sábado, 1 de agosto de 2015

9º Sábado Depois de Pentecostes

01 de Agosto de 2015 (CC) / 19 de Julho (CE)
Venerável Macrina, irmã de S. Basílio, o Grande († 380)
Modo 7



Macrina era a irmã̃ mais velha de São Basílio o Grande e São Gregório de Nissa. Quando ainda era uma jovem virgem, Macrina ficou noiva de um nobre. Quando seu noivo morreu, Macrina fez o voto de nunca casar dizendo: 
"Não é justo para uma moça - uma vez noiva de um jovem buscar outro: de acordo com a lei da natureza deve haver apenas um casamento da mesma forma que há apenas um nascimento e uma morte". 
Além disso, por sua fé na ressurreição, Macrina considerava seu noivo, não morto, mas vivo em Deus. 
"É um pecado e uma vergonha para uma esposa não guardar sua fidelidade quando seu marido viaja para uma terra distante", dizia Macrina. 
Então, juntamente com sua mãe, Emília, Macrina recebeu a tonsura monástica em um mosteiro, onde viveu uma vida de ascetismo com as outras monjas. Elas viviam dos trabalhos de suas mãos, devotando uma grande parte de seus tempos para pensamentos divinos, orações e constante elevação de suas mentes à Deus. 
Logo após o falecimento de sua mãe, também seu irmão Basílio viera a falecer. Nove meses após a morte de São Basílio, Gregório veio para visitar sua irmã̃ e a encontrou em seu leito de morte. Antes de sua morte, Macrina elevou suas orações a Deus, dizendo:  
"Tu, ó Senhor, É Quem dás repouso para nossos corpos no sono da morte por um tempo; e irá novamente acordá-los [os corpos] no último trunfo. Perdoa-me, e quando minha alma se despir deste traje corporal e se apresentar perante Ti, pura e sem pecado, conceda que ela possa ser como um incenso para Ti". 
Após esta oração, Macrina traçou o sinal da cruz em sua testa, olhos, face e sobre seu coração e entregou sua alma. Ela encontrou repouso no Senhor no ano 379. 
Bem-aventurada Melissa

A bem-aventurada Melissa, Soberana da Sérvia, procedia da antiga geração dos Nemanis. Ela se casou com o verdadeiramente religioso príncipe Lásaro da Sérvia, que em 1379 tornou-se Soberano da Sérvia. Após a morte por martírio de seu marido, em 1389, Melissa tornou-se administradora da Sérvia, até a maioridade do seu filho Stéfano. Melissa era inteligente e ativa administradora, distinguia-se pela honestidade e preocupação materna para com o seu povo, o qual naquele tempo era atormentado pelos turcos. Ela se preocupava com as viúvas e órfãos, reerguia os templos destruídos pelos turcos, construía os mosteiros. Recebeu do sultão Baiazeta promessa de não perseguir os cristãos no país dela. Em 1393 recebeu a ordenação de monja com o nome de Eugênia e descansou em paz em 1405. Dos restos mortais da bem-aventurada Melissa vertia-se bálsamo que curava.


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Tropário da Ressurreição
Pela Cruz venceste a morte
e abriste o Paraíso ao ladrão arrependido.
Converteste em alegria a lamentação das miróforas
e ordenaste a Teus Apóstolos que anunciassem a Tua Ressurreição,
ó Cristo nosso Deus,
Tu Que concedes ao mundo a Tua infinita misericórdia.

Kondákion da Ressurreição
O poder da morte não é mais suficientemente forte 
para manter presos os homens mortais.
Pois Cristo desceu, despedaçando e destruindo esse poder.
O inferno agora está atado,
e os Profetas, em uma só voz, rejubilam grandemente, dizendo:
“O Salvador veio, ide todos vós fiéis para Sua Ressurreição”.

Prokímenon: 

O Senhor dará força ao seu povo;
o Senhor abençoará o seu povo com paz. (Sl. 27:11)

Tributai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, 
tributai ao Senhor glória e força. (Sl. 27:1)

Romanos 14:6-9

6 Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. 7 Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. 8 Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. 9 Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. 

ALELUIA

Aleluia, aleluia, aleluia!
É bom exaltar o Senhor

e cantar louvores ao teu Nome, ó Altíssimo (Sl 92, 1) 

Aleluia, aleluia, aleluia!
Proclamar pela manhã o teu amor

e a tua fidelidade pela noite (Sl 91, 2). 


Aleluia, aleluia, aleluia!

Mateus 15:32-39

32 Jesus chamou os seus discípulos, e disse: Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que eles estão comigo, e não têm o que comer; e não quero despedi-los com fome, para que não desfaleçam no caminho. 33 Disseram-lhe os discípulos: Donde nos viriam num deserto tantos pães, para fartar tamanha multidão? 34 Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? E responderam: Sete, e alguns peixinhos. 35 E tendo ele ordenado ao povo que se sentasse no chão, 36 tomou os sete pães e os peixes, e havendo dado graças, partiu-os, e os entregava aos discípulos, e os discípulos à multidão. 37 Assim todos comeram, e se fartaram; e do que sobejou dos pedaços levantaram sete cestas cheias. 38 Ora, os que tinham comido eram quatro mil homens além de mulheres e crianças. 39 E havendo Jesus despedido a multidão, entrou no barco, e foi para a região de Magdala. 


