terça-feira, 15 de janeiro de 2013

33ª Terça-feira Depois de Pentecostes



15 de Janeiro de 2013 (CC) 02 de Janeiro (CE)
PRÉ-FESTA DA TEOFANIA
S. Silvestre, papa de Roma († 335); S. Silvestre de Troina (it. gr. † 1164); S. Serafim de Saróv, mon. († 1833).


2 Timóteo 3:16-4:4

     16 Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;    17 para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.    1 Conjuro-te diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino;    2 prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino.    3 Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos,    4 e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas.   

Lucas 19:45-48

     45 Então, entrando ele no templo, começou a expulsar os que ali vendiam,    46 dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa será casa de oração; vós, porém, a fizestes covil de salteadores.    47 E todos os dias ensinava no templo; mas os principais sacerdotes, os escribas, e os principais do povo procuravam matá-lo;    48 mas não achavam meio de o fazer; porque todo o povo ficava enlevado ao ouvi-lo. 




A Efusão Do Espírito Santo Sobre a Humanidade

São Cirilo de Alexandria
Tendo o Criador do universo decidido restaurar todas as coisas em Cristo, dentro da mais admirável e perfeita ordem, e restituir à natureza humana sua condição original, prometeu, junto com os outros dons que daria copiosamente, conceder o Espírito Santo. Pois, de outro modo o homem não poderia ser reintegrado na posse tranquila e permanente desses dons.

Determinou, portanto, o tempo em que o Espírito Santo desceria sobre nós, isto é, o da vinda de Cristo, prometendo com estas palavras:

“Naqueles dias (a saber, nos dias do Salvador), derramarei meu Espírito sobre todo ser humano (Jl 3,1).

Quando esse tempo de imensa e gratuita liberalidade trouxe ao mundo o Filho Unigênito encarnado, isto é, como homem nascido de mulher, segundo a Sagrada Escritura, novamente Deus Pai nos concedeu o seu Espírito, sendo Cristo o primeiro a recebê-lo como primícias da natureza renovada. João Batista o testemunhou dizendo:

“Eu vi o Espírito descer do céu, e permanecer sobre ele” (Jo 1,32).

Afirma-se que Cristo recebeu o Espírito enquanto homem e enquanto convinha ao homem recebê-lo; embora seja Filho de Deus Pai e gerado de sua substância, mesmo antes da encarnação, e mais ainda, antes de todos os séculos, não se ofende ao ouvir Deus Pai declarar-lhe, depois que se fez homem:

“Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei” (Sl 2,7).

O Pai diz que foi gerado hoje aquele que antes dos séculos era Deus, gerado por ele, para receber-nos em Cristo como filhos adotivos. Com efeito, toda a natureza humana se encontra em Cristo enquanto homem. Assim o Pai dá ao Filho seu próprio Espírito, a fim de que em Cristo também nós o recebamos. Por esse motivo, Cristo veio em auxílio da descendência de Abraão, como está escrito, e tornou-se em tudo semelhante a seus irmãos.

O Unigênito de Deus não recebeu o Espírito Santo para si