Melania (a avó de Melania, a jovem) foi uma patriota, casada com Valério Máximo, prefeito de Roma no ano de 362. Aos 22 anos de idade ficou viúva e mudou-se para a Palestina, deixando seu filho Publicola aos cuidados de tutores. Na Palestina, fundou um monastério em Jerusalém com 50 moças que se consagraram ao serviço de Deus. No monastério, Melania se entregou a uma vida austera, de orações e de caridade. Tempos depois seu filho Publicola chegou a ocupar um posto no senado romano e se casou com Albina, uma cristã, filha de Albino, um sacerdote pagão. Do casamento de Albina com o filho de Melânia, Senador Publicola, nasceu Melania, a jovem, criada e educada na fé cristã por sua mãe, na luxuosa residência do senador Publicola, cristão também, mas demasiado ambicioso para ocupar-se de sua fé. Desejando ter um herdeiro varão a quem pudesse deixar toda a sua fortuna e para que perpetuasse o aristocrático nome de sua família, Publicola prometeu sua filha, a jovem Melania, em casamento a Valério Piniano, um parente seu que era filho de Valério Severo. Porém, a jovem Melania desejava conservar sua virgindade para consagrar-se por inteiro a Deus. Quando seus pais souberam desse desejo de Melania, se opuseram veementemente e trataram de apressar seu casamento. Assim, no ano de 397, quando Melania, a jovem, acabava de completar 14 anos de idade, casou-se com Piniano que, então, tinha 17 anos. A jovem, casada contra sua vontade e descontente com o ambiente licencioso e libertino que reinava em torno de si, suplicou ao seu marido que levasse uma vida de completa continência. Porém, Piniano não aceitou seu pedido e, tempos depois, veio ao mundo seu primeiro filho: uma menina que morreu depois de um ano de idade.
Mesmo tendo já passado algum tempo, o desejo de Melania de consagrar-se inteiramente a Deus não tinha mudado e, corajosamente, pediu para que de desincumbir de seu casamento. Seu pai então tomou medidas severas, proibindo os contatos de pessoas religiosas com a filha, para evitar que fomentassem nela o desejo de afastar-se da vida social luxuosa que sua filha desfrutava. Nas vésperas da festa de São Lourenço do ano 399, o senador proibiu que sua filha fosse a Basílica, pois estava grávida. Mesmo assim, Melania permaneceu durante toda a noite em oração, ajoelhada em seu quarto. Pela manhã, assistiu a missa na Igreja de São Lourenço e ao regressar para a sua casa, com grandes dificuldades deu à luz a um menino prematuro que veio a falecer no dia seguinte. Melania esteve durante muito tempo entre a vida e a morte. Seu esposo Piniano, que a amava sinceramente, fez um juramento: se ela se salvasse, deixaria em absoluta liberdade para servir a Deus, assim como sempre quis. Pouco depois, Melancia curou-se e seu marido cumpriu então a promessa. No entanto, seu pai Publicola se opunha a isso. Melania viveu ainda mais 5 anos naquela condição de casada, que tanto lhe desagradava. Publicola caiu gravemente enfermo e, antes de entrar na agonia da morte, deixou todos os seus bens a sua filha Melania, não sem antes pedir-lhe perdão por ter se oposto à vocação celestial de sua filha. Albina, a mãe de Melania, a jovem , e Piniano, seu marido, não apenas aceitaram a nova vida de Melania, como a ajudaram. Os três abandonaram Roma e foram morar em uma casa de campo, longe da cidade. Piniano não estava plenamente convertido e durante muito tempo insistiu em vestir os ricos trajes que estava acostumado em Roma.
