24 de Março de 2022 (CC) / 11 de Março (CE)
São Sofrônio, Patriarca de Jerusalém (†638)
Jejum (Pão, vegetais e frutas)
Tom 6
Nascido em Damasco, Sofrônio dedicava-se tão intensamente aos estudos que por pouco não perdeu a visão. Aprofundou-se de tal modo na filosofia grega que recebeu o sobrenome de «o Sofista» Com seu amigo, o célebre ermitão João Mosco, viajou pela Síria, Ásia Menor e Egito, onde recebeu as vestes monásticas no ano 580. Seu amigos o acompanharam, vivendo em comunidade com ele por vários anos na «Lavra» de São Savas e no monastério de São Teodósio, localizado próximo a Jerusalém. Seu desejo de santidade, mortificação, o levou a visitar os famosos ermitãos do Egito.
Depois, com seus amigos, foi a Alexandria, onde o Patriarca São João, o Esmoleiro, lhes pediu que ficassem por dois anos em sua diocese para auxiliá-lo na reforma e combate às heresias. Foi lá que João Mosco escreveu sua obra «Prado Espiritual» que a dedicou a São Sofrônio. João faleceu no ano 620, em Roma, para onde havia viajado em peregrinação. Sofrônio retornou à Palestina e foi eleito Patriarca de Jerusalém, por sua sabedoria, piedade e ortodoxia de sua fé. Tomando posse da Sé de Jerusalém, convocou um sínodo dos bispos do Patriarcado para condenar a heresia monotelita e escreveu uma carta sinodal na que expunha e defendia a doutrina ortodoxa. Esta carta foi, posteriormente, ratificada pelo Sexto Concílio Ecumênico, chegando às mãos do Papa Honório e do Patriarca Sérgio de Constantinopla que havia aconselhado ao Papa que escrevesse em termos evasivos acerca da questão das duas vontades de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ao que parece, Honório não se pronunciou nunca sobre o problema; seu silêncio deu a impressão de que o Papa estava de acordo com os hereges. Sofrônio, percebendo que o imperador e muitos prelados do Oriente atacavam a verdadeira doutrina, sentiu-se chamado a defendê-la com maior zelo que nunca. Levou consigo Estêvão, bispo de dor, ao Monte Calvário, e lá jurou pela Crucifixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e pelas contas que deveria prestar a Deus no Dia do Juízo de «ir à Sé Apostólica, base de toda doutrina revelada, e importunar ao Papa até que se decidisse a examinar e condenar a nova doutrina». Estêvão obedeceu e permaneceu em Roma por dez anos, até que o Papa São Martim I condenou a heresia monotelita no Concílio de Latrão, no ano 649. Logo São Sofrônio teve de enfrentar-se com outras dificuldades. Os sarracenos indiram a Síria e a Palestina; Damasco havia caído em seu poder em 636; e Jerusalém em 638. O santo Patriarca fez o quanto pode para consolar e ajudar sua grei, arriscando para isso sua própria vida. Quando os muçulmanos sitiaram a cidade, São Sofrônio teve de pregar em Jerusalém seu sermão da Natividade já que lhe foi impossível ir a Belém naquelas circunstâncias. O santo fugiu depois da queda da cidade e, segundo parece, morreu pouco tempo depois, provavelmente em Alexandria.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
HORA SEXTA
Isaías 11:10-12:2
Naquele dia haverá uma raiz de Jessé, aquele que se levantará para reger as nações. Nele os gentios confiarão, e o seu descanso será glorioso. E acontecerá, naquele dia, que o Senhor voltará a mostrar a sua mão a fim de ser zeloso pelo resto que ficou do seu povo, os que foram deixados pelos assírios e pelos do Egito, da terra de Babilônia, da Etiópia, dos elamitas, do nascente do sol e da Arábia. Ele arvorará um estandarte para as nações; reunirá os perdidos de Israel e ajuntará os dispersos de Judá dos quatro cantos da terra. A inveja de Efraim será tirada, e os inimigos de Judá perecerão. Efraim não invejará a Judá, e Judá não afligirá a Efraim. Voarão eles nos navios dos filisteus, ao tempo em que tomarem espólios no mar e dos que vêm do leste e de Edom, e também porão as mãos sobre Moabe. Primeiramente, obedecer-lhes-ão os filhos de Amom. Então o Senhor fará desolado o mar do Egito. Porá a sua mão sobre o rio, com um vento forte, e ferirá os sete canais, de modo que os homens deverão passar por ele a pé enxuto. Haverá uma passagem para o meu povo que tiver sido deixado no Egito, e será para Israel como no dia em que eles saíram da terra do Egito. Naquele dia, dirás: Eu te abençoarei, ó Senhor! porque te iraste contra mim, porém desviaste a tua ira e tiveste pena de mim. Eis que o meu Deus, o meu Salvador, é o Senhor; confiarei nele, e não temerei, porquanto o Senhor é a minha glória e o meu louvor, e tornou-se a minha salvação.
