
05 de Dezembro de 2025 (CC) / 22 de Novembro (CE)
Ss. Filêmon, Apóstolo [dos 70]; Apfias, sua mulher e Arquipo, seu filho e Onésimo (séc. I)
Pós-festa da Entrada da Santíssima Theotokos no Templo
Jejum da Natividade (Azeite é permitido)
Tom 8
Filêmon era cidadão de Colosso, na Frigia, um homem de linhagem nobre e de muitas posses que se converteu à fé cristã, provavelmente, em Éfeso, movido pela pregação do Apóstolo São Paulo, e de quem se tornou amigo pessoal.Os membros de sua família se destacavam pela devoção e piedade e, ao que parece, os cristão se reuniam em sua casa para celebrar os divinos mistérios.
Entretanto, Onésimo, um dos servos de Filêmon, longe de imitar os bons exemplos que recebia, roubou seu senhor fugindo em seguida para Roma. Lá conheceu São Paulo, na prisão. O espírito de caridade com o qual São Paulo o tratou tocou o coração de Onésimo que se converteu em seu filho espiritual. O Apóstolo queria que Onésimo ficasse com ele para auxiliá-lo, mas, como Filêmon tinha direito aos seus serviços, São Paulo o enviou de volta à Colosso com uma carta que escreveu a Filêmon, conhecida como uma das suas epístolas, a “Epístola a Filêmon”.Nesta carta o Apóstolo revela sua ternura e o poder de persuasão, referindo-se a Filêmon como o seu amado companheiro de trabalho, louvando sua caridade e sua fé. A Apia, que era provavelmente a esposa de Filêmon, São Paulo a chama de “nossa queridíssima irmã”; e a Arquipo, “o soldado, nosso companheiro”.
Em seguida, o Apóstolo lembra modestamente a Filêmon que, ainda que pudesse lhe dar ordens, em nome de Cristo, prefere rogar-lhe que, por amor, perdoe a Onésimo e o acolha, “não como servo, mas como irmão muito querido, pois o é para mim, e muito mais deverá ser para ti, tanto na carne como no Senhor”. Não se sabe como Filêmon recebeu este pedido de São Paulo. A Tradição, porém, afirma que Filêmon concedeu liberdade a Onésimo, perdoando-lhe a sua falta e fazendo dele um companheiro de trabalho na obra de evangelização.
Leituras ComemorativasFilêmon 1:1-25Lucas 10:-1-15
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
1 Timóteo 4:4-8,16
Fragmento 285A - Meu filho Timóteo, toda criação de Deus é boa, e nada é repreensível se for recebida com ação de graças, porque é santificada pela palavra de Deus e pela oração. Inspirando isto aos irmãos, serás um bom servo de Jesus Cristo, nutrido pelas palavras da fé e pelo bom ensinamento que tens seguido. Livre-se das crendices profanas de mulheres idosas, e exercita-te na piedade, pois o exercício corporal é de pouca utilidade, e a piedade é útil para tudo, tendo a promessa da vida presente e futura. Guarda a ti mesmo e a doutrina; sê constante nesta prática, pois, fazendo isto, salvarás a ti mesmo e aos que te ouvem.
Fragmento 285A - Meu filho Timóteo, toda criação de Deus é boa, e nada é repreensível se for recebida com ação de graças, porque é santificada pela palavra de Deus e pela oração. Inspirando isto aos irmãos, serás um bom servo de Jesus Cristo, nutrido pelas palavras da fé e pelo bom ensinamento que tens seguido. Livre-se das crendices profanas de mulheres idosas, e exercita-te na piedade, pois o exercício corporal é de pouca utilidade, e a piedade é útil para tudo, tendo a promessa da vida presente e futura. Guarda a ti mesmo e a doutrina; sê constante nesta prática, pois, fazendo isto, salvarás a ti mesmo e aos que te ouvem.
