segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

34ª Segunda-feira Depois de Pentecostes




21 de Janeiro de 2013 (CC) 08 de Janeiro (CE)
S. Jorge, o Cozebita († c. 613) S. Dômnica, virgem († c. 475).


Hebreus 3:5-11, 17-19

     5 Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar;    6 mas Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus; a qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança e a glória da esperança.    7 Pelo que, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz,    8 não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto,    9 onde vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram por quarenta anos as minhas obras.    10 Por isto me indignei contra essa geração, e disse: Estes sempre erram em seu coração, e não chegaram a conhecer os meus caminhos.    11 Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso.    17 E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura contra os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?    18 E a quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes?    19 E vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade.   

Lucas 20:27-44

     27 Chegaram então alguns dos saduceus, que dizem não haver ressurreição, e perguntaram-lhe:    28 Mestre, Moisés nos deixou escrito que se morrer alguém, tendo mulher mas não tendo filhos, o irmão dele case com a viúva, e suscite descendência ao irmão.    29 Havia, pois, sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos;    30 então o segundo, e depois o terceiro, casaram com a viúva;    31 e assim todos os sete, e morreram, sem deixar filhos.    32 Depois morreu também a mulher.    33 Portanto, na ressurreição, de qual deles será ela esposa, pois os sete por esposa a tiveram?    34 Respondeu-lhes Jesus: Os filhos deste mundo casaram-se e dão-se em casamento;    35 mas os que são julgados dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem se casam nem se dão em casamento;    36 porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.    37 Mas que os mortos hão de ressurgir, o próprio Moisés o mostrou, na passagem a respeito da sarça, quando chama ao Senhor; Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e Deus de Jacó.    38 Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele todos vivem.    39 Responderam alguns dos escribas: Mestre, disseste bem.    40 Não ousavam, pois, perguntar-lhe mais coisa alguma.    41 Jesus, porém, lhes perguntou: Como dizem que o Cristo é filho de Davi?    42 Pois o próprio Davi diz no livro dos Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,    43 até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.    44 Logo Davi lhe chama Senhor como, pois, é ele seu filho?   


A Água e o Espírito

Jesus veio até João e foi batizado por ele. Ó fato realmente admirável! A torrente infinita que alegra a cidade de Deus é lavada por um pouco d’água. A fonte inesgotável e perene que gera a vida para todos os homens é coberta por um pequeno e passageiro curso d’água. Aquele que está presente sempre e em toda parte, que é incompreensível aos anjos e invisível aos homens, vem receber o batismo por sua própria vontade. Então o céu se abriu e fez-se ouvir uma voz que dizia:

‘Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado’ (Mt 3,16.17).

O amado gera o amor e a luz imaterial, a luz inacessível. É este o que chamam filho de José e é também meu Filho único segundo a essência divina. Este é o meu Filho amado. Tem fome e alimenta multidões inumeráveis; afadiga-se e alivia os fatigados; não tem onde reclinar a cabeça e tudo sustenta com suas mãos; sofre e dá remédio a todos os sofrimentos; é esbofeteado e dá liberdade ao mundo; transpassam seu lado e ele cura o lado de Adão.
Prestai-me toda a atenção: quero acorrer ao manancial da vida e contemplar a fonte de onde jorram os remédios da salvação. O Pai da imortalidade enviou ao mundo seu Filho imortal, seu Verbo, que veio ao encontro dos homens para purificá-los na água e no Espírito; e a fim de gerá-los novamente para a incorruptibilidade da alma e do corpo, infundiu-nos o Espírito de vida e revestiu-nos com uma armadura incorruptível.

Se o homem, pois, tornou-se imortal, também será divinizado. E se de fato é divinizado pela água e o Espírito Santo, mediante o banho da regeneração, também será herdeiro com Cristo depois da ressurreição dos mortos. Por isso proclamo com voz forte: Vinde, nações todas, ao batismo que confere a imortalidade. Esta é a água, unida ao Espírito, que irriga o paraíso, fertiliza a terra, dá crescimento às plantas e faz os seres se reproduzirem. Em resumo, esta é a água pela qual os homens recebem nova vida, com a qual o Cristo foi batizado e sobre a qual o Espírito Santo desceu em forma de pomba.

Quem desce com fé a esse banho de  regeneração, renuncia ao demônio e entrega-se a Cristo; renega o inimigo e proclama que Cristo é Deus; renuncia à escravidão e reveste-se da adoção filial; sai do batismo, resplandecente como o sol, irradiando justiça; e mais que tudo isso torna-se filho de Deus e herdeiro com Cristo. A ele a glória e o poder, com seu Espírito santíssimo, bom e vivificante, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.

Santo Hipólito, presbítero (Séc. III)

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