O hagiógrafo da santa deixou um relato comovente sobre os métodos empregados por Melania para convencer seu marido a renunciar ao luxo e adotar um vida mais modesta, e que para usasse roupas mais simples, confeccionadas por ela mesma. A família tinha levado consigo numerosos escravos que eram bem tratados. Em pouco tempo, muitas jovens, viúvas e outras 30 famílias estabeleceram-se ao redor da casa de campo de Melania, formando assim um pequeno povoado. A vila chegou a ser um centro de hospitalidade, de caridade e de vida religiosa. Melania era muito rica e seus terrenos estendiam-se a todos os pontos do império romano, mas sentia-se oprimida pela quantidade de bens terrenos. Sabia que abundância de posses fazia falta ao seus vizinhos pobres, famintos e desnudos.Estava certa de que “quando um rico dá esmola a algum pobre, na verdade está lhe pagando uma dívida” (Santo Ambrósio). Solicitou então, e obteve o consentimento de Piniano para vender algumas de suas propriedades e distribuir o dinheiro aos necessitados. Ao saber disso, os parentes a quem muito tempo não a viam, trataram de aproveitar-se daquela situação. Por exemplo, Severo, o irmão de Piniano subornou por algumas moedas alguns colonos e escravos que moravam em terrenos de Piniano, para que no momento da venda das terras se rebelassem e não reconhecessem outro senhor que não o próprio Severo. Foram tantas as dificuldades que surgiram que houve a necessidade de fazer uma apelação ao imperador Honório para que restabelecesse a ordem. Santa Melania, vestida de maneira muito simples, com uma túnica de lã e um véu na cabeça, apresentou-se a Serena, sogra do imperador, pedindo para que ela intercedesse por eles junto a Honório. Serena muito impressionada com a atitude e as palavras de Melania pediu ao imperador que a venda das terras fossem tuteladas pelo Estado, assegurando que todos os procedimento fossem legais e a distribuição do dinheiro fosse feita justamente aos pobres, aos enfermos, aos cativos, aos peregrinos, às igrejas e monastérios.
No ano 406, Melânia com seu esposo e mais algumas pessoas, passaram uma temporada com São Paulino, na cidade de Nora, no campo. São Paulino desejava que Melania e seu esposo fossem seus “hóspedes para sempre”. Chamava Melania de “pequena bendida” e “alegria dos céus”. Porém, o casal regressou a sua vila, próxima de Roma, num momento inoportuno. Mal tinham chegado à vila, tiveram que abandoná-la por causa da invasão dos godos. Refugiaram-se em outra propriedade, em Mesina onde conviveram com Rufino. Depois de quase dois anos, os godos chegaram a Calábria e incendiaram a cidade de Reggio. Melania e o esposo optaram por refugiar-se em Cartago. Morando em Cartago, se dispunham de vez em quando visitar Paulino, para consolá-lo de suas atribulações por causa da invasão. Certa vez, indo visitá-lo, uma tormenta desviou a rota do navio que atracou numa ilha, provavelmente em Lipari, repleta de piratas. Para salvar-se da prisão e evitar sua morte e de seus tripulantes, Santa Melania pagou uma boa soma em moedas pelo resgate. Depois daquela aventura, o casal se instalou na cidade de Tegaste, na Numidia, causando boa impressão entre os moradores da cidade. Certa vez Piniano, ao visitar Santo Agostinho de Hipona (que os chamou de “verdadeiras luzes da Igreja”) formou-se um burburinho porque as pessoas queriam que Piniano fosse ordenado sacerdote para exercer entre eles o seu ministério. Para acalmar as pessoas Piniano prometeu que, se algum dia fosse ordenado sacerdote, iria exercer seu ministério em Hipona. Na África, Santa Melania fundou e adotou dois novos monastérios: um masculino e outro feminino. Neles recebeu especialmente as pessoas que tinham sido seus escravos. A própria Melania vivia no monastério feminino e se sobressaia entre todas por causa de sua vida austera: alimentava-se somente a cada três dias e se ocupava em copiar livros em grego e em latim. Quinhentos anos depois, seus manuscritos circulavam ainda em vários lugares. No ano 417, em companhia de sua mãe e de seu esposo partiu da África para Jerusalém, hospedando-se numa pousada para peregrinos, próximo do Santo Sepulcro. Dali formou uma expedição com Piniano para visitar os monges do Egito. Ao voltarem, fortalecidos pelos exemplos daqueles anacoretas, Melania decidiu isolar-se fora dos muros de Jerusalém, numa vida de oração e contemplação. Sua prima Paula, sobrinha de Santa Eustáquia, foi uma dia visitá-la. Paula apresentou a Melania, em Belém, um grupo cujo formador era São Jerônimo e foi recebida com beneplácito. Conta-se que a primeira vez que se encontrou com São Jerônimo, aproximou-se dele com gestos humildes e respeitosos, ajoelhando-se diante dele para pedir a bênção.
