Modo 2
Diz-se que Santo Amon foi o primeiro dos Padres do Egito, e que fundou um monastério em Nitria, tornando-se um dos mais célebres ermitães do deserto. Depois da morte de seus pais, que eram pessoas de muitas posses, seu tio e outros parentes obrigaram o jovem a se casar. Nessa época Amon estava com vinte e oito anos de idade. Lendo para a sua esposa os louvores de São Paulo, no estado de virgindade, conseguiu convencê-la a viver com ele em absoluta continência durante 18 anos. Amon se mortificava severamente, preparando-se para a austeridade da vida do deserto. Passava dias inteiros entregue ao trabalho, numa grande plantação de árvores de bálsamo. Ceava com sua esposa algumas ervas e frutos, retirando-se depois para a oração que se estendia noite adentro. Quando seu tio e os outros parentes que tinham interesse em que permanecesse na vida do mundo morreram, Amon conseguiu o consentimento de sua esposa e retirou-se ao deserto de Nitria. Sua esposa reuniu em sua casa uma comunidade de mulheres devotas, e Santo Amon as visitava duas vezes ao ano para dirigi-las no caminho da vida espiritual.
Nítria se chama, atualmente Wady Natrun, estando situada há uns cento e dez quilômetros ao sudeste de Alexandria. Há uma descrição deste lugar que diz o seguinte: «É um pântano doentio e coberto de ervas, infestado de répteis e insetos venenosos. Existem bons e maus oásis. O oásis pantanoso de Nítria recebeu esse nome porque suas águas são salgadas. Os ermitães o elegeram porque era ainda pior que o deserto».
Os primeiros discípulos de Santo Amon viviam em celas separadas até que Santo Antônio, o Grande, os aconselhou que se reunissem sob a direção de um diretor sensato. No entanto, o monastério não passava, até então, de uma espécie de colônias de celas independentes. O próprio Santo Antônio escolheu o lugar para o seu grupo de monges. Santo Amon e Santo Antônio costumavam visitar-se um ao outro com freqüência.
Santo Amon levava uma vida de muita austeridade. Desde que chegou ao deserto, acostumou-se a alimentar-se de pão e água e apenas uma vez ao dia e, às vezes, a cada três ou quatro dias. Assim o fez até o fim de seus dias. Entre os muitos milagres atribuídos a ele, Santo Atanásio faz referência a um em sua obra «A Vida de Santo Antão». Em certa ocasião, Santo Amon precisou cruzar o rio em companhia de um de seus discípulos, Teodoro, As águas tinham alcançado um nível elevado. Se discípulo se afastou um pouco para despir-se. Santo Amon não gostava de despir-se para atravessar o rio, mesmo quando estava sozinho. De súbito, foi transportado, milagrosamente para a outra margem. Quando chegou a sua vez, Teodoro percebeu que seu mestre não estava molhado. Perguntou-lhe, então, o que havia acontecido. Santo Amon não viu outra saída senão revelar a Teodoro o milagre, na condição de que seu discípulo prometesse não revelar nada a ninguém enquanto ele, Amon, estivesse vivo. E viveu até alcançar a idade de setenta e dois anos. Santo Antônio encontrava-se, então, a uma distância de treze dias de viagem, e soube que seu amigo havia morrido através de uma visão em que presenciou a alma de Santo Amon subindo aos céus.
Tropárion da Ressurreição
Ó vida Imortal, sofrendo a morte,
esmagaste o Inferno com o fulgor de Tua Divindade.
E quando fizeste erguer os mortos das profundezas da terra,
todos os Poderes Celestes Te aclamaram, dizendo:
“Glória a Ti, ó Cristo nosso Deus e Autor da Vida!”
Kondákion da Ressurreição
Tu ressuscitaste do túmulo, ó Poderosíssimo Salvador,
e com esse poderoso sinal, o Inferno ficou chocado de medo,
e os mortos ressuscitaram.
A criação também rejubila em Ti
e Adão fica inexcedivelmente alegre
e o mundo, ó meu Salvador, canta louvações para Ti, para sempre.