COMENTÁRIO

Romanos
Porque somos do Senhor, temos por costume não julgar de outras pessoas com base em nossas próprias ideias, preconceitos ou patrimônio cultural. Essas coisas nos fazem perder de vista o fato de que estamos unidos em Cristo, que É o nosso Único Senhor e Juiz.

Mateus
Esta segundo milagre da alimentação de uma multidão não deve ser confundido com o primeiro (14: 22-33), pois são dois milagres distintos (ver 16: 8-10). A variação no número de pães é significativa. No primeiro, havia cinco pães, simbolizando a lei; enquanto aqui, existem sete (v. 34). Sete simboliza a perfeição e aqui indica a perfeição espiritual. Assim, em primeira instância, Cristo revela-Se como o cumprimento da Lei, enquanto aqui ele mostra que ele é o que concede a perfeição espiritual. Note-se também que estas multidões tinham estado com Cristo por três dias (v. 32), o mesmo número de dias que Ele iria descansar na tumba. A participação em Sua perfeição só pode vir através de estar unido à morte de Cristo (cf. Rm 6: 3-5).




HOMILIA



Homilia Referente à Primeira Multiplicação dos Pães e dos Peixes.

Por São João Crisóstomo, Patriarca de Constantinopla (séc. V)

Para os enfermos ele fazia milagres sempre, agora faz uma dádiva universal, a fim de que muitos não só fossem espectadores do que a outros acontecia, mas que também desfrutassem do dom por si mesmos. Aquilo que aos judeus antigos lhes parecia no deserto admirável e diziam: "Poderá também dar-nos pão e preparar-nos a mesa no deserto?", isso Cristo realiza agora. E os levou ao deserto para que não recaísse suspeita alguma sobre o milagre, e ninguém pensasse que algum povo próximo tenha provido as mesas de pão. Por isto o evangelista recorda não somente o lugar, mas também a hora. Também aprendemos aqui a prudência que os discípulos demonstravam nas coisas necessárias e em que alto grau desprezavam os prazeres. Pois sendo eles doze, não tinham senão cinco pães e dois peixes. Até tal ponto desprezavam as coisas materiais e somente cuidavam das espirituais. Ainda mais: nem mesmo este pouco que tinham guardaram, mas, assim que lhes foi solicitado, o entregaram. 
Aprendemos disto que, mesmo quando for pouco o que possuímos, o ofereçamos aos pobres. Pois os apóstolos, mandados apresentar os cinco pães, não exclamaram: “Mas de onde nos alimentaremos depois? Como poderemos amenizar a fome?”, mas prontamente obedecem. A parte da razão do que já aduzimos, parece que Cristo fez o milagre com estes pães, para levar os discípulos à fé, pois eles ainda eram fracos nela. Por isso olha ao céu. Já possuíam muitos exemplos de outros tipos de milagres, mas deste nenhum. 
Tendo, portanto, tomado os pães, os partiu, e através dos discípulos os repartiu, conferindo-lhes este cargo de honra. Não o fez somente para honrá-los, mas para que, apalpando a realidade do milagre, não lhe negassem a fé nem se esquecessem do acontecido, do qual suas próprias mãos davam testemunho. E permitiu que primeiro a multidão sofresse a fome e esperou que os discípulos se aproximassem e lhe perguntassem. Também por meio deles fez que a multidão se recostasse na relva, e por eles distribuiu os pães, querendo assim antecipar-se e comprometer cada um por sua própria confissão e por suas obras. Por esta causa, recebeu os pães deles, a fim de que se multiplicassem os testemunhos do milagre e tivessem esses registros e recordações do prodígio. Pois se depois de tantos preparativos ainda se esqueceram, o que teriam feito se Jesus não os houvesse preparado de tantas maneiras? E ordenou que se recostassem na relva, ensinando-os desta forma a viver austeramente. Porque não desejava unicamente que os corpos se alimentassem, mas que as almas assimilassem os ensinamentos. 
De maneira que pelo lugar, por não ministrar-lhes senão pães e peixes, por ter ordenado que a todos fosse dado o mesmo e em comunidade o tomassem, de forma que nenhum recebesse mais do que o outro, ensinou a humildade, a temperança e a caridade; e quis que todos amassem a todos com igual afeto e tivessem todas as coisas em comum. E tendo partido os pães, os deu aos discípulos, e os discípulos os deram ao povo. Deu-lhes os cinco pães já partidos; e estes cinco pães, como se fossem uma fonte, multiplicavam-se e brotavam das mãos dos discípulos. 
Ele não terminou com este milagre; mas Jesus fez que não somente os pães superabundassem, mas também os pedaços, para perceber que estes pedaços eram daqueles pães, e os ausentes também pudessem saber o que havia acontecido. Para isto permitiu que a multidão sofresse a fome, a fim de que ninguém pensasse que tudo se reduzia a meras aparências. Permitiu que sobrassem doze cestos, para que até mesmo Judas levasse o seu. Podia simplesmente ter apagado a fome na multidão, mas os discípulos não teriam experimentado o seu poder, pois assim aconteceu no tempo de Elias. Nesta ocasião os judeus ficaram de tal forma pasmos que quiseram constituí-lo rei, coisa que em outros milagres não tinham tentado.


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