
11 de Dezembro de 2025 (CC) / 28 de Novembro (CE)
Santo Mártir Estevão, o Novo Confessor, monge († 764); Mártir Irenarco e 7 mulheres Mártires
Jejum da Natividade (Azeite é permitido)
Tom 1
Um dos mais célebres mártires da perseguição iconoclasta, Santo Estevão, o Jovem, nasceu em Constantinopla. Aos 15 anos foi confiado por seus pais aos monges do Monastério de Santo Auxêncio, não muito distante de Calcedônia. Lá recebeu o ofício de comprar as provisões para o monastério. Quando seu pai faleceu, Estevão precisou ir à Constantinopla. Lá, aproveitou para vender todas as suas posses, repartindo com os pobres o dinheiro resultante da venda. Uma de suas irmãs já era religiosa. A outra partiu para Bitínia com sua mãe, retirando-se, ambas, num monastério. Ao morrer o abade João. Estêvão, com apenas 30 anos, foi eleito para sucedê-lo em seu posto. O monastério era constituído por uma série de celas isoladas, espalhadas pela montanha. O novo abade se estabeleceu numa caverna localizada em seu topo. Ali, uniu trabalho e oração, ocupando-se em copiar livros e confeccionar redes. Alguns anos mais tarde, Estevão renunciou ao cargo e, num lugar ainda mais retirado construiu uma cela tão pequena que, sequer podia estar de pé em seu interior nem se deitar sem se encostar em suas paredes. Encerrou-se nesta espécie de sepulcro até seus 42 anos de idade.
O Imperador Constantino Coprônimo, seguiu com as perseguições que se pai Leo havia declarado às imagens. Como já era de se esperar, encontrou nos monastérios a oposição mais forte que podia esperar, e contra eles, portanto, adotou as medidas mais rigorosas. O Imperador estava tentando assinar o decreto promulgado pelos bispos no sínodo iconoclasta de 754 dC. Patrício Calixto fez uma tentativa de convencer o santo a assiná-lo, mas fracassou na empresa. Constantino, furioso ao ver a assinatura de Santo Estêvão, enviou Calixto com um grupo de soldados para que arrancassem o santo de sua cela e o conduzisse à prisão. Estêvão achava-se já tão exausto, que os soldados tiveram de carrega-lo até o topo da montanha. Algumas testemunhas acusaram Santo Estêvão de ter vivido com sua filha espiritual, a santa viúva Anna. Anna protestou, afirmando sua inocência e, tendo negado a testemunhar contra o santo, como lhe pedia o Imperador, foi encarcerada num monastério onde morreu pouco depois em decorrência dos maus tratos sofridos.
O Imperador, que buscava um novo pretexto para condenar Estêvão à morte, surpreendeu-lhe quando conferia o hábito a um noviço, o que estava proibido. Imediatamente os soldados dispersaram os monges e incendiaram o monastério e a igreja. Santo Estêvão foi aprisionado e conduzido num navio a um monastério de Crisópolis onde foi julgado por Calixto e alguns outros bispos. No início, foi tratado com cordialidade, não tardando, porém, a ser maltratado com brutalidade. O santo lhes perguntou como se atreviam qualificar de ecumênico um concílio não aprovado por outros patriarcas, defendendo com coragem e firmeza a veneração das imagens sagradas. Por isso, foi desterrado para a Ilha de Proconeso de Propôntide. Dois anos mais tarde, Constantino Coprônimo mandou que fosse transferido para uma prisão em Constantinpla. Alguns dias depois Santo Estêvão comparecia diante do Imperador que lhe perguntou se acreditava mesmo que pisotear uma imagem era o mesmo que pisotear Cristo. Estevão respondeu:«Claro que não!»E tomando uma moeda perguntou ao Imperador que castigo merecia o que pisoteasse a imagem do Imperador que havia nela. Só pensar num crime desta natureza provocou visível indignação no Imperador. Então, Estêvão voltou a perguntá-lo:«De modo que, é crime insultar a imagem do rei da terra, mas não o é atear fogo às imagens do Rei do Céu?»O Imperador então ordenou que Estêvão fosse açoitado, o que seus carrascos cumpriram com violência extrema. Sabendo que Estêvão não tinha morrido no suplício, Constantino exclamou:«Será que não existe quem seja capaz de me livrar desse monge?»Imediatamente um dos que estavam presentes correu ao cárcere e arrastou o santo pelas ruas da cidade, sendo apedrejado e açoitado pela multidão, até que um homem atingiu sua cabeça, destrocando-a mortalmente.