Depois de 14 anos morando na Palestina, morreu Albina (sua mãe) e no ano seguinte Piniano (seu esposo). Melania sepultou os dois lado a lado no Monte das Oliveiras; construindo ali uma pequena cela monástica que, mais tarde, se tornou um grande convento de virgens consagradas, dirigido dor Santa Melania. Mostrou-se sempre preocupada com o bem estar e a saúde de sua congregação. Quatro anos depois da morte de seu marido, Santa Melania teve noticias de um seu tio materno chamado Volusiano que ainda era pagão e que morava em Constantinopla dirigindo uma embaixada. Decidiu então ir pessoalmente tentar convertê-lo, pois já era um ancião. Assim, viajou a Constantinopla com seu capelão e biógrafo Gerôncio a tempo de converter seu tio antes de sua morte, que aconteceu em seus braços, após o batismo. Diz-se que a vontade de Melania em converter seu tio ancião era tanta que, se fosse preciso, ela apelaria para o imperador Teodósio para intervir no assunto. Porém seu tio Volusiano disse a sua sobrinha: “não deves forçar a boa e livre vontade que Deus te deu. Estou pronto e ansioso para limpar as inumeráveis manchas de minha alma. E faço isso não por mandato do imperador, pois se assim fosse, seria por obrigação e não por mérito e vontade.”
Na véspera da Natividade de 439, Santa Melania estava em Belém, e depois da Missa da manhã, disse à Paula que sua morte estava próxima. No dia de Santo Estevão, assistiu a missa em sua basílica e, depois, estando já no convento, leu junto com suas irmãs o relato de seu martírio, no Novo Testamento. Ao terminar a leitura, todas se aproximaram de Melania para desejar-lhe felicidades, e ela respondeu: “O mesmo eu desejo para vós, porém, não escutareis outra vez mais de minha boca esta leitura”. Naquele mesmo dia, fez uma última visita a alguns monges e, já na volta, encontrava-se muito enfraquecida. Reuniu todas as irmãs e pediu que por ela orassem “porque já iria para o Senhor”. Falou brevemente que, “se alguma vez havia falado palavras severas, só o havia feito por amor” e concluiu dizendo: “bem sabe Deus que não valho nada e não me atrevo a me comparar com uma boa mulher e nem com as que vivem sobre a terra. Porém, o inimigo, no juízo final, não poderá me acusar de nenhum dia ter-me deitado com rancor em meu coração. No domingo seguinte, bem cedo, quando o sacerdote celebrava a missa, com a voz entrecortada pelos soluços, Melania pediu que ele pronunciasse melhor as palavras rituais, pois ela não podia ouvir direito. Recebeu durante todo aquele dia muitas visitas, até que disse: “Agora, deixem-me descansar em paz”. Na hora nona, ao cair da tarde, repetindo as palavras de Jó, “como o Senhor quer, que assim seja”, morreu tranquilamente. Tinha então 56 anos de idade.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Hebreus 11:8, 11-16
8 Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. 11 Pela fé, até a própria Sara recebeu a virtude de conceber um filho, mesmo fora da idade, porquanto teve por fiel aquele que lho havia prometido. 12 Pelo que também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar. 13 Todos estes morreram na fé, sem terem alcançado as promessas; mas tendo-as visto e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. 14 Ora, os que tais coisas dizem, mostram que estão buscando uma pátria. 15 E se, na verdade, se lembrassem daquela donde haviam saído, teriam oportunidade de voltar. 16 Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.
8 Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. 11 Pela fé, até a própria Sara recebeu a virtude de conceber um filho, mesmo fora da idade, porquanto teve por fiel aquele que lho havia prometido. 12 Pelo que também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar. 13 Todos estes morreram na fé, sem terem alcançado as promessas; mas tendo-as visto e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. 14 Ora, os que tais coisas dizem, mostram que estão buscando uma pátria. 15 E se, na verdade, se lembrassem daquela donde haviam saído, teriam oportunidade de voltar. 16 Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.
Marcos 12:1-12
1 Então começou Jesus a falar-lhes por parábolas. Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou um lagar, e edificou uma torre; depois arrendou-a a uns lavradores e ausentou-se do país. 2 No tempo próprio, enviou um servo aos lavradores para que deles recebesse do fruto da vinha. 3 Mas estes, apoderando-se dele, o espancaram e o mandaram embora de mãos vazias. 4 E tornou a enviar-lhes outro servo; e a este feriram na cabeça e o ultrajaram. 5 Então enviou ainda outro, e a este mataram; e a outros muitos, dos quais a uns espancaram e a outros mataram. 6 Ora, tinha ele ainda um, o seu filho amado; a este lhes enviou por último, dizendo: A meu filho terão respeito. 7 Mas aqueles lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e a herança será nossa. 8 E, agarrando-o, o mataram, e o lançaram fora da vinha. 9 Que fará, pois, o senhor da vinha? Virá e destruirá os lavradores, e dará a vinha a outros. 10 Nunca lestes esta escritura: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; 11 pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos? 12 Procuravam então prendê-lo, mas temeram a multidão, pois perceberam que contra eles proferira essa parábola; e, deixando-o, se retiraram.
