muitos templos pagãos, sofreu muitas torturas e padeceu durante um longo tempo na prisão. 
Finalmente, foi jogado no fogo, depois, deixado às bestas famintas, quando a mão de Deus se fez presente e um destes animais começou a falar com voz humana. Mas, ficaram ainda mais assombrados por não encontrarem, após tantas torturas, nenhum ferimento no corpo do santo. Por todos estes acontecimentos maravilhosos permitiram que ficasse em liberdade em sua cidade, Sebaste, onde mais tarde, entregou pacificamente o seu espírito a Deus.


O Primeiro Concílio Ecumênico (Nicéia, 325) decretou que o ano eclesial começasse em 1º. de setembro. Para os antigos hebreus, o mês de setembro era o início do ano civil (Êxodo 23:16), mês de realizar-se a colheita e de ofertar ações de graças a Deus. Foi na ocasião desta festa em que o Senhor Jesus entrou numa sinagoga em Nazaré (Lucas 4: 16-21), abriu o livro do Profeta Isaías e leu as palavras: 
«O Espírito do Senhor repousa sobre Mim para pregar boas-novas aos humildes; enviou-me para reerguer o angustiado, proclamar a liberdade aos cativos, abrir a prisão aos aprisionados e proclamar um ano da graça do Senhor, o dia da vingança de nosso Deus e confortar todos os aflitos»(Isaías 61: 1-2). 
O mês de setembro também é de suma importância para a história do Cristianismo, porque o Imperador Constantino, o Grande, derrotou Maxêncio, inimigo da fé cristã, em setembro. Após a vitória, Constantino conferiu liberdade de confissão à Fé Cristã em todo o Império Romano. Por muito tempo, o ano civil do mundo cristão seguia o ano eclesial com o início em 1º de setembro. Mais tarde, o ano civil foi modificado, transferindo seu começo para 1º de janeiro. Primeiramente, a mudança ocorreu na Europa Ocidental e, tempos mais tarde, na Rússia, sob Pedro, o Grande. 
A partir do ano de 1492, o Ano Novo era celebrado na Rússia como um feriado religioso Estatal. O significado do serviço de Ano Novo era a lembrança do sermão do Salvador na sinagoga de Nazaré, quando Jesus Cristo disse que Ele veio “para curar os quebrantados de coração ... para pregar o ano favorável do Senhor”. 
Na Rússia, no século 17, o Czar Alexei Mikhailovich e todo o povo de Moscou, dedicaram o dia de ano novo a atos de misericórdia. Nenhum mendigo saia de casa sem consolo - todos eram ricamente socorridos. Doavam-se roupas e sapatos e um fato jantar lhes era oferecido durante a Festa. As pessoas simples recebiam muitos presentes e os prisioneiros era visitados nas masmorras.

No dia 1 de setembro de 1699, foi a última vez que o rito foi realizado, na presença de Pedro, que, sentado no trono instalado na praça da Catedral do Kremlin em traje real, recebeu uma bênção do Patriarca e felicitou o povo pelo Ano Novo. Desde então, a celebração do Ano Novo da Igreja em 1º de setembro não foi celebrada com a antiga solenidade, embora o Typikon ainda considere este dia como um pequeno feriado do Senhor "O início da Indicção, ou seja, o Novo Verão", combinado com a Divina Liturgia em homenagem a São Simeão, o Estilita, cuja memória cai na mesma data.
Leituras Comemorativas 
1 Timóteo 2:1-7
Lucas 4:16-22
 
O texto do Evangelhos narra como o Senhor Jesus Cristo leu numa sinagoga de Nazaré a profecia de Isaías (Isaías 61. 1-2) sobre a chegada de um  verão favorável  (Lucas 4: 16-22). A Tradição conecta este evento com o dia 1º de setembro. O Menologion de Basílio II (século X) diz: "Desde então, Ele deu aos cristãos esta festa sagrada" (PG. 117. Col. 21). 
São Simeão, o Estilita

