terça-feira, 25 de maio de 2021

4ª Terça-feira da Páscoa

25 de Maio de 2021 (CC) / 12 de Maio (CE)
São Germano, Patriarca de Constantinopla
Tom 3






«Cristo ressuscitou dos mortos, 
Pisoteando a morte com Sua morte, 
E outorgando a vida 
Aos que jaziam nos sepulcros!»


Os santos nove mártires de Cízico foram um grupo de nove cristãos que, nas últimas décadas do século III foram martirizados na cidade de Cízico na Ásia Menor por defender sua fé em Jesus Cristo. Chamavam-se Taumásio, Teógnis, Rufo, Antípatro, Teóstico, Ártemas, Magno, Teódoto e Filemom.
Enquanto pela cidade de Cízico na costa de Dardanelos (Helesponto) na Ásia Menor viu-se a difusão do cristianismo a partir da pregação de São Paulo, no final do terceiro século Cízico ainda era basicamente uma cidade pagã. Durante as perseguições, alguns dos cristãos fugiram da cidade, enquanto outros silenciosamente em segredo mantinham sua fé em Cristo. A situação afligiu os cristãos na cidade que procuraram defender ativamente a fé cristã. Através destes anos enquanto o terceiro século terminava, lá estavam entre esses cristãos nove homens: Taumásio, Teógnis, Rufo, Antípatro, Teóstico, Ártemas, Magno, Teódoto e Filemom.

Os nove vieram de muitos lugares diferentes e eram de diferentes idades. Havia jovens como Antípatro e idosos como Rufo. Eles tinham muitas ocupações diferentes na sociedade, incluindo soldados, camponeses, pessoas da cidade, e do clero. Todos eles, no entanto, declaravam sua fé em Cristo, e oravam pela propagação do cristianismo em toda a região. Estes santos corajosamente confessaram Cristo e destemidamente denunciaram a impiedade pagã.

Por sua vez, eles foram presos e levados a julgamento. Depois que o governador da cidade, condenou-os, eles foram torturados durante vários dias, então na prisão, antes de voltarem a ser levados novamente ao juiz, prometeram-lhes a liberdade se renunciassem a Cristo. Mas, como soldados de Cristo, eles continuaram a glorificar o Senhor. Durante os anos de 286 a 299 todos os nove mártires foram decapitados pela espada, e seus corpos enterrados perto da cidade.

No ano de 324, após cessarem as perseguições contra os cristãos sob o governo de Constantino, o Grande, os cristãos de Cízico removeram os corpos incorruptos dos mártires de seus túmulos e os colocaram em uma igreja construída em sua honra. Na igreja muitos milagres ocorreram diante das relíquias dos mártires: os doentes eram curados, e os mentalmente perturbados tornavam-se sãos . Pela intercessão dos santos mártires de Cízico a fé em Cristo cresceu dentro da cidade e muitos pagãos se converteram ao cristianismo.
São Germano I de Constantinopla foi o Patriarca de Constantinopla entre 715 e 730 d.C., e reinou durante um período conhecido como "Anarquia de vinte anos". De acordo com Teófanes, o Confessor, Germano era o filho do patrício Justiniano, que foi executado em 668 d.C. por ter, supostamente, se envolvido no assassinato de Constante II e na tomada do poder por Mecécio. 
Constantino IV, filho de Constante, derrotou o rival e puniu todos os que apoiaram o usurpador. Germano sobreviveu as perseguições. Os nomes "Justiniano" e "Germano" eram comuns durante a Dinastia Justiniana e pode sugerir uma relação mais distante do que pai e filho e, daí, o motivo de ele ter escapado. 
Germano foi enviado para um mosteiro e reapareceu depois como bispo de Cízico. Ele tomou parte no Concílio de Constantinopla que decidiu favoravelmente ao monotelismo e renegando os cânones do concílio de 680-681 d.C, como queria o Imperador bizantino, Filípico Bardanes. No ano seguinte, Filípico foi deposto por Anastácio II, que logo reverteu todas as decisões religiosas de seu antecessor. O patriarca João VI, fortemente associado ao monotelismo e antecessor de Germano, foi então deposto. Em 11 de agosto de 714 (ou 715), Germano foi eleito em seu lugar. Posteriormente ele ajudou a negociar os termos da rendição de Anastácio II a Teodósio III. Em 715, Germano organizou um novo concílio para difundir o diotelismo e anatemizar vários líderes da facção adversária. Ele tentou melhorar as relações com a Igreja Apostólica Armênia com o objetivo de reconciliá-la novamente. Porém, o grande tema de seu patriarcado seria o início do Iconoclasmo, propagado pelo novo imperador, Leão III, o Isáurio. Germano era iconódulo. 
Após um aparente sucesso num plano para forçar o batismo a todos os judeus e montanistas do império, em 722 d.C., Leão emitiu uma série de éditos contra a veneração de imagens (726–729). Uma carta enviada pelo Patriarca, escrita antes de 726, a dois bispos iconoclastas afirma que "…agora cidades inteiras e multidões estão em considerável apreensão a respeito deste assunto", embora haja poucas evidências de que o debate realmente tenha crescido. Germano ou renunciou ou foi deposto logo em seguida. Em cartas que chegaram aos nossos dias, Germano escreveu muito pouco sobre teologia. O que preocupava Germano era que o banimento dos ícones iria provar que a Igreja esteve em erro durante um longo período, algo que poderia ser utilizado pelos judeus e pelos muçulmanos. 
Já a tradição representa Germano como sendo muito mais firme e determinado em seu ponto de vista, tendo até mesmo vencido um debate sobre o assunto com Constantino, o bispo de Nacoleia, um dos líderes iconoclastas. O Papa Gregório II (715 - 731), também um iconódulo, elogiou Germano por seu "zelo e firmeza". Germano foi substituído pelo Patriarca Anastácio, muito mais complacente com as ordens do Imperador. Ele então se retirou para a residência de sua família e morreu alguns anos depois, já em idade avançada, por volta do ano 740. Ele foi enterrado na Igreja de Chora e foi incluído no díptico dos santos no Segundo Concílio de Niceia (787). 

