sexta-feira, 14 de agosto de 2015

11ª Sexta-feira Depois de Pentecostes

14 de Agosto 2015 (CC) / 01 de Agosto (CE)
Procissão da Preciosa e Vivificante Cruz.
Os 7 irmãos Macabeus, mártires (séc. II a.C); 
S. Eleazar, mártir (séc. II a.C.); S. Salomé, mãe dos Sete Macabeus (séc. II a.C).
Início do jejum em preparação para a Festa da Dormição da Mãe de Deus
Modo 1





No Horologion grego de 1897, se relata a origem desta festa, da seguinte forma: 
"Por causa das doenças que muitas vezes ocorriam em todos os lugares no mês de agosto, era de costume, desde os tempos antigos, realizar-se em Constantinopla uma procissão levando a Venerável Madeira da Cruz* ao longo das estradas e ruas para a santificação dos lugares, e para a expulsão das enfermidades. Na véspera (31 de Julho), a Cruz era retirada do tesouro imperial e transportada para a Grande Catedral de Santa Sofia (erguida em homenagem à Santa Sabedoria Divina: Cristo), onde ficava exposta para a veneração. Com a procissão da Cruz, também tem início o jejum da Festa da Dormição da Mãe de Deus. Deste feastday-se à Dormição da Santíssima Mãe de Deus."  
Finalmente, em 14 de agosto, retornou mais uma vez para a Igreja do Palácio Imperial.   Os sete Macabeus, sua mãe Salomé e Eleazar, o sacerdote 
Na Igreja Russa esta festa é também combinada aos festejos do Batismo da Rússia, em 1 de Agosto 988.
* A Cruz usada não era uma cruz comum, mas a verdadeira Venerável Cruz do Senhor que foi preservada na igreja da Corte Imperial. Em 31 de julho, a Venerável Cruz foi levada da Corte Imperial à Igreja da Santa Sabedoria de Deus e de lá levada em procissão ao longo das ruas para a consagração da terra e do ar. 

Os 7 irmãos Macabeus, mártires; S. Eleazar, mártir e S. Salomé, Mãe dos Sete Macabeus . 
Todos eles padeceram para preservar a pureza da fé de Israel sob o rei Antíoco, chamado por alguns "Epiphanios", o "Iluminado" e por outros "Epimanis", ou seja, "um louco". 
Por causa dos grandes pecados de Jerusalém e, especialmente, a disputa sobre a autoridade sacerdotal e crimes cometidos por ocasião desta luta, Deus permitiu que uma grande calamidade acontecesse na Cidade Santa. Depois disso, Antíoco queria por todos os meios impor aos judeus a idolatria dos helenos no lugar de sua fé no Único Deus Vivo, não medindo esforços para alcançar esse objetivo.
Antíoco contou com a ajuda de alguns altos sacerdotes traiçoeiros e outros anciãos de Jerusalém que resolveram colaborar. Em uma ocasião, o Rei Antíoco chegou a Jerusalém e ordenou que todos os judeus comessem a carne de suínos, o que é proibido pela Lei de Moisés. Comer carne de porco era um sinal evidente que o que dela se alimentava repudiava a fé de Israel. O Sumo Sacerdote Eleazar, que também fora um dos setenta e dois tradutores do Antigo Testamento para a língua grega (a Septuaginta), não se submeteu à ordem do rei. Por isso, Eleazar foi torturado e queimado vivo.
Retornando à Antioquia, Antíoco levou consigo os sete filhos de Salomé, chamados os Macabeus, e também a mãe deles. Os nomes dos sete irmãos Macabeus eram: Avim, Antonius, Eleazar, Gurius, Eusebon, Achim e Marcellus. Diante dos olhos de sua mãe, o ímpio rei torturava os seus filhos, um por um, rasgando a pele de seus rostos e, depois, lançando-os no fogo. Todos eles suportavam bravamente a tortura e morte sem renegar sua fé. Finalmente, quando a mãe viu seu último filho, o caçula de apenas três anos no fogo, ela mesma saltou para as chamas e foi consumida pelo fogo, entregando sua alma a Deus.
Todos estes dignamente padeceram por causa da fé no Único Deus Vivo, cerca de 180 anos antes de Cristo.
†††



Tropário da Ressurreição
Apesar da pedra do túmulo ter sido selada pelos judeus,
e o Teu puríssimo Corpo guardado pelos soldados,
Tu ressuscitaste ao terceiro dia, ó Salvador nosso,
dando a vida ao mundo.
Por isso, ó Autor da Vida,
os Poderes Celestes Te aclamaram, dizendo:
“Glória à Tua Ressurreição, ó Cristo!
Glória à Tua Realeza!
Glória à Tua Providência, ó Amigo do homem.