Simeão, de santa e famosa memória, deu origem ao costume de ficar em pé no topo de uma coluna, ocupando um lugar pequeno de apenas dois cúbitos de circunferência. Domnus, que era Bispo de Antioquia, ao visitar Simeão, ficou estupefato com a singularidade de sua posição e de seu modo de vida, ficando desejoso em possuir em sua vida uma maior interação mística. Eles combinaram de se encontrarem para juntos celebrarem os Divinos Mistérios, e tendo consagrado os santos dons, ministraram um ao outro a comunhão vivificante. 
Este homem, querendo viver na carne a natureza das hostes celestes, elevou-se acima das preocupações mundanas, e, sobrepujando a tendência da natureza humana para a decadência, dirigiu sua intenção para as coisas do alto: Colocado-se entre a terra e os Céus, entrou em comunhão com Deus, e se uniu com os anjos na adoração a Ele: Da terra, oferecia suas intercessões por toda a humanidade, e dos Céus, se derramava sobre eles o favor Divino.  
Um relato de seus milagres foi escrito por um daqueles que os testemunharam, e um registro eloquente por Theodoreto, Bispo de Chipre. Apesar de ambos terem omitido um episódio particular, cuja lembrança é ainda viva nos habitantes do santo deserto de quem aprendi o que se segue:  
Quando Simeão, esse anjo sobre a terra, esse cidadão da Jerusalém Celeste ainda em carne, inventou esse estranho e até então desconhecido caminho, os habitantes do santo deserto enviaram uma pessoa até ele, levando com um pedido para que desse uma razão para hábito tão singular, a saber, o porquê, abandonando o caminho trilhado pelos santos, ele perseguia outro ignorado pela humanidade; e, mais ainda, para que ele descesse [do pilar] e percorresse o caminho dos Padres. Eles, ao mesmo tempo, deram ordens para que se ele manifestasse prontidão em descer, que ficasse livre para percorrer o caminho que escolhesse, já que sua obediência seria prova suficiente que perseverou guiado por Deus; mas, que ele fosse retirado pela força caso manifestasse repúdio ou, se seduzido por sua própria vontade, recusasse ser guiado implicitamente pelo pedido.  
Quando a pessoa delegada chegou e anunciou o pedido dos Padres, Simeão, seguindo a injunção, deu imediatamente um passo para a frente. Então o delegado o declarou livre par seguir seu próprio caminho, dizendo: 
«seja corajoso e continue: o lugar que você escolheu é de Deus».  
Esta circunstância, que é omitida por aqueles que escreveram sobre ele, é, segundo penso, digna de ser lembrada. Em tão grande medida ele foi tomado pela graça divina, que, quando Theodósio proclamou uma lei de que as sinagogas que foram tomadas pelos cristãos fossem restauradas aos judeus de Antioquia, ele escreveu ao Imperador com censura tão veemente e livre, como se não se subordinasse a ninguém senão a seu soberano imediato, que Theodósio reviu sua ordem, e favoreceu aos cristãos em todos os aspectos, depondo, inclusive, o prefeito que havia sugerido a medida.  
[...] Simeão prosseguiu nesse modo de vida por cinquenta e seis anos, nove dos quais ele passou no primeiro mosteiro, onde foi instruído no conhecimento divino, e quarenta e sete em Mandra[...].''  
Cf. Evagrius Scholasticus, História Eclesiástica 
Livro I, Capítulo XIII: Simeão o estilita.5
 

 
Oração Antes de Ler as Escrituras
 
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

2 Coríntios 8:16-9:5

16 Mas, graças a Deus, que pôs a mesma solicitude por vós no coração de Tito; 17 Pois aceitou a exortação, e muito diligente partiu voluntariamente para vós. 18 E com ele enviamos aquele irmão cujo louvor no evangelho está espalhado em todas as igrejas. 19 E não só isto, mas foi também escolhido pelas igrejas para companheiro da nossa viagem, nesta graça que por nós é ministrada para glória do mesmo Senhor, e prontidão do vosso ânimo; 20 Evitando isto, que alguém nos vitupere por esta abundância, que por nós é ministrada; 21 Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens. 22 Com eles enviamos também outro nosso irmão, o qual muitas vezes, e em muitas coisas, já experimentamos ser diligente, e agora muito mais diligente ainda pela muita confiança que em vós tem. 23 Quanto a Tito, é meu companheiro, e cooperador para convosco; quanto a nossos irmãos, são embaixadores das igrejas e glória de Cristo. 24 Portanto, mostrai para com eles, e perante a face das igrejas, a prova do vosso amor, e da nossa glória acerca de vós. 1 Quanto à administração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos; 2 Porque bem sei a prontidão do vosso ânimo, da qual me glorio de vós para com os macedônios; que a Acaia está pronta desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muitos. 3 Mas enviei estes irmãos, para que a nossa glória, acerca de vós, não seja vã nesta parte; para que (como já disse) possais estar prontos, 4 A fim de, se acaso os macedônios vierem comigo, e vos acharem desapercebidos, não nos envergonharmos nós (para não dizermos vós) deste firme fundamento de glória. 5 Portanto, tive por coisa necessária exortar estes irmãos, para que primeiro fossem ter convosco, e preparassem de antemão a vossa bênção, já antes anunciada, para que esteja pronta como bênção, e não como avareza.

Marcos 3:13-19

13 E subiu ao monte, e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele. 14 E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar, 15 E para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios: 16 A Simão, a quem pôs o nome de Pedro, 17 E a Tiago, filho de Zebedeu, e a João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos do trovão; 18 E a André, e a Filipe, e a Bartolomeu, e a Mateus, e a Tomé, e a Tiago, filho de Alfeu, e a Tadeu, e a Simão, o Cananita, 19 E a Judas Iscariotes, o que o entregou.

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