sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

3ª Sexta-feira do Triódion

PÓS-FESTA DO ENCONTRO
35ª Quinta-feira Depois de Pentecostes 
16 de Fevereiro de 2018 (CC) - 03 de Fevereiro (CE)
Sinaxys dos Santos Simeão, o justo e Ana, profetisa (séc. I)
Modo 3


São Simeão viveu na época do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Segundo o Evangelista Lucas, Simeão recebeu de Deus a promessa de que não morreria enquanto não visse o Messias. Conforme certa tradição, ele recebeu esta promessa antes do nascimento do Salvador. Simeão era integrante do corpo dos 72 tradutores dos livros das Sagradas Escrituras (do hebraico para a língua grega), para a biblioteca do rei do Egito, Ptolomeu Filadelfo. Esta obra ficou conhecida como Septuaginta (a Bíblia dos 70 – LXX), e até hoje, permanece no Cânon Sagrado da Igreja Ortodoxa.

 Quando Simeão estava traduzindo as profecias de Isaias sobre o nascimento do «Emanuel» através de uma virgem, duvidou da exatidão da profecia e quis mudar a palavra «virgem» (παρθένος – partenos), pelo termo «mulher» (γυνὴ - guine). Neste momento teve uma revelação do Espírito Santo para que não alterasse a profecia, e ainda, que não morreria até que se cumprisse a profecia de Isaias sobre o nascimento do Messias que se daria exatamente através de uma virgem.

Quando o menino Deus nasceu e foi trazido ao Templo, Simeão recebeu a revelação do Espírito Santo de que sua esperança havia se realizado e que no Templo de Jerusalém finalmente veria o Salvador. Ao chegar ao Templo o velho Simeão não só viu o menino prometido, como também sua puríssima Mãe-Virgem, e dignou-se segurar menino Jesus em seus braços. Foi neste momento que pronunciou aquelas palavras perenes, que tão frequentemente se escuta durante o ofício litúrgico das Vésperas:

«Agora podes deixar teu servo ir em paz, Senhor, segundo tua palavra, pois meus olhos viram a salvação que preparaste a todos os povos, luz que ilumina as nações e para a glória de teu povo, Israel».

Simeão representa a humanidade do Antigo Testamento que esperava pela vinda do Salvador, e que simultaneamente se transforma em anunciador do Novo Testamento.

O evangelista São Lucas não especifica no que trabalhava São Simeão, porém, em alguns hinos da Igreja, ele é chamado de sacerdote e santo, o que leva a intuir que era um dos sacerdotes que oficiava no Templo (Lc 2,23-37).

Junto com Simeão, Santa Ana foi digna de encontrar-se com o Senhor no Templo de Jerusalém. O Evangelho informa que ela provém da tribo de Aser e que era filha de Fanuel. Depois de estar casada durante 7 anos, ficou viúva, dedicando-se ao serviço do Templo, servindo a Deus dia e noite, em jejuns e orações (Lc 2,37). Santa Ana tinha o dom da profecia. Para todos ela é um exemplo de vida verdadeiramente digna de respeito. Segundo o apóstolo Paulo, estas viúvas eram, para a Igreja, de um grande valor e serviam de exemplo e ensino para a juventude (Tm 5, 3-5). Já tinha chegado a uma idade avançada e, como Simeão, ela esperava pelo Salvador. Estava atenta a todos os fatos espirituais e somou sua voz de anciã à glorificação de Simeão feita no Templo durante o encontro com o Menino Deus. Nas orações da Igreja, Santa Ana é venerada como uma mulher viúva, casta e muito respeitada. É considerada também «a profetisa do Novo Testamento».

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Zacarias 8:7-17

7 Assim diz o Senhor dos exércitos: Eis que salvarei o meu povo, tirando-o da terra do oriente e da terra do ocidente; 8 e os trarei, e eles habitarão no meio de Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus em verdade e em justiça. 9 Assim diz o Senhor dos exércitos: Sejam fortes as vossas mãos, ó vós, que nestes dias ouvistes estas palavras da boca dos profetas, que estiveram no dia em que foi posto o fundamento da casa do Senhor dos exércitos, a fim de que o templo fosse edificado. 10 Pois antes daqueles dias não havia salário para os homens, nem lhes davam ganho os animais; nem havia paz para o que saia nem para o que entrava, por causa do inimigo; porque eu incitei a todos os homens, cada um contra o seu próximo. 11 Mas agora não me haverei para com o resto deste povo como nos dias passados, diz o Senhor dos exércitos; 12 porquanto haverá a sementeira de paz; a vide dará o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e os céus darão o seu orvalho; e farei que o resto deste povo herde todas essas coisas. 13 E há de suceder, ó casa de Judá, e ó casa de Israel, que, assim como éreis uma maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis uma bênção; não temais, mas sejam fortes as vossas mãos. 14 Pois assim diz o Senhor dos exércitos: Como intentei fazer-vos o mal, quando vossos pais me provocaram a ira, diz o Senhor dos exércitos, e não me compadeci, 15 assim tornei a intentar nestes dias fazer o bem a Jerusalém e à casa de Judá; não temais. 16 Eis as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo; executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas; 17 e nenhum de vós intente no seu coração o mal contra o seu próximo; nem ame o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu aborreço, diz o senhor.

VÉSPERAS

Zacarias 8:19-23

19 Assim diz o Senhor dos exércitos: O jejum do quarto mês, bem como o do quinto, o do sétimo, e o do décimo mês se tornarão para a casa de Judá em regozijo, alegria, e festas alegres; amai, pois, a verdade e a paz. 20 Assim diz o Senhor dos exércitos: Ainda sucederá que virão povos, e os habitantes de muitas cidades; 21 e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor, e buscar o Senhor dos exércitos; eu também irei. 22 Assim virão muitos povos, e poderosas nações, buscar em Jerusalém o Senhor dos exércitos, e suplicar a bênção do Senhor. 23 Assim diz o Senhor dos exércitos: Naquele dia sucederá que dez homens, de nações de todas as línguas, pegarão na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.

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