Eliseu viveu novecentos anos antes de Cristo. Quando o Senhor quis tomar o Profeta Elias (Elias) para Si, Ele revelou a Elias que tinha designado Eliseu, filho de Safate, da tribo de Rúben da cidade de Abel-Meolá, como seu sucessor no serviço profético. Elias informou Eliseu da vontade de Deus e depôs sobre ele o seu manto, implorando a Deus por uma porção dupla da graça do espírito para Eliseu. E este, imediatamente deixou sua casa e família e seguiu Elias.
Quando o Senhor levou Elias em uma carruagem de fogo, Eliseu permaneceu no serviço profético ainda com maior poder do que Elias. Por sua pureza e zelo, Eliseu igualou-se aos maiores profetas, e pelo poder milagroso que lhe foi dado por Deus, ultrapassou todos eles: Ele separou as águas do Jordão como Moisés uma vez dividira o Mar Vermelho; tornou potável as águas amargas em Jericó; tirou água para as trincheiras escavadas durante a guerra com os moabitas; multiplicou o óleo nos vasos da pobre viúva; ressuscitou o filho morto da mulher sunamita; alimentou uma centena de pessoas com vinte pequenos pães; curou o comandante Naamã da lepra; e fez a lepra do General vir sobre o seu servo Geazi por causa da ganância deste; cegou todo o exército sírio e também forçou outro exército a fugir; predisse muitos eventos para o país, bem como para os indivíduos. Eliseu morreu em uma idade muito avançada.
São Metódio, Patriarca de Constantinopla
A Igreja possui uma grande devoção a São Metódio, Patriarca de Constantinopla, devido ao importante papel que desempenhou na luta contra os iconoclastas, por sua decisiva contribuição para a sua derrota final, bem como pela sua resistência heróica diante das perseguições que sofreu e, portanto, é honrado com os títulos do “Confessor” e “o Grande”.
Metódio, que era natural de Sicília, em Siracusa, sua cidade natal, recebeu uma excelente educação e transferiu-se para Constantinopla com objetivo de obter um posto na corte. Lá, porém, ele conheceu um monge por quem passou a ter um grande afeto e, movido por seu aconselhamento espiritual, decidiu deixar o mundo e entrar para a vida religiosa. Construiu, mais tarde, um monastério na ilha de Kios, e quando apenas começava a formar a sua comunidade, foi chamado à Constantinopla pelo então Patriarca Nicéforo. Em 815, durante a segunda fase das perseguições iconoclastas, sob o reinado de Leão o Armênio, adotou uma atitude bastante firme e corajosa em defesa da veneração às imagens sagradas. Imediatamente após a deposição e exílio de São Nicéforo, Metódio partiu para Roma, provavelmente com a missão de informar ao Papa São Pascoal I, sobre a situação em Constantinopla, permanecendo por lá até a morte do Rei Leão V de Constantinopla. Acalentava-se grande esperança de que o seu sucessor, Miguel, o Tartamudo, fosse ficar favorável aos cristãos e, em 821, São Metódio retornou à Constantinopla com uma carta do Papa São Pascoal ao imperador, na qual solicitava a reposição de São Nicéforo ao trono de Constantinopla. Entretanto, logo que Miguel Tartamudo leu a carta, encheu-se de cólera, acusando Metódio de agitador profissional e de tentar criar sedição, ordenando que fosse banido, após receber uma grande surra. Alega-se que, em vez de baní-lo, foi aprisionado por sete anos numa espécie de túmulo ou mausoléu, juntamente com outros dois ladrões. Um deles morreu logo, mas o santo e seu outro companheiro de infortúnio foram abandonados em sua estreita prisão até que se cumprisse toda a sentença.
Metódio, ao ser libertado, estava como um esqueleto, mantendo apenas um sopro de vida e, mesmo assim, conservava íntegro o seu espírito. Num curto espaço de tempo, já se encontrava plenamente restabelecido. Teve início, então, uma nova perseguição, patrocinada, desta vez, pelo imperador Teófilo. Metódio foi levado à sua presença e frontalmente acusado de novo de ter se envolvido em atividades subversivas no passado e de ter incitado o papa a escrever a famosa carta. O santo respondeu firmemente que tudo era falso, aproveitando a oportunidade para expressar as suas opiniões sobre o culto às imagens com estas palavras:
“Se uma imagem tem tão pouco valor aos vossos olhos, e se renegais e condenais as imagens de Cristo, por que, do mesmo modo, não condenais também a veneração às vossas próprias representações? Ao contrário, longe de condenar o culto às vossas imagens, multiplicais continuamente!”
Com a morte do imperador, em 842, sucedeu-o no trono a sua viúva, Theodora como regente de seu pequeno filho Miguel III. A Imperatriz se declarou favorável à veneração das imagens sagradas, tornando-se sua protetora. Durante um período de 30 anos, portanto, cessaram as perseguições, e os clérigos exilados puderam retornar, as imagens sagradas foram restituídas às igrejas de Constantinopla, e grande foi a alegria entre todos. João, o Gramático, iconoclasta declarado, foi deposto do trono, e São Metódio foi restabelecido em sua cátedra de Constantinopla.
Entre os principais acontecimentos que marcaram o Patriarcado de São Metódio, destaca-se a realização de um Sínodo em Constantinopla, que ratificou os cânones promulgados pelo Concílio de Nicéia sobre os ícones; a instituição de uma festa da Ortodoxia denominada o “Triunfo da Ortodoxia”, que até os dias atuais é celebrada no primeiro domingo da Grande Quaresma; e o traslado das relíquias de seu predecessor, São Nicéforo, para Constantinopla. Além disso, este período de reconciliação ficou marcado por uma forte disputa entre os monges estuditas, que antes haviam sido os mais fervorosos apoiadores de São Metódio. Ao que parece, a causa destas desavenças teria sido a condenação de certos escritos de São Teodoro, o Estudita, pelo Patriarca.
Após quatro anos no Trono Patriarcal de Constantinopla, São Metódio morreu, vítima de hidropesía, em 14 de junho de 847. O santo foi um escritor bastante profícuo. Mas, lamentavelmente, das muitas obras de poesia, teologia e controvérsias que lhe são atribuídas, restaram apenas alguns fragmentos que, ainda assim, podem não ser autênticos. No entanto, nos tempos modernos, graças a certas provas manuscritas recentemente descobertas, as autoridades no assunto estão inclinadas a crer que São Metódio seja, de fato, autor de alguns escritos hagiográficos que ainda estão conservados, especialmente “A Vida de São Teófanes”.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Romanos 10:11-11:2
Mateus 11:16-20
16 Mas, a quem compararei esta geração? É semelhante aos meninos que, sentados nas praças, clamam aos seus companheiros: 17 Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamos lamentações, e não pranteastes. 18 Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. 19 Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Entretanto a sabedoria é justificada pelas suas obras. 20 Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operara a maior parte dos seus milagres, o não se haverem arrependido.
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