quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

33ª Quinta-feira Depois de Pentecostes




PRÉ-FESTA DA TEOFANIA
17 de Janeiro de 2013 (CC) 04 de Janeiro (CE)
Sinaxe dos 70 apóstolos S. Teoctisto de Cácamo, mon. (it. gr. t c. 800).


Tito 1:5-2:1

     5 Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem o que ainda não o está, e que em cada cidade estabelecesses anciãos, como já te mandei;    6 alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, tendo filhos crentes que não sejam acusados de dissolução, nem sejam desobedientes.    7 Pois é necessário que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro de Deus, não soberbo, nem irascível, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;    8 mas hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, temperante;    9 retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convencer os contradizentes.    10 Porque há muitos insubordinados, faladores vãos, e enganadores, especialmente os da circuncisão,    11 aos quais é preciso tapar a boca; porque transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.    12 Um dentre eles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, glutões preguiçosos.    13 Este testemunho é verdadeiro. Portanto repreende-os severamente, para que sejam são na fé,    14 não dando ouvidos a fábulas judaicas, nem a mandamentos de homens que se desviam da verdade.    15 Tudo é puro para os que são puros, mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro; antes tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas.    16 Afirmam que conhecem a Deus, mas pelas suas obras o negam, sendo abomináveis, e desobedientes, e réprobos para toda boa obra.    1 Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.   

Lucas 20:9-18

     9 Começou então a dizer ao povo esta parábola: Um homem plantou uma vinha, arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se do país por muito tempo.    10 No tempo próprio mandou um servo aos lavradores, para que lhe dessem dos frutos da vinha; mas os lavradores, espancando-o, mandaram-no embora de mãos vazias.    11 Tornou a mandar outro servo; mas eles espancaram também a este e, afrontando-o, mandaram-no embora de mãos vazias.    12 E mandou ainda um terceiro; mas feriram também a este e lançaram-no fora.    13 Disse então o senhor da vinha: Que farei? Mandarei o meu filho amado; a ele talvez respeitarão.    14 Mas quando os lavradores o viram, arrazoaram entre si, dizendo: Este é o herdeiro; matemo-lo, para que a herança seja nossa.    15 E lançando-o fora da vinha, o mataram. Que lhes fará, pois, o senhor da vinha?    16 Virá e destruirá esses lavradores, e dará a vinha a outros. Ouvindo eles isso, disseram: Tal não aconteça!    17 Mas Jesus, olhando para eles, disse: Pois, que quer dizer isto que está escrito: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular?    18 Todo o que cair sobre esta pedra será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó. 



Os Sinais do  Batismo do Senhor

O evangelho nos conta que o Senhor foi ao Jordão para ser batizado e quis ser consagrado neste rio por sinais do céu. Não é sem razão que celebramos esta festa pouco depois do dia do Natal do Senhor, já que os dois acontecimentos se verificaram na mesma época, embora com diferença de anos; julgo que também ela deve chamar-se festa do Natal.

No dia do Natal, Cristo nasceu entre os homens; hoje renasce pelos sinais sagrados; naquele dia, nasceu da Virgem; hoje é gerado pelos sinais do céu. No Natal, ao nascer o Senhor segundo a natureza humana, Maria, sua mãe, o acaricia em seu colo; agora, ao ser gerado entre os sinais celestes, Deus, seu Pai, o envolve com sua voz, dizendo: Este é o meu filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o (Mt 17,5). Sua mãe o traz nos braços com ternura, seu Pai lhe presta o testemunho de amor. A Mãe apresenta-o aos magos para que o adorem, o Pai apresenta-o às nações para que o reverenciem. O Senhor Jesus foi, portanto, receber o batismo e quis que seu santo corpo fosse lavado nas águas. Talvez alguém diga: “Se ele era santo, por que quis ser batizado?” Escuta: Cristo foi batizado, não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las e para purificar as torrentes com o contato de seu corpo. A consagração de Cristo é sobretudo a consagração da água.

Assim, quando o Salvador é lavado, todas as águas ficam puras para o nosso batismo; a fonte é purificada para que a graça batismal seja concedida aos povos que virão depois. Cristo nos precede no batismo para que os povos cristãos sigam confiantemente o seu exemplo. Vejo aqui um significado misterioso: também a coluna de fogo ia na  frente através do mar Vermelho, para que os filhos de Israel a seguissem corajosamente no caminho; foi a primeira a atravessar as águas, a fim de abrir caminho aos que vinham atrás. Este acontecimento, como diz o Apóstolo, era uma figura do batismo. Foi certamente uma espécie de batismo, no qual os homens eram cobertos pela nuvem e passavam através das ondas.

Tudo isso foi realizado pelo mesmo Cristo nosso Senhor, que agora, na coluna do seu corpo, precede no batismo os povos cristãos, como outrora, na coluna de fogo, precedeu através do mar os filhos de Israel. Sim, é a mesma coluna que outrora iluminou os olhos dos caminhantes que hoje enche de luz os corações dos que creem. Outrora abriu um caminho seguro entre as ondas, hoje firma no batismo os passos da nossa fé.


São Proclo de Constantinopla (Séc. V) 

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