quarta-feira, 14 de junho de 2017

2ª Quarta-feira Depois de Pentecostes

14 de Junho de 2017 (CC) 01 de Junho (CE)
Santos Mártires Justino, o Filósofo, sua esposa Charita,
e com eles Charitão, Euelpistos, Ierax, Peonus, Valeriano e Justus († 166)
Modo 8


São Justino foi um dos maiores mestres e filósofos da Igreja. Nasceu por volta do ano 100, em Sijem, Samaria. Seus pais eram gregos idólatras e impuseram esta mesma prática religiosa ao filho, que foi distinguido pela sua inteligência incrível. Seu espírito inquieto o levou a conhecer todas as filosofias de sua época sem que, no entanto, preenchessem suas expectativas.

Deus, conhecendo sua reta intenção e sua sincera busca filosófica das coisas divinas, um dia o atendeu. Estando Justino a caminhar próximo do mar, conheceu um certo ancião, excelente conhecedor das Escrituras Sagradas. Teve início, então, um extenso diálogo no qual a Palavra de Deus foi semeada em seu coração.

Justino, refletindo sobre as palavras do ancião, descobriu a verdade e, com os dons que possuía, não só se converteu ao cristianismo, como foi um de seus grandes defensores, dando mesmo a sua vida por ele.

São Justino e sua esposa Charita, foram martirizados em Roma, por volta do ano 166 por ordem de Marco Aurélio. Com Justino e Charita estavam os santos Charitão, Euelpistos, Ierax, Peonus, Valeriano, Justus. Eles foram trazidos a Roma e levados à prisão. Os santos bravamente confessaram sua fé em Cristo diante do tribunal de Rústicus, Comandante da cidade. Rústicus perguntou a santo Justino, se na realidade ele pensou, que depois de sofrer torturas ele iria para o céu e receber a recompensa de Deus. Santo Justino respondeu que não só pensava, mas verdadeiramente sabia e acreditava nisso. O comandante da cidade propôs a todos os prisioneiros cristãos que oferecessem sacrifício aos deuses pagãos. Mas, ele recebeu suas recusas; então, o Rústicus emitiu uma sentença de morte. Os santos foram decapitados.


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

Romanos 4:13-25

13 Porque não foi pela lei que veio a Abraão, ou à sua descendência, a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo, mas pela justiça da fé. 14 Pois, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é anulada. 15 Porque a lei opera a ira; mas onde não há lei também não há transgressão. 16 Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a descendência, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós. 17 (como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são, como se já fossem. 18 O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência; 19 e sem se enfraquecer na fé, considerou o seu próprio corpo já amortecido (pois tinha quase cem anos), e o amortecimento do ventre de Sara; 20 contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, 21 e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer. 22 Pelo que também isso lhe foi imputado como justiça. 23 Ora, não é só por causa dele que está escrito que lhe foi imputado; 24 mas também por causa de nós a quem há de ser imputado, a nós os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; 25 o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para a nossa justificação. 

Mateus 7:21-23

21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? 23 Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. 


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MEDITAÇÃO

Busquemos a Deus, Único Bem Verdadeiro


Onde está o coração do homem está também o seu tesouro; pois Deus não costuma negar o bem aos que lhe pedem. Porque o Senhor é bom, e é bom sobretudo para os que nele esperam, unamo-nos a ele, permaneçamos com ele de toda a nossa alma, de todo o coração e de todas as forças, para vivermos na sua luz, vermos a sua glória e gozarmos da graça da felicidade eterna. Elevemos nossos corações para esse bem, permaneçamos e vivamos unidos a ele, que está acima de tudo quanto possamos pensar ou imaginar; e concede a paz e a tranquilidade perpétuas, uma paz que ultrapassa toda a nossa compreensão e sentimento.

É esse o bem que tudo penetra; todos vivemos nele e dele dependemos; nada lhe é superior, porque é divino. Só Deus é bom e, portanto, o que é bom é divino e o que é divino é bom; por isso se diz no salmo: Vós abris a mão e todos se fartam de bens (Sl 103,28). É, com efeito, da bondade de Deus que nos vêm todos os bens, sem nenhuma mistura de mal. Esses bens são os que a Escritura promete aos fiéis, dizendo: Comereis dos bens da terra (Is 1,19).

Nós morremos com Cristo e trazemos em nosso corpo a morte de Cristo, para que também a vida de Cristo se manifeste em nós. Portanto, já não é a nossa própria vida que vivemos, mas a vida de Cristo: vida de inocência, vida de castidade, vida de sinceridade e de todas as virtudes. Também ressuscitamos com Cristo; vivamos, pois, unidos a ele, subamos com ele, a fim de que a serpente não possa encontrar na terra o nosso calcanhar e feri-lo. Fujamos daqui. Podes fugir com o espírito, embora permaneças com o corpo; podes ficar aqui e estar ao mesmo tempo junto do Senhor, se teu coração estiver unido a ele, se teus pensamentos se fixarem nele, se percorreres seus caminhos, guiado pela fé e não pelas aparências, se te refugiares junto dele – que é nosso refúgio e nossa força, como disse Davi: Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor, que eu não seja envergonhado para sempre (Sl 70,1).

Já que Deus é o nosso refúgio, e Deus está nos céus e no mais alto dos céus, é preciso fugir daqui para as alturas onde reina a paz, onde repousaremos de nossas fadigas, onde celebraremos o banquete do grande sábado, como disse Moisés: O repouso sabático da terra será para vós ocasião de festim (Lv 25,6). Descansar em Deus e contemplar as suas delícias é, na verdade, um banquete, cheio de alegria e felicidade. Fujamos, como os cervos, para as fontes das águas. Que a nossa alma sinta a mesma sede de Davi. Qual é esta fonte? Escuta o que ele diz: Em vós está a fonte da vida (Sl 35,10). Diga minha alma a esta fonte: Quando terei a alegria de ver a face de Deus? (Sl 41,3). Porque a fonte é o próprio Deus.


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