25 de Janeiro de
2013 (CC) 12 de Janeiro (CE)
S. Tatiana, mártir (séc. III).
Hebreus
7:18-25
18 Pois, com efeito, o mandamento anterior
é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade 19 (pois a lei
nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança,
pela qual nos aproximamos de Deus. 20 E visto como não foi sem
prestar juramento (porque, na verdade, aqueles, sem juramento, foram feitos
sacerdotes, 21 mas este com juramento daquele que lhe disse: Jurou
o Senhor, e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre), 22
de tanto melhor pacto Jesus foi feito fiador. 23 E, na verdade,
aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram
impedidos de permanecer, 24 mas este, porque permanece para
sempre, tem o seu sacerdócio perpétuo. 25 Portanto, pode também
salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre
para interceder por eles.
Lucas
21:37-22:8
37 Ora, de dia ensinava no templo, e à
noite, saindo, pousava no monte chamado das Oliveiras. 38 E todo o
povo ia ter com ele no templo, de manhã cedo, para o ouvir. 1
Aproximava-se a festa dos pães ázimos, que se chama a páscoa. 2 E
os principais sacerdotes e os escribas andavam procurando um modo de o matar;
pois temiam o povo. 3 Entrou então Satanás em Judas, que tinha por
sobrenome Iscariotes, que era um dos doze; 4 e foi ele tratar com
os principais sacerdotes e com os capitães de como lho entregaria.
5 Eles se alegraram com isso, e convieram em lhe dar dinheiro. 6 E
ele concordou, e buscava ocasião para lho entregar sem alvoroço. 7
Ora, chegou o dia dos pães ázimos, em que se devia imolar a páscoa;
8 e Jesus enviou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa,
para que a comamos.
Aquele Que Quis Nascer Para Nós Não Quis Ser Ignorado Por Nós
Embora no
mistério da encarnação do Senhor os sinais de sua divindade tenham sido sempre
claros, a solenidade que hoje celebramos manifesta e revela de muitas formas
que Deus veio ao mundo num corpo humano, para que os homens, mergulhados nas
trevas, não perdessem por ignorância o que só puderam alcançar e possuir pela
graça. Com efeito, aquele que quis nascer para nós não quis ser ignorado por
nós. Por isso manifestou-se deste modo, para que o grande mistério de seu amor
não desse ocasião a um grande erro.
Hoje os Magos
que o procuravam resplandecente nas estrelas, o encontram num berço. Hoje os
Magos veem claramente, envolvido em panos, aquele que há muito tempo procuravam
de modo obscuro nos astros. Hoje os Magos contemplam maravilhados, no presépio,
o céu na terra, a terra no céu, o homem em Deus, Deus no homem e, incluído no
corpo pequenino de uma criança, aquele que o universo não pode conter. Vendo-o,
proclamam sua fé e não discutem, oferecendo-lhe místicos presentes: incenso a
Deus, ouro ao rei e mirra ao que haveria
de morrer.
Assim o povo
pagão, que era o último, tornou-se o primeiro, porque a fé dos Magos deu início
à fé de todos os pagãos. Hoje Cristo entrou nas águas do Jordão para lavar o
pecado do mundo. E João dá testemunho de que foi para isso que veio, ao dizer:
Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1, 29). Hoje o servo recebe
o Senhor, o homem recebe Deus, João recebe Cristo; recebe-o para obter o
perdão, não para conceder. Hoje, como disse o profeta, a voz do Senhor ressoa
sobre as águas (Sl 28,3). E o que diz esta voz? Eis o meu Filho amado, no qual
eu pus o meu agrado (Mt 3, 17). Hoje o Espírito Santo, em forma de pomba, paira
sobre as águas: assim como uma pomba anunciou a Noé o fim do dilúvio, por sua
presença os homens saberiam que havia terminado o ininterrupto naufrágio do
mundo. Esta pomba não trouxe, como a outra,
um ramo da antiga oliveira, mas derramou sobre a cabeça do Senhor toda a
riqueza do novo óleo, cumprindo-se assim o que o profeta anunciara: É por isso
que Deus vos ungiu com seu óleo, deu-vos mais alegria que aos vossos amigos (Sl
44,8). Hoje Cristo, convertendo a água em vinho, realiza o primeiro de seus
sinais celestes. A água, porém, devia converter-se no sacramento do sangue, a
fim de que o Cristo oferecesse aos homens a bebida pura do cálice de seu corpo,
conforme a palavra do profeta: O meu cálice precioso transborda (Sl 22,5).
São Pedro Crisólogo, (Séc.
V)
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