Prokímenon
O Senhor, É a minha força e o meu cântico,
porque ele me salvou. (Sl. 117:14)
O Senhor, castigou-me muito,
mas não me entregou à morte. (Sl. 117:18)
2 Coríntios 1:8-11
8 Irmãos, não desejamos que desconheçais as tribulações que atravessamos na província da Ásia, as quais foram muito acima da nossa capacidade de suportar, de tal maneira que chegamos a perder a esperança da própria vida. 9 De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas somente em Deus, que ressuscita os mortos. 10 Ele nos livrou e seguirá nos livrando de tão horrível perigo de morte. É nele que depositamos toda a nossa fé que continuará nos livrando, 11 contando também com a ajuda das vossas orações por nós, para que, pelo favor que nos foi concedido pela intercessão de muitos; da mesma forma, por muitos, sejam oferecidas ações de graças a nosso respeito. Mudanças por amor à igreja
8 Irmãos, não desejamos que desconheçais as tribulações que atravessamos na província da Ásia, as quais foram muito acima da nossa capacidade de suportar, de tal maneira que chegamos a perder a esperança da própria vida. 9 De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas somente em Deus, que ressuscita os mortos. 10 Ele nos livrou e seguirá nos livrando de tão horrível perigo de morte. É nele que depositamos toda a nossa fé que continuará nos livrando, 11 contando também com a ajuda das vossas orações por nós, para que, pelo favor que nos foi concedido pela intercessão de muitos; da mesma forma, por muitos, sejam oferecidas ações de graças a nosso respeito. Mudanças por amor à igreja
ALELUIA
Aleluia, aleluia, aleluia!
O Senhor te ouça no dia da tribulação;
Te proteja o Nome do Deus de Jacó!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Salva, Senhor, pois ao Rei clamamos!
Que Ele nos escute!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Lucas 5:17-26
E aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei, que tinham vindo de todas as aldeias da Galileia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava ali para os curar. E eis que uns homens transportaram numa cama um homem que estava paralítico, e procuravam fazê-lo entrar e pô-lo diante dele. E, não achando por onde o pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado, e por entre as telhas o baixaram com a cama, até ao meio, diante de Jesus. E, vendo ele a fé deles, disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados. E os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus? Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, respondeu, e disse-lhes: Que arrazoais em vossos corações? Qual é mais fácil? dizer: Os teus pecados te são perdoados; ou dizer: Levanta-te, e anda?
E aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei, que tinham vindo de todas as aldeias da Galileia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava ali para os curar. E eis que uns homens transportaram numa cama um homem que estava paralítico, e procuravam fazê-lo entrar e pô-lo diante dele. E, não achando por onde o pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado, e por entre as telhas o baixaram com a cama, até ao meio, diante de Jesus. E, vendo ele a fé deles, disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados. E os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus? Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, respondeu, e disse-lhes: Que arrazoais em vossos corações? Qual é mais fácil? dizer: Os teus pecados te são perdoados; ou dizer: Levanta-te, e anda?
HOMILIA
“Um Perfeito Exemplo de Paciência”
Pois tu ao menos, ó homem que me escutas, pudeste assistir ao teu filho enfermo, lhe viste prostrado no leito, escutaste suas lágrimas e palavras e estiveste presente quando deu o seu último suspiro, lhe fechaste os olhos e a boca; mas ele nem esteve presente quando os seus filhos exalaram o suspiro derradeiro, nem o viu quando expiravam. Bem ao contrário, todos foram sepultados em um só sepulcro entre as paredes de sua própria casa. E, contudo, após tantas e tão graves calamidades não chorou, nem perdeu a paciência. E o que foi que disse? O Senhor me tirou; como o Senhor quis, assim aconteceu: bendito seja o nome do Senhor pelos séculos.
Nós devemos repetir o mesmo em qualquer adversidade que nos sobrevier, tanto se for a respeito de uma diminuição na fortuna, ou de uma enfermidade corporal, de um ultraje, de uma calúnia ou qualquer outra desgraça humana, repitamos: O Senhor me deu, o Senhor tirou, como o Senhor quis, assim aconteceu: bendito seja o nome do Senhor pelos séculos.
Se nos compenetrarmos desta verdade, jamais sofreremos prejuízo algum, ainda que tenhamos que suportar desgraças sem fim: tais palavras te acarretarão mais lucros que perdas, mais bens que males, pois Deus se mostrará propício a ti, e destruirás a tirania do inimigo. Na realidade, apenas a língua tem pronunciado tais palavras, imediatamente o diabo bate em retirada, e, ao retirar-se, também se dissipam as nuvens da tristeza e, com ela, prontamente se põem em fuga os pensamentos que nos afligem. Desta forma, além dos bens desta vida, conseguirás todos aqueles que nos estão reservados no céu. Tens disso um exemplo seguro em Jó e nos apóstolos, aqueles que, tendo desprezado por Deus os males deste mundo, alcançaram os bens eternos.
Sigamos, portanto, seu exemplo, e em todas as coisas que nos acontecerem demos graças ao bom Deus, de modo que vivamos sem percalços a presente vida e desfrutemos dos bens futuros, pela graça e a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem correspondem a glória e o poder sempre, agora e pela eternidade, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
São João Crisóstomo, Patriarca de Constantinopla (Séc.)
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