VÉSPERAS
Gênesis 7:11-8:3
No ano seiscentos da vida de Noé, no segundo mês, no vigésimo sétimo dia do mês, neste mesmo dia, todas as fontes do abismo foram rompidas, e as comportas do céu abertas; e houve chuva sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites. Naquele mesmo dia entrou Noé, e Sem, Cam e Jafé, os filhos de Noé, e a esposa de Noé, e as três mulheres de seus filhos, com ele na arca. Todos os animais selvagens, segundo as suas espécies, todos os animais domésticos, segundo as suas espécies, todo réptil que se desloca sobre a terra, segundo as suas espécies, e todos os pássaros, segundo as suas espécies, entraram com Noé na arca, aos pares, machos e fêmeas, de toda carne em que há fôlego de vida. Os que entraram vieram machos e fêmeas, de toda carne, conforme Deus ordenara a Noé. E o Senhor Deus fechou a arca por fora dele. Começou o dilúvio, e persistiu sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites. A água aumentou muito, levantando a arca, e ela foi elevada da terra. As águas predominaram, aumentando muito sobre a terra; e a arca foi levada sobre as águas. E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra, cobrindo todos as altas montanhas que estavam debaixo do céu. Quinze côvados acima foi a água levantada, encobrindo todas as altas montanhas. Então morreu toda a carne que se movia sobre a terra, de criaturas voadoras, de animais domésticos, de animais selvagens, de todo réptil que se desloca sobre a terra, e todo homem. Todas as coisas que tem o sopro de vida, e tudo o que estava na terra seca, morreram. Foi exterminado tudo o que se levanta sobre a face de toda a terra, o homem e os animais, os répteis e as aves do céu; foram, todos eles, exterminados da face da terra. Noé foi deixado sozinho, e aqueles que com ele estavam na arca. E a água levantou-se sobre a terra por cento e cinquenta dias. Lembrou-se Deus de Noé, de todos os animais selvagens, de todos os animais domésticos, de todos os pássaros e de todos os répteis, todos quantos estavam com ele na arca. Então Deus trouxe um vento sobre a terra, e a água se estancou. As fontes do abismo foram fechadas, assim como as comportas do céu. E a chuva do céu foi contida. A água baixou, afastando-se da terra; depois de cento e cinquenta dias a água baixou, sendo diminuída.
Provérbios 10:1-22
O filho sábio faz o seu pai feliz; o filho insensato, entretanto, é a tristeza de sua mãe. Tesouros não aproveitarão aos transgressores, mas a justiça deverá livrar da morte. O Senhor não aniquilará a alma do justo, contudo ele irá tirar a vida dos ímpios. A pobreza avilta o homem, mas as mãos do esforçado geram riquezas. Um filho que é instruído será sábio e utilizará o tolo como seu servo. O filho sábio é salvo do calor ardente, mas o desobediente é ferido pelos ventos na colheita. A bênção do Senhor está sobre a cabeça do justo; entretanto, dor repentina cobrirá a boca dos ímpios. A memória do justo é louvada, mas o nome do perverso se apagará. O sábio de coração aceita os mandamentos; aquele, porém, que não guarda os seus lábios será subvertido em sua perversidade. O que anda simplesmente caminha com confiança, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido. Aquele que pisca os olhos, enganosamente, traz tristezas para os homens; entretanto, o que reprova com ousadia é um pacificador. Há uma fonte de vida na mão do homem justo, mas a destruição mora na boca dos ímpios. O ódio excita discórdias, contudo a afeição é para todos o que não amam a contenda. Aquele cujos lábios produzem sabedoria fere ao tolo com uma vara. O sábio esconderá o seu juízo, mas a boca daquele que é precipitado aproxima-se da ruína. A riqueza dos ricos é uma cidade forte, todavia a pobreza é a destruição dos ímpios. As obras dos justos produzem vida, porém os frutos do ímpio fazem surgir pecados. A instrução preserva as formas corretas de vida, entretanto, sem repreensão ela se perde. Lábios justos cobrem a inimizade, mas os que proferem calúnias são os mais tolos. Por uma multidão de palavras não escaparás do pecado; todavia, se refreares os teus lábios serás prudente. A língua do justo é prata provada, mas o coração dos ímpios falhará. Os lábios do justo conhecem sublimes verdades; o tolo, entretanto, perece em falta de senso. A bênção do Senhor está sobre a cabeça do justo; enriquecê-lo-á, e a tristeza de coração não lhe será acrescentada.
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