Santo Irenarco de Sebaste
O Santo Mártir Irenarchus era de Sebaste, Armênia, e viveu durante o reinado de Diocleciano (284-305). Quando ele era jovem, ele ministrava aos mártires na prisão depois que eles foram torturados.
Certa vez, ele viu sete mulheres sendo torturadas por Cristo, que suportaram bravamente seus tormentos. Santo Irenarchus ficou maravilhado com isso porque eles mostraram grande coragem em enfrentar o tirano, embora fossem fracos por natureza.
Iluminado pela graça divina, Santo Irenarchus confessou Cristo. Primeiro ele suportou provas de fogo e água, depois foi decapitado com as sete mulheres sagradas no ano 303.

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempree pelos séculos dos séculos. Amém!
1 Timóteo 6:17-21
Fragmento 289 - Meu filho Timóteo, exorte os ricos da presente era a não se vangloriarem de si mesmos e a não confiarem na incerteza das riquezas, mas no Deus vivo, que tudo abundantemente nos dá para nosso gozo; para que pratiquem o bem, sejam ricos em boas ações, sejam generosos e sociáveis, acumulando para si um tesouro, um bom fundamento para o futuro, a fim de alcançar a vida eterna. Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, evitando tagarelices profanas e vãs e as contestações daquilo que é falsamente chamado de ciência; à qual, professando alguns, se extraviaram da Fé. A graça esteja contigo. Amém.
Lucas 20:9-18
Fragmento 100 - O Senhor disse-lhes esta parábola: “Um homem plantou uma vinha e a entregou aos viticultores e se retirou por muito tempo. E na devida época, ele enviou um escravo aos inquilinos para lhe dar um pouco do fruto da vinha; mas os inquilinos o espancaram e o mandaram embora de mãos vazias. E ele fez mais: Enviou outro servo, mas eles também, o espancaram e o desonraram, e foram despedidos vazios; e fez ainda mais: Enviou um terceiro, mas eles também o feriram e expulsaram. Então, o dono da vinha disse: ‘O que devo fazer? Mandarei meu filho amado. Talvez tenham vergonha d’Ele.’ Mas quando o viram, os lavradores começaram a arrazoar entre si, dizendo: ‘Este é o herdeiro; matemo-lo para que a herança seja nossa.’ E eles o jogaram fora da vinha e o mataram. O que o senhor da vinha fará com eles? Ele virá, matará esses vinicultores e dará a vinha a outros”. Ouvindo isso, eles disseram: “Isto não acontece!” Mas Ele, olhando para eles, disse: “O que significa esta palavra da Escritura:
‘A Pedra que os construtores rejeitaram, tornou-Se a Pedra Angular?’ Qualquer um que cair sobre esta Pedra será despedaçado, e sobre quem Ele cair, se tornará pó”.
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ENSINO DOS SANTOS PADRES
A parábola da vinha retrata a Igreja do Antigo Testamento; os lavradores são a hierarquia daqueles tempos. Por não estar cumprindo seu propósito, uma sentença foi pronunciada sobre ela: tomar sua vinha e dá-la a outros. Esses outros foram primeiro os santos apóstolos, depois seus sucessores - os bispos com todo o sacerdócio. A vinha de Deus tem sido a mesma desde o princípio do mundo, e o propósito de seus lavradores foi, é e será o mesmo até o fim do mundo - trazer ao Senhor o fruto da videira - almas salvas. Esta é a tarefa da hierarquia cristã e, portanto, nossa tarefa. A extensão de seu cumprimento todos nós podemos ver. O que se pode dizer sobre isso? Sobre muitas coisas - glória a Deus! Mas sobre muitas, muitas coisas não se pode deixar de desejar o melhor. Isso diz respeito particularmente à pregação da palavra de Deus. Em algum lugar a pregação é ouvida; e, no entanto, esta é apenas uma faca de jardim nas mãos dos lavradores da vinha de Deus. Que isto não se cumpra sobre nós: o senhor da vinha virá e destruirá estes lavradores, e dará a vinha a outros. Mas e se esses outros invadirem por conta própria e destruírem não apenas os lavradores, mas a própria videira…
São Teófano, o Recluso
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