Lucas 19:12-28
Fragmento 95 - O Senhor contou esta parábola: “Certo homem de família nobre foi a um país distante para receber um reino para si e voltar. Chamando dez de seus servos, deu-lhes dez dinheiros e disse-lhes: “Negociai até que eu volte’. Mas seus concidadãos o odiavam e enviaram embaixadores atrás dele para dizer: ‘Não queremos que este reine sobre nós’. E aconteceu que quando ele voltou, tendo recebido o reino, mandou chamar os servos a quem ele tinha dado dinheiro, a fim de saber quem havia adquirido o quê. E o primeiro apareceu e disse: ‘Senhor, o teu capital rendeu dez vezes mais’. E ele lhe disse: ‘Muito bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, governarás sobre dez cidades’. E o segundo veio e disse: ‘O teu capital, senhor, rendeu cinco vezes mais’. Ele disse a este também: ‘Tu governarás sobre cinco cidades’. E outro veio e disse: ‘Senhor, aqui está o teu dinheiro, que guardei em um lenço; porque eu tinha medo de ti; pois, tu és um homem inflexível: Tu tomas o que não puseste e colhes o que não semeaste’. Então, ele lhe diz: ‘Com os teus lábios te julgarei, servo mau! Tu sabias que eu era um homem inflexível, que pego o que não coloquei e colho o que não semeei. Por que tu não negociaste meu dinheiro? E, chegando eu, os teria recebido com rendimento’. E disse aos que estavam com ele: ‘Tomai dele o capital que lhe dei e o entreguem ao que tem dez’. E eles lhe disseram: ‘Senhor, ele já tem dez vezes mais’. ‘Pois, eu vos digo que a todo aquele que tiver será dado, mas daquele que não tem, até o que tem também lhe será tirado. E quanto a estes meus inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, traga-os aqui e matai-os na minha frente’.” E, dito isto, ia caminhando adiante, subindo para Jerusalém.
ENSINO DOS SANTOS PADRES
Mas deve-se saber que não existe nenhum ocioso que esteja seguro de não ter recebido algum talento, porque não existe ninguém que diga com verdade: “Eu não recebi nenhum talento, portanto não estou obrigado a prestar contas”; pois com o nome de talento se deve entender aquilo que qualquer pobre recebeu, por menor que isso seja.
Um, pois, recebeu o entendimento da pregação, e este deve o ministério como talento; outro recebeu bens terrenos e deve distribuir ou administrar o talento destas coisas; outro ainda não recebeu a compreensão das coisas interiores nem abundância de bens, mas aprendeu uma arte, com a qual se sustenta, e essa arte se considera como o talento que recebeu; o seguinte não alcançou nada destas coisas, mas talvez mereceu a amizade íntima com algum rico: recebeu, portanto, o talento da amizade. Portanto, se não fala ao rico em favor dos miseráveis, é condenado por retenção do talento.
Então, quem tem entendimento, esforce-se para não estar sempre calado; quem tiver bens abundantes, vigie para não se descuidar de exercitar a misericórdia; quem possui uma arte pela qual se sustenta, procure com grande diligência que o próximo participe de seu uso e utilidade; quem tem oportunidade de falar ao rico, tema ser castigado por retenção do talento, se, podendo, não intercede junto dele em favor dos pobres, porque o Juiz que virá exige de cada um de nós o talento, ou seja, aquilo que nos concedeu.
Consequentemente, para que, quando volte o Senhor, alguém se encontre seguro da conta de seu talento, pense cada dia com temor no que recebeu. Cuidem que já está próximo o retorno daquele que foi para longe; porque, mesmo que pareça ter-se distanciado aquele que foi para longe desta terra em que nasceu, porém volta em breve para pedir prestação de contas dos talentos; e se formos preguiçosos, nos julgará com mais rigor sobre os dons concedidos.
Consideremos, pois, o que é que temos recebido, e estejamos atentos para empregá-lo bem. Que não exista algum cuidado terreno que nos impeça a vida espiritual, para que não venha a acontecer que, escondendo o talento na terra, provoque-se a ira do Senhor do talento.
O servo preguiçoso, quando o juiz já pede contas das culpas, desenterra o talento; existe, portanto, muitos que se afastam dos desejos e obras terrenas, por aviso do juiz, quando já são entregues ao suplício eterno. Vigiemos, portanto, antes que nos seja solicitada a conta de nosso talento, para que, quando o juiz já estiver ameaçando com o castigo, sejamos libertos dele pelo lucro que tivermos alcançado.
São Gregório, o Grande, Patriarca de Roma (Séc. VI)
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