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Atos 10:21-33

21 E descendo Pedro ao encontro desses homens, disse: Sou eu a quem procurais; qual é a causa por que viestes? 22 Eles responderam: O centurião Cornélio, homem justo e temente a Deus e que tem bom testemunho de toda a nação judaica, foi avisado por um santo anjo para te chamar à sua casa e ouvir as tuas palavras. 23 Pedro, pois, convidando-os a entrar, os hospedou. No dia seguinte levantou-se e partiu com eles, e alguns irmãos, dentre os de Jope, o acompanharam. 24 No outro dia entrou em Cesaréia. E Cornélio os esperava, tendo reunido os seus parentes e amigos mais íntimos. 25 Quando Pedro ia entrar, veio-lhe Cornélio ao encontro e, prostrando-se a seus pés, o adorou. 26 Mas Pedro o ergueu, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem. 27 E conversando com ele, entrou e achou muitos reunidos, 28 e disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem devo chamar comum ou imundo; 29 pelo que, sendo chamado, vim sem objeção. Pergunto pois: Por que razão mandastes chamar-me? 30 Então disse Cornélio: Faz agora quatro dias que eu estava orando em minha casa à hora nona, e eis que diante de mim se apresentou um homem com vestiduras resplandecentes, 31 e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória diante de Deus. 32 Envia, pois, a Jope e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro; ele está hospedado em casa de Simão, curtidor, à beira-mar. 33 Portanto mandei logo chamar-te, e bem fizeste em vir. Agora pois estamos todos aqui presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto te foi ordenado pelo Senhor.

João 7:1-13

1 Depois disto andava Jesus pela Galileia; pois não queria andar pela Judéia, porque os judeus procuravam matá-lo. 2 Ora, estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos. 3 Disseram-lhe, então, seus irmãos: Retira-te daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. 4 Porque ninguém faz coisa alguma em oculto, quando procura ser conhecido. Já que fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. 5 Pois nem seus irmãos criam nele. 6 Disse-lhes, então, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo; mas o vosso tempo sempre está presente. 7 O mundo não vos pode odiar; mas ele me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más. 8 Subi vós à festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda não é chegado o meu tempo. 9 E, havendo-lhes dito isto, ficou na Galileia. 10 Mas quando seus irmãos já tinham subido à festa, então subiu ele também, não publicamente, mas como em secreto. 11 Ora, os judeus o procuravam na festa, e perguntavam: Onde está ele? 12 E era grande a murmuração a respeito dele entre as multidões. Diziam alguns: Ele é bom. Mas outros diziam: não, antes engana o povo. 13 Todavia ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus.

† † †

Nenhum comentário:

Postar um comentário