terça-feira, 1 de agosto de 2023

9ª Terça-feira de Pentecostes


01 de Agosto de 2023 (CC) / 19 de Julho (CE)
Santa Macrina, a Jovem, virgem († 379) S. Dios, mon. († 431);
Encontro das Santas Relíquias de São Serafím de Sarov; 
Venerável Dius de Antioquia; Príncipe Romanus, Taumaturgo;
Paisios de Pechersk; Estêvão e Sua Mãe, Militsa da Sérvia; 
Teodoro, Bispo de Edessa
Tom 7

A monástica Macrina, irmã dos santos hierarcas Basílio Magno e Gregório de Nissa, nasceu na Capadócia no início do século IV. Sua mãe, Emilia, viu em um sonho um anjo, chamando-a de Thekla, quando ainda não nascida, em homenagem à Santa Primeira Mártir Thekla. Santa Emília (Comemorada 1º de janeiro) cumpriu a vontade de Deus e deu à filha o nome de Tecla. À outra filha que lhe nascera, deu-lhe o nome de Macrina, em homenagem a uma avó, que padeceu na época da perseguição aos cristãos sob o imperador Maximiano Galério.
Além de Macrina, em sua família havia outros nove filhos. A própria Santa Emila orientou a criação e educação de sua filha mais velha. Ela a ensinou a ler e escrever com os livros das Escrituras e com os Salmos de Davi, selecionando os exemplos dos livros sagrados, que instruíam sobre uma vida piedosa e agradável a Deus. Santa Emília treinou sua filha para frequentar os cultos da igreja e fazer orações particulares. Da mesma forma, Macrina aprendeu o conhecimento adequado da governança doméstica e vários artesanatos. Ela nunca ficava ociosa e não participava de brincadeiras ou diversões infantis.
Quando Macrina cresceu, seus pais a comprometeram com um certo jovem piedoso, mas o noivo logo morreu. Muitos jovens buscaram casamento com ela, mas Macrina recusou a todos, tendo escolhido a vida de virgem e não querendo ser infiel à memória de seu falecido noivo. A Monástica Macrina morava na casa dos pais, auxiliando-os nas tarefas domésticas como feitora junto com os criados, e acompanhava cuidadosamente a criação dos irmãos e irmãs menores. Após a morte de seu pai, ela se tornou o principal sustento da família.
Quando todos os filhos cresceram e deixaram a casa dos pais, Santa Macrina convenceu sua mãe, Santa Emília, a deixar o mundo, a libertar seus escravos e a se estabelecer em um mosteiro feminino. Vários de suas servas seguiram seu exemplo. Tendo feito votos monásticos, elas viviam juntos como uma família, rezavam juntas, trabalhavam juntas, possuíam tudo em comum e, nesse modo de vida, nada distinguia uma da outra.
Após a morte de sua mãe, Santa Macrina guiou as irmãs do mosteiro. Ela gozava do profundo respeito de todos que a conheciam. A rigidez consigo mesma e a temperança em tudo foram características da santa ao longo de toda a sua vida. Ela dormia em tábuas e não tinha posses. Santa Macrina recebeu o dom de operar milagres. Houve um caso (contado pelas irmãs do mosteiro a São Gregório de Nissa após a morte de Santa Macrina), quando ela curou uma menina de uma aflição no olho. Pelas orações da santa, em seu mosteiro em tempos de fome nunca faltou o trigo necessário para o consumo das irmãs.
Santa Macrina faleceu no ano 380, após um último suspiro de exaltadas orações de agradecimento ao Senhor por ter recebido dEle as bênçãos ao longo de toda a sua vida. Ela foi enterrada no mesmo túmulo com seus pais.  
Leituras Comemorativas 
Mateus 11:27-30 Matinas
Gálatas 5:22-6:2
Lucas 6:17-23

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

1 Coríntios 12:12-26

Fragmento 152 - Irmãos, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só Corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixará de ser do corpo. E se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixará de ser do corpo. Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou os membros no Corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Agora, porém, há muitos membros, mas um só Corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários; e os membros do corpo que reputamos serem menos honrados, a esses revestimos com muito mais honra; e os que em nós não são decorosos têm muito mais decoro, ao passo que os decorosos não têm necessidade disso. Mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela, para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

Mateus 18:18-22; 19:1-2, 13-15

Fragmento 76 - O Senhor disse a Seus discípulos: Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu. Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em Meu Nome, aí estou eu no meio deles. Então Pedro, aproximando-se d’Ele, Lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete. Tendo Jesus concluído estas palavras, partiu da Galileia, e foi para os confins da Judéia, além do Jordão; e seguiram-No grandes multidões, e curou-os ali. Então Lhe trouxeram algumas crianças para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreenderam. Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a Mim, porque das tais é o Reino dos Céus. E, depois de lhes impor as mãos, partiu dali.

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HOMILIA

A busca por posição de destaque, a competição e em decorrência disto as ofensas mútuas, são características dos seres humanos guiados pela carne. A Unidade e harmonia existentes na Santíssima Trindade é o modelo e a meta que todos devemos ter e buscar alcançar. Qualquer que se diz cristão e não anda segundo este propósito é cego, e não tem a vida eterna permanente em si. Nenhuma retidão moral ou ética curam as paixões da alma ou as podem compensar. Só o esforço - mediante a Graça- em busca de assemelhar-se a Deus (que faz nascer o sol sobre justos e injustos) podem nos fazer triunfar sobre as paixões, vencer obstáculos e gerar a verdadeira fraternidade. As orações mais eficazes são as comunitárias, que nascem da harmonia e do amor entre os irmãos.

As crianças se magoam e se ofendem, mas depois esquecem e voltam a brincar. Não permitamos que a nossa alma que, como criança deseja o Pai, sejam impedidas de ir a Cristo pelas coisas de adulto.

“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”. Mateus 5:43-48

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