Uma das realidades mais tristes narrada pelas Santas Escrituras está no Evangelho de São João quando este diz: “Veio para aqueles que eram seus, e os seus não o receberam”. Deus foi rejeitado por Adão e agora, também por aqueles, em favor dos quais tantas maravilhas operou e tantos benefícios inenarráveis concedeu. Estamos falando da nação de Israel, povo com o qual o Senhor Deus fizera no passado uma Aliança, por meio de Moisés. Este povo se comportou como uma mulher adúltera, traindo esta aliança e indo após outros deuses. Profetas lhes foram enviados: a uns insultaram e perseguiram, e a outros mataram. Enfim, o próprio Deus vem a eles para servi-los, e no entanto, eles Lhe dão um tratamento pior do que deram aos profetas. Em sua ira Deus desfaz a Aliança com o povo de Israel e a estabelece com todas as outras nações da terra, ou seja, com todos aqueles que em qualquer nação acolham a Sua palavra, transmitida pelos santos Apóstolos. A estes que O recebem, Ele os ajunta em uma só massa e os chama de “minha Igreja”, ou seja ― “o meu povo escolhido”.
Assim, a tristeza da pena de São João se transforma em alegria quando diz: “... mas, a todos os que o receberam, deu-lhes o poder de serem gerados filhos de Deus”.
Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os habitantes da terra. Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus! Foi ele quem nos fez, e somos dele; somos o seu povo e ovelhas do seu pasto. Entrai pelas suas portas com ação de graças, e em seus átrios com louvor; dai-lhe graças e bendizei o seu nome. Porque o Senhor é bom; a sua benignidade dura para sempre, e a sua fidelidade de geração em geração.
1 Então começou Jesus a falar-lhes por parábolas. Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou um lagar, e edificou uma torre; depois arrendou-a a uns lavradores e ausentou-se do país. 2 No tempo próprio, enviou um servo aos lavradores para que deles recebesse do fruto da vinha. 3 Mas estes, apoderando-se dele, o espancaram e o mandaram embora de mãos vazias. 4 E tornou a enviar-lhes outro servo; e a este feriram na cabeça e o ultrajaram. 5 Então enviou ainda outro, e a este mataram; e a outros muitos, dos quais a uns espancaram e a outros mataram. 6 Ora, tinha ele ainda um, o seu filho amado; a este lhes enviou por último, dizendo: A meu filho terão respeito. 7 Mas aqueles lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e a herança será nossa. 8 E, agarrando-o, o mataram, e o lançaram fora da vinha. 9 Que fará, pois, o senhor da vinha? Virá e destruirá os lavradores, e dará a vinha a outros. 10 Nunca lestes esta escritura: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; 11 pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos? 12 Procuravam então prendê-lo, mas temeram a multidão, pois perceberam que contra eles proferira essa parábola; e, deixando-o, se retiraram.
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COMENTÁRIO
Uma das realidades mais tristes narrada pelas Santas Escrituras está no Evangelho de São João quando este diz: “Veio para aqueles que eram seus, e os seus não o receberam”. Deus foi rejeitado por Adão e agora, também por aqueles, em favor dos quais tantas maravilhas operou e tantos benefícios inenarráveis concedeu. Estamos falando da nação de Israel, povo com o qual o Senhor Deus fizera no passado uma Aliança, por meio de Moisés. Este povo se comportou como uma mulher adúltera, traindo esta aliança e indo após outros deuses. Profetas lhes foram enviados: a uns insultaram e perseguiram, e a outros mataram. Enfim, o próprio Deus vem a eles para servi-los, e no entanto, eles Lhe dão um tratamento pior do que deram aos profetas. Em sua ira Deus desfaz a Aliança com o povo de Israel e a estabelece com todas as outras nações da terra, ou seja, com todos aqueles que em qualquer nação acolham a Sua palavra, transmitida pelos santos Apóstolos. A estes que O recebem, Ele os ajunta em uma só massa e os chama de “minha Igreja”, ou seja ― “o meu povo escolhido”.
Assim, a tristeza da pena de São João se transforma em alegria quando diz: “... mas, a todos os que o receberam, deu-lhes o poder de serem gerados filhos de Deus”.
Padre Mateus (Antonio Eça)
ORAÇÃO
Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os habitantes da terra. Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus! Foi ele quem nos fez, e somos dele; somos o seu povo e ovelhas do seu pasto. Entrai pelas suas portas com ação de graças, e em seus átrios com louvor; dai-lhe graças e bendizei o seu nome. Porque o Senhor é bom; a sua benignidade dura para sempre, e a sua fidelidade de geração em geração.
Salmo 99
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