sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

34ª Sexta-feira Depois de Pentecostes


25 de Janeiro de 2013 (CC) 12 de Janeiro (CE)
S. Tatiana, mártir (séc. III).


 Hebreus 7:18-25

     18 Pois, com efeito, o mandamento anterior é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade    19 (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de Deus.    20 E visto como não foi sem prestar juramento (porque, na verdade, aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes,    21 mas este com juramento daquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre),    22 de tanto melhor pacto Jesus foi feito fiador.    23 E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer,    24 mas este, porque permanece para sempre, tem o seu sacerdócio perpétuo.    25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles.   

Lucas 21:37-22:8

     37 Ora, de dia ensinava no templo, e à noite, saindo, pousava no monte chamado das Oliveiras.    38 E todo o povo ia ter com ele no templo, de manhã cedo, para o ouvir.    1 Aproximava-se a festa dos pães ázimos, que se chama a páscoa.    2 E os principais sacerdotes e os escribas andavam procurando um modo de o matar; pois temiam o povo.    3 Entrou então Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, que era um dos doze;    4 e foi ele tratar com os principais sacerdotes e com os capitães de como lho entregaria.    5 Eles se alegraram com isso, e convieram em lhe dar dinheiro.    6 E ele concordou, e buscava ocasião para lho entregar sem alvoroço.    7 Ora, chegou o dia dos pães ázimos, em que se devia imolar a páscoa;    8 e Jesus enviou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa, para que a comamos.


Aquele Que Quis Nascer Para Nós Não Quis Ser Ignorado Por Nós

Embora no mistério da encarnação do Senhor os sinais de sua divindade tenham sido sempre claros, a solenidade que hoje celebramos manifesta e revela de muitas formas que Deus veio ao mundo num corpo humano, para que os homens, mergulhados nas trevas, não perdessem por ignorância o que só puderam alcançar e possuir pela graça. Com efeito, aquele que quis nascer para nós não quis ser ignorado por nós. Por isso manifestou-se deste modo, para que o grande mistério de seu amor não desse ocasião a um grande erro.

Hoje os Magos que o procuravam resplandecente nas estrelas, o encontram num berço. Hoje os Magos veem claramente, envolvido em panos, aquele que há muito tempo procuravam de modo obscuro nos astros. Hoje os Magos contemplam maravilhados, no presépio, o céu na terra, a terra no céu, o homem em Deus, Deus no homem e, incluído no corpo pequenino de uma criança, aquele que o universo não pode conter. Vendo-o, proclamam sua fé e não discutem, oferecendo-lhe místicos presentes: incenso a Deus, ouro ao rei e mirra ao que haveria  de morrer.

Assim o povo pagão, que era o último, tornou-se o primeiro, porque a fé dos Magos deu início à fé de todos os pagãos. Hoje Cristo entrou nas águas do Jordão para lavar o pecado do mundo. E João dá testemunho de que foi para isso que veio, ao dizer: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1, 29). Hoje o servo recebe o Senhor, o homem recebe Deus, João recebe Cristo; recebe-o para obter o perdão, não para conceder. Hoje, como disse o profeta, a voz do Senhor ressoa sobre as águas (Sl 28,3). E o que diz esta voz? Eis o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado (Mt 3, 17). Hoje o Espírito Santo, em forma de pomba, paira sobre as águas: assim como uma pomba anunciou a Noé o fim do dilúvio, por sua presença os homens saberiam que havia terminado o ininterrupto naufrágio do mundo. Esta pomba não trouxe, como  a outra, um ramo da antiga oliveira, mas derramou sobre a cabeça do Senhor toda a riqueza do novo óleo, cumprindo-se assim o que o profeta anunciara: É por isso que Deus vos ungiu com seu óleo, deu-vos mais alegria que aos vossos amigos (Sl 44,8). Hoje Cristo, convertendo a água em vinho, realiza o primeiro de seus sinais celestes. A água, porém, devia converter-se no sacramento do sangue, a fim de que o Cristo oferecesse aos homens a bebida pura do cálice de seu corpo, conforme a palavra do profeta: O meu cálice precioso transborda (Sl 22,5).

São Pedro Crisólogo, (Séc. V)


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