Kondákion da Ressurreição
Como Deus, Tu ressuscitaste gloriosamente do túmulo,
ressuscitando o mundo Contigo;
a natureza humana Te canta como Deus,
pois a morte foi dissipada.
Adão rejubila, Mestre;
e Eva, doravante liberta das suas cadeias, proclama na alegria:
Ó Cristo, Tu És Aquele que concede a todos os homens a ressurreição!

Prokímenon

Seja a Tua misericórdia, Senhor, sobre nós,
conforme em Ti esperamos. (Sl. 32:22)

Regozijai-vos no Senhor, vós, justos,
pois aos retos convém o louvor.

2 Coríntios 4:13-18

13 Ora, temos o mesmo espírito de fé, conforme está escrito: Cri, por isso falei; também nós cremos, por isso também falamos, 14 sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos ressuscitará a nós com Jesus, e nos apresentará convosco. 15 Pois tudo é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. 16 Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; 18 não atentando nós nas coisas que se veem, mas sim nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, enquanto as que se não veem são eternas.

ALELUIA

Aleluia, aleluia, aleluia!
É Deus Quem me reveste de fortaleza,
E Quem atrai os povos para Mim.

Aleluia, aleluia, aleluia!
Ele fortalece a Davi, Seu ungido,
E à sua descendência para sempre.

Aleluia, aleluia, aleluia!

Mateus 24:27-33, 42-51

27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem. 28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres. 29 Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. 30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. 31 E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. 32 Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: Quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. 33 Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas. 42 Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; 43 sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. 44 Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem. 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus serviçais, para a tempo dar-lhes o sustento? 46 Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar assim fazendo. 47 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. 48 Mas se aquele outro, o mau servo, disser no seu coração: Meu senhor tarda em vir, 49 e começar a espancar os seus conservos, e a comer e beber com os ébrios, 50 virá o senhor daquele servo, num dia em que não o espera, e numa hora de que não sabe, 51 e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.

COMENTÁRIO


“Vigiai: Cristo Virá De Novo”

Para impedir qualquer pergunta de seus discípulos a respeito do seu advento, Cristo disse: Essa hora ninguém o sabe, nem os anjos, nem mesmo o Filho; e não vos cabe conhecer os dias e os tempos. Ele quis ocultar-nos isto para que permaneçamos vigilantes, e para que cada um de nós possa pensar que esse acontecimento sobrevirá durante a sua vida. Se o tempo de seu retorno tivesse sido revelado, sua vinda seria vã, e as nações e os séculos em que ela acontecerá já não mais a desejariam. Ele disse com muita clareza que virá, mas não precisou em que momento. Desta forma, todas as gerações e épocas da história o esperam ardentemente.

Mesmo que o Senhor tenha dado a conhecer os sinais de sua vinda, não fica claro quando acontecerá, pois estes sinais, submetidos a uma troca constante, tanto tem aparecido como já passaram, e, podemos dizer mais, eles ainda continuam. A última vinda do Senhor, de fato, será semelhante à primeira, pois, do mesmo modo que os justos e os profetas o desejavam, crendo que ele apareceria na sua época, assim, cada um dos atuais fiéis deseja recebê-lo na sua, porque Cristo não revelou o dia de sua aparição. E não o revelou para que ninguém pense que ele – que é soberano do decurso e do tempo – está submetido a algum imperativo ou a alguma hora. O que o próprio Senhor estabeleceu, como poderia lhe estar oculto, visto que pessoalmente detalhou os sinais de sua vinda? Estes sinais foram destacados para que, desde então, todos os povos e todas as épocas pensassem que o advento de Cristo se realizaria em sua própria época.

Velai, portanto, quando o corpo dorme, porque nesta ocasião é a natureza quem nos domina, e nossa atividade não se encontra dirigida pela vontade, mas pelos impulsos da natureza. E quando reina sobre a alma um pesado torpor, por exemplo, a pusilanimidade ou a melancolia, é o inimigo que domina a alma e a conduz contra sua aspiração natural. Apropria-se do corpo a força da natureza, e da alma o inimigo.

Por isso nosso Senhor falou da vigilância da alma e do corpo, para que o corpo não caia em um pesado torpor, nem a alma no entorpecimento e temor, como diz a Escritura: Despertai, como é justo; e também: Eu me levantei e estou contigo; e ainda: Não vos acovardeis. Por tudo isso, nós, encarregados deste ministério, não nos acovardamos.

Santo Efrém, o Sírio (séc. IV)








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