segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

36ª Segunda-feira Depois de Pentecostes

01 de Fevereiro de 2016 (CC) - 19 de Janeiro (CE)
S. Macário, o Grande, bispo do Egito, eremita († c. 390)
Modo 2




São Macário nasceu no alto Egito, no ano 300, e passou sua juventude trabalhando como pastor, nos campos. Movido por uma intensa graça, afastou-se do mundo, ainda muito jovem, confinando-se em uma estreita cela onde dividia seu tempo entre oração, práticas penitenciais e a fabricação de esteiras. 
Uma mulher o acusou falsamente de ter sido violentada por ele. Por causa disso, Macário foi preso, maltratado e chamado de hipócrita disfarçado de monge. Tudo isso ele sofreu com paciência e ainda enviou a mulher produtos de seu trabalho, e dizia para si mesmo: «Agora, Macário, tens que trabalhar mais, pois tens que sustentar a mais um». Deus, porém, deu a conhecer sua inocência: a mulher que lhe havia caluniado não pode dar à luz a criança até que revelasse o nome do verdadeiro pai. Isto fez com que a raiva que o povo sentia dele se tornasse admiração por causa de sua humildade e paciência. 
Para fugir da estima dos homens, Macário, quando já contava com 30 anos, refugiou-se em um vasto e melancólico deserto de Esquita. Assim viveu 60 anos e foi pai espiritual de inúmeras servos de Deus que lhe confiaram a direção espiritual e o governo de suas vidas com as regras que ele traçava. Todos viviam em eremitérios separados. Só um discípulo vivia com ele, encarregado de receber as visitas. Um bispo egípcio ordenou Macário sacerdote para que pudesse celebrar os Divinos Mistérios para seus irmãos eremitas. Mais tarde, quando o número dos eremitas aumentou, foram construídas 4 igrejas que eram atendidas por outros tantos sacerdotes. 
Macário Lavava um vida muita austera, alimentando-se uma vez por semana. Certa ocasião, seu discípulo Evágrio, ao vê-lo torturado pela sede, lhe rogou que tomasse um pouco de água. Macário limitou-se a descansar um pouco à sombra e disse: «Nestes 20 anos, jamais comi, bebi ou dormi o suficiente para satisfazer a minha natureza». Seu corpo estava debilitado e fraco, seu rosto pálido. Para contradizer suas inclinações, não recusava beber um pouco de vinho, quando outros lhe pediam. Depois, se abstinha de toda bebida durante dois ou três dias. Diante disso, seus discípulos decidiram impedir que os visitantes lhe oferecessem vinho. Macário falava poucas palavras quando dava conselhos e recomendava o silêncio e a oração contínua para toda e qualquer pessoa. Costumava dizer: «Na oração, não faz falta dizer muitas coisas, nem empregar palavras escolhidas, basta repetir sinceramente: «Senhor, dá-me a graça que Tu sabes que necessito». Ou: «Meu Deus, ajuda-me». 
Sua mansidão e paciência eram tão extraordinárias que levou muitos sacerdotes pagãos e outros pessoas à conversão. Certa vez, Macário pediu a um jovem, que lhe procurou para um conselho, que fosse a um cemitério e lá insultasse os mortos com gritos. Quando o jovem voltou, Macário perguntou o que tinham respondido os defuntos. O jovem respondeu que os mortos não responderam nada. Macário disse então: «Faz o mesmo quando te insultarem e quando gritarem contigo. Só morrendo para o mundo e para ti mesmo, poderás começar a servir a Cristo». 
Um ermitão que sofria fortes tentações contra a pureza foi consultar Macário que, depois de examinar o caso, chegou a conclusão de que as tentações eram resultantes da indolência do monge. Aconselhou então que o monge não se alimentasse antes do cair do sol, que se entregasse a contemplação durante o trabalho e que trabalhasse sem cessar. O monge seguiu estes conselhos e se viu livre das tentações. 
Deus revelou a Macário que ele não era mais perfeito que duas mulheres casadas que viviam na cidade.  Ele foi visitá-las e averiguar como faziam elas para santificar-se e descobriu que nunca diziam palavras ásperas nem ociosas, que viviam em humildade, paciência e caridade  com seus maridos, e que santificavam todas as suas ações com a oração, consagrando para a glória de Deus todas as suas forças corporais e espirituais. 
Certa vez, um herege da seita dos hieracitas, que negavam a ressurreição dos mortos, havia espalhado inquietações em vários cristãos. Sózimo. Paládio e Rufino relatam que São Macário ressuscitou um morto para conformar os cristãos em sua fé. Segundo Cassiano, Macário se limitou a que o morto falasse e lhe ordenou que esperasse a ressurreição no sepulcro. 
Lúcio, bispo ariano que havia usurpado a Sé de Alexandria, enviou tropas ao deserto para que dispersassem os piedosos monges, alguns dos quais derramaram seu sangue testemunhando sua fé. Os principais monges,  Isidoro, Pambo, os dois Macários e outros foram desterrados a uma pequena ilha do Nilo, rodeada de pântanos. Pelo exemplo e pelas pregações dos monges, todos os habitantes da ilha se converteram do paganismo. Lúcio então autorizou que retornassem às suas celas. Sentindo que se aproximava seu fim, Macário fez uma visita aos monges de Nitria e lhes exortou com palavras tão profundas que estes se ajoelharam a seus pés chorando. 
Macário foi chamado por Deus aos 90 anos, depois de haver passado 60 no deserto de Esquita. Segundo o testemunho de Cassiano, Macário foi o primeiro anacoreta daquele vasto deserto. Alguns autores afirmam que ele foi discípulo de Santo Antonio, porém é pouco provável que tenha sido dirigido espiritualmente por Santo Antonio, antes de ir ao deserto. Contudo, parece que, mais tarde, Macário teria visitado Santo Antonio algumas vezes, pois vivia a uns 15 dias de distância um do outro.


Hebreus 11:17-23, 27-31

17 Pela fé Abraão, sendo provado, ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigênito aquele que recebera as promessas, 18 e a quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, 19 julgando que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar; e daí também em figura o recobrou. 20 Pela fé Isaque abençoou Jacó e a Esaú, no tocante às coisas futuras. 21 Pela fé Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou, inclinado sobre a extremidade do seu bordão. 22 Pela fé José, estando próximo o seu fim, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos. 23 Pela fé Moisés, logo ao nascer, foi escondido por seus pais durante três meses, porque viram que o menino era formoso; e não temeram o decreto do rei. 27 Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível. 28 Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse. 29 Pela fé os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, como por terra seca; e tentando isso os egípcios, foram afogados. 30 Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias. 31 Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os desobedientes, tendo acolhido em paz os espias.      

Marcos 9:42-10:1

E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar. E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga, Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno, Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal. Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros. 1 E, levantando-se dali, foi para os termos da Judéia, além do Jordão, e a multidão se reuniu em torno dele; e tornou a ensiná-los, como tinha por costume.

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