
31 de Dezembro de 2025 (CC) 18 de Dezembro (CE)
São Sebastião e seus companheiros, mártires († 288)
Jejum da Natividade (Pão, frutas e legumes)
Tom 4
Nasceu em Milão, na Itália, entre os anos 250 e 256. De família distinta, foi agraciado pelo imperador Carinos com a nomeação para um cargo militar. Posteriormente, Diocleciano o promoveu à guarda pretoriana. Possuía um coração generoso e, em seu posto, foi frequentemente protetor dos pobres e de cristãos em geral, ajudando também a suprir as necessidades da Igreja de Roma. Por causa disso, o Papa Gaio de Roma (283-296) o nomeou defensor da igreja.
Ao ter início as perseguições aos cristãos, foram presos um grupo de crentes. Ao saber do disso, Sebastião foi até eles para apoiá-los espiritualmente e, no momento em que eram julgados e condenados à morte, para surpresa de todos, Sebastião declarou sua fé em Cristo. Diocleciano, então, o condenou à morte. E logo começaram a torturá-lo, golpeando com lanças o seu peito. Seu corpo, que já consideravam sem vida, foi recebido por Luciana que, notando que ainda respirava, depois de tratar cuidadosamente de suas feridas, recuperou a saúde. Ciente do restabelecimento de Sebastião, o imperador Diocleciano ordenou sua prisão, tendo lá sido açoitado até a morte.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Hebreus 10:1-18
Irmãos, a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Por isso, entrando no mundo, diz:
"Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste; holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram." Então disse:
“Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade.”
Como acima diz: "Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram" (os quais se oferecem segundo a lei).
Então disse: “Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade.” Tira o primeiro, para estabelecer o segundo.
Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus, daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés. Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados. E também o Espírito Santo disto nos testifica, porque depois de haver dito:
“Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos;” acrescenta:
“E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.”
Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado.
Marcos 8:30-34
Fragmento 44 - O Senhor disse: “Quem repudiar sua mulher e se casar com outra comete adultério contra ela. E se uma mulher se divorciar de seu marido e se casar com outro, ela comete adultério”. Então trouxeram-Lhe crianças, para que as tocasse; mas os discípulos repreenderam aqueles que as trouxeram. Mas quando Jesus viu isso, ficou muito descontente e disse-lhes: Deixai vir a mim as crianças e não as proibais; pois das tais é o Reino de Deus. Em verdade vos digo que quem não receber o Reino de Deus como criança, de modo algum entrará nele”. E tomou-as nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou.
Fragmento 44 - O Senhor disse: “Quem repudiar sua mulher e se casar com outra comete adultério contra ela. E se uma mulher se divorciar de seu marido e se casar com outro, ela comete adultério”. Então trouxeram-Lhe crianças, para que as tocasse; mas os discípulos repreenderam aqueles que as trouxeram. Mas quando Jesus viu isso, ficou muito descontente e disse-lhes: Deixai vir a mim as crianças e não as proibais; pois das tais é o Reino de Deus. Em verdade vos digo que quem não receber o Reino de Deus como criança, de modo algum entrará nele”. E tomou-as nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou.
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HOMILIA PARA O FIM DO ANO
Ano após ano, nos despedimos do ano que passou e nos voltamos para o que se inicia com esperança e expectativa. Olhando para trás, lamentamos o que ficou por fazer, o que poderia ter acontecido, mas não aconteceu. Sofremos pelas coisas destrutivas que trouxemos para este ano e pelas coisas que não conseguimos realizar, coisas que teriam feito deste ano "o Ano do Senhor", como diz o Evangelho.
Mas também estamos cheios de gratidão por tudo o que este ano nos trouxe, e não é triste pensar que tudo de bom nos foi "dado", e que muito do que foi mutilado foi mutilado por nossas próprias mãos? Contudo, essa também não é uma visão totalmente verdadeira, porque durante este ano muitos de nós, creio que todos nós, despertamos para uma compreensão mais profunda da vida; nossos corações se expandiram e se tornaram mais profundos; nos tornamos mais sensíveis à dor e à alegria: este ano não foi em vão para nós e, talvez, como uma boa terra ou uma terra melhor do que a do ano passado, sejamos capazes de acolher a palavra de Deus em Seu Evangelho, a bênção do Senhor no limiar do Ano Novo.
E quanta expectativa e esperança depositamos no ano que se inicia; mas, por outro lado, esperamos ser generosamente agraciados por Deus, pelo amor daqueles que nos rodeiam, pelo que chamamos de circunstâncias de nossas vidas. Mas isso não basta; também devemos ser criadores; devemos fazer deste ano o “Verão do Senhor”. Para isso, devemos entrar neste ano com a ousada e firme intenção de construir, ao máximo de nossas capacidades, a Cidade de Deus na cidade humana em que vivemos. Uma das palavras mais ousadas e inspiradoras que já ouvi sobre como encarar a vida é este provérbio medieval: “Não é preciso ter esperança para empreender uma tarefa, nem ter sucesso para continuar a fazê-la” (Point n'est besoin d'esperer pour enterndre, point n'est besoin de reussir pour perséverer).
Que entremos no próximo ano com essa liberdade, que entremos nele para construir e criar, para nos tornarmos aquilo para o que fomos chamados, e para sermos para os outros e para Deus tudo o que podemos ser, sem questionar se, humanamente falando, existe alguma esperança de alcançar algo. E se ao longo deste ano não virmos sucesso, se sentirmos que nós mesmos e nossas vidas somos um fracasso, que não nos detenhamos nisso, mas que persistamos em frente, e pelo poder de Deus, que se realiza na fraqueza, o humanamente impossível se tornará possível pelo poder e graça de Deus.
Portanto, demos graças pelo ano que passou, arrependamo-nos do que fizemos de errado ou deixamos de fazer, regozijemo-nos em todas as riquezas do ano que passou e entremos no ano que se inicia com ousadia, criatividade, sobriedade e firmeza — e Deus coroará nossa coragem com Sua força e Sua bênção. Amém.
Metropolita Antônio de Sourozh
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