21 de Janeiro de
2013 (CC) 08 de Janeiro (CE)
S. Jorge, o Cozebita († c. 613) S. Dômnica, virgem (†
c. 475).
Hebreus
3:5-11, 17-19
5 Moisés, na verdade, foi fiel em toda a
casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de
anunciar; 6 mas Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus; a qual
casa somos nós, se tão-somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança
e a glória da esperança. 7 Pelo que, como diz o Espírito Santo:
Hoje, se ouvirdes a sua voz, 8 não endureçais os vossos corações,
como na provocação, no dia da tentação no deserto, 9 onde vossos
pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram por quarenta anos as minhas
obras. 10 Por isto me indignei contra essa geração, e disse: Estes
sempre erram em seu coração, e não chegaram a conhecer os meus caminhos.
11 Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso.
17 E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura contra os
que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? 18 E a quem jurou que
não entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes?
19 E vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade.
Lucas 20:27-44
27 Chegaram então alguns dos saduceus, que
dizem não haver ressurreição, e perguntaram-lhe: 28 Mestre, Moisés
nos deixou escrito que se morrer alguém, tendo mulher mas não tendo filhos, o
irmão dele case com a viúva, e suscite descendência ao irmão. 29
Havia, pois, sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos;
30 então o segundo, e depois o terceiro, casaram com a viúva; 31 e
assim todos os sete, e morreram, sem deixar filhos. 32 Depois
morreu também a mulher. 33 Portanto, na ressurreição, de qual
deles será ela esposa, pois os sete por esposa a tiveram? 34
Respondeu-lhes Jesus: Os filhos deste mundo casaram-se e dão-se em
casamento; 35 mas os que são julgados dignos de alcançar o mundo
vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem se casam nem se dão em
casamento; 36 porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos
anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. 37 Mas
que os mortos hão de ressurgir, o próprio Moisés o mostrou, na passagem a
respeito da sarça, quando chama ao Senhor; Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e
Deus de Jacó. 38 Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos;
porque para ele todos vivem. 39 Responderam alguns dos escribas:
Mestre, disseste bem. 40 Não ousavam, pois, perguntar-lhe mais
coisa alguma. 41 Jesus, porém, lhes perguntou: Como dizem que o
Cristo é filho de Davi? 42 Pois o próprio Davi diz no livro dos
Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,
43 até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. 44
Logo Davi lhe chama Senhor como, pois, é ele seu filho?
A Água e o Espírito
Jesus veio até João e foi batizado por ele. Ó fato
realmente admirável! A torrente infinita que alegra a cidade de Deus é lavada
por um pouco d’água. A fonte inesgotável e perene que gera a vida para todos os
homens é coberta por um pequeno e passageiro curso d’água. Aquele que está
presente sempre e em toda parte, que é incompreensível aos anjos e invisível
aos homens, vem receber o batismo por sua própria vontade. Então o céu se abriu
e fez-se ouvir uma voz que dizia:
‘Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu
agrado’ (Mt 3,16.17).
O amado gera o amor e a luz imaterial, a luz
inacessível. É este o que chamam filho de José e é também meu Filho único
segundo a essência divina. Este é o meu Filho amado. Tem fome e alimenta
multidões inumeráveis; afadiga-se e alivia os fatigados; não tem onde reclinar
a cabeça e tudo sustenta com suas mãos; sofre e dá remédio a todos os
sofrimentos; é esbofeteado e dá liberdade ao mundo; transpassam seu lado e ele
cura o lado de Adão.
Prestai-me toda a atenção: quero acorrer ao
manancial da vida e contemplar a fonte de onde jorram os remédios da salvação.
O Pai da imortalidade enviou ao mundo seu Filho imortal, seu Verbo, que veio ao
encontro dos homens para purificá-los na água e no Espírito; e a fim de
gerá-los novamente para a incorruptibilidade da alma e do corpo, infundiu-nos o
Espírito de vida e revestiu-nos com uma armadura incorruptível.
Se o homem, pois, tornou-se imortal, também será
divinizado. E se de fato é divinizado pela água e o Espírito Santo, mediante o
banho da regeneração, também será herdeiro com Cristo depois da ressurreição
dos mortos. Por isso proclamo com voz forte: Vinde, nações todas, ao batismo
que confere a imortalidade. Esta é a água, unida ao Espírito, que irriga o
paraíso, fertiliza a terra, dá crescimento às plantas e faz os seres se
reproduzirem. Em resumo, esta é a água pela qual os homens recebem nova vida,
com a qual o Cristo foi batizado e sobre a qual o Espírito Santo desceu em
forma de pomba.
Quem desce com fé a esse banho de regeneração, renuncia ao demônio e entrega-se
a Cristo; renega o inimigo e proclama que Cristo é Deus; renuncia à escravidão
e reveste-se da adoção filial; sai do batismo, resplandecente como o sol,
irradiando justiça; e mais que tudo isso torna-se filho de Deus e herdeiro com
Cristo. A ele a glória e o poder, com seu Espírito santíssimo, bom e
vivificante, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Santo Hipólito, presbítero (Séc. III)
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