Pós-festa da Exaltação da Santa e Vivificante Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo
Ss.Trófimo, Sabácio e Dorimedonte, mártires († 277)
Jejum
Modo 8
Estes mártires viveram por volta do ano 278, na época do governador de Antioquia, Heliodoro. Quando Trófimo e Sabácio se encontravam em Antioquia, vendo que aquela gente levava uma vida de licensiosidade e pecado, prestando culto a Apolo, de pronto passaram a mostrar o quanto aquilo tudo era pecaminoso. Por causa disso foram presos e logo conduzidos ao tribunal para serem julgados. Lá professaram corajosamente a sua fé cristã. O governador, tendo ouvido tais declarações de fé, ordenou que os santos fossem açoitados.
Tal execução se deu com tamanha crueldade que os carnífices chegavam a cortar em pedaços os corpos dos santos. Sabácio não resisitiu aos muitos ferimentos e entregou seu espírito a Deus. Piores sofrimentos esperavam por Trófimo que, tendo suportado todos os martírios, foi depois jogado na prisão, onde recebeu a visita de Dorimedon, um homem público que, presenciando os seus sofrimentos, acabou por converteu-se também à Fé Cristã. Quando o governador tomou conhecimento do fato, ordenou que as torturas fossem aplicadas ainda com maior rigor. Mais tarde, os dois foram jogados aos animais famintos que se encontravam no anfiteatro. No entanto, os animais permaneceram tranquilos como cordeiros, cumprindo-se assim o que dizem as Escrituras:
«Pela fé conquistaram reinos, fizeram justiça e alcançaram o prometido; fecharam a boca de leões» (Hb 11,33).
Os carnífices, vendo que as feras não se moviam, decidiram decapitar Trofimo e Dorimedonte.
Efésios 6:18-24
Com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos, e por mim, para que me seja dada a palavra, no abrir da minha boca, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que nele eu tenha coragem para falar como devo falar. Ora, para que vós também possais saber como estou e o que estou fazendo, Tíquico, irmão amado e fiel ministro no Senhor, vos informará de tudo; o qual vos envio para este mesmo fim, para que saibais do nosso estado, e ele vos conforte o coração. Paz seja com os irmãos, e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo com amor incorruptível.
Mateus 24:27-51
Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.
Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Para impedir qualquer pergunta de seus discípulos a respeito do seu advento, Cristo disse: Essa hora ninguém o sabe, nem os anjos, nem mesmo o Filho; e não vos cabe conhecer os dias e os tempos. Ele quis ocultar-nos isto para que permaneçamos vigilantes, e para que cada um de nós possa pensar que esse acontecimento sobrevirá durante a sua vida. Se o tempo de seu retorno tivesse sido revelado, sua vinda seria vã, e as nações e os séculos em que ela acontecerá já não mais a desejariam. Ele disse com muita clareza que virá, mas não precisou em que momento. Desta forma, todas as gerações e épocas da história o esperam ardentemente.
Mesmo que o Senhor tenha dado a conhecer os sinais de sua vinda, não fica claro quando acontecerá, pois estes sinais, submetidos a uma troca constante, tanto tem aparecido como já passaram, e, podemos dizer mais, eles ainda continuam. A última vinda do Senhor, de fato, será semelhante à primeira, pois, do mesmo modo que os justos e os profetas o desejavam, crendo que ele apareceria na sua época, assim, cada um dos atuais fiéis deseja recebê-lo na sua, porque Cristo não revelou o dia de sua aparição. E não o revelou para que ninguém pense que ele – que é soberano do decurso e do tempo – está submetido a algum imperativo ou a alguma hora. O que o próprio Senhor estabeleceu, como poderia lhe estar oculto, visto que pessoalmente detalhou os sinais de sua vinda? Estes sinais foram destacados para que, desde então, todos os povos e todas as épocas pensassem que o advento de Cristo se realizaria em sua própria época.
Velai, portanto, quando o corpo dorme, porque nesta ocasião é a natureza quem nos domina, e nossa atividade não se encontra dirigida pela vontade, mas pelos impulsos da natureza. E quando reina sobre a alma um pesado torpor, por exemplo, a pusilanimidade ou a melancolia, é o inimigo que domina a alma e a conduz contra sua aspiração natural. Apropria-se do corpo a força da natureza, e da alma o inimigo.
Por isso nosso Senhor falou da vigilância da alma e do corpo, para que o corpo não caia em um pesado torpor, nem a alma no entorpecimento e temor, como diz a Escritura: Despertai, como é justo; e também: Eu me levantei e estou contigo; e ainda: Não vos acovardeis. Por tudo isso, nós, encarregados deste ministério, não nos acovardamos.
COMENTÁRIO
“Vigiai: Cristo Virá de Novo”
Para impedir qualquer pergunta de seus discípulos a respeito do seu advento, Cristo disse: Essa hora ninguém o sabe, nem os anjos, nem mesmo o Filho; e não vos cabe conhecer os dias e os tempos. Ele quis ocultar-nos isto para que permaneçamos vigilantes, e para que cada um de nós possa pensar que esse acontecimento sobrevirá durante a sua vida. Se o tempo de seu retorno tivesse sido revelado, sua vinda seria vã, e as nações e os séculos em que ela acontecerá já não mais a desejariam. Ele disse com muita clareza que virá, mas não precisou em que momento. Desta forma, todas as gerações e épocas da história o esperam ardentemente.
Mesmo que o Senhor tenha dado a conhecer os sinais de sua vinda, não fica claro quando acontecerá, pois estes sinais, submetidos a uma troca constante, tanto tem aparecido como já passaram, e, podemos dizer mais, eles ainda continuam. A última vinda do Senhor, de fato, será semelhante à primeira, pois, do mesmo modo que os justos e os profetas o desejavam, crendo que ele apareceria na sua época, assim, cada um dos atuais fiéis deseja recebê-lo na sua, porque Cristo não revelou o dia de sua aparição. E não o revelou para que ninguém pense que ele – que é soberano do decurso e do tempo – está submetido a algum imperativo ou a alguma hora. O que o próprio Senhor estabeleceu, como poderia lhe estar oculto, visto que pessoalmente detalhou os sinais de sua vinda? Estes sinais foram destacados para que, desde então, todos os povos e todas as épocas pensassem que o advento de Cristo se realizaria em sua própria época.
Velai, portanto, quando o corpo dorme, porque nesta ocasião é a natureza quem nos domina, e nossa atividade não se encontra dirigida pela vontade, mas pelos impulsos da natureza. E quando reina sobre a alma um pesado torpor, por exemplo, a pusilanimidade ou a melancolia, é o inimigo que domina a alma e a conduz contra sua aspiração natural. Apropria-se do corpo a força da natureza, e da alma o inimigo.
Por isso nosso Senhor falou da vigilância da alma e do corpo, para que o corpo não caia em um pesado torpor, nem a alma no entorpecimento e temor, como diz a Escritura: Despertai, como é justo; e também: Eu me levantei e estou contigo; e ainda: Não vos acovardeis. Por tudo isso, nós, encarregados deste ministério, não nos acovardamos.
Santo Efrém, o Sírio (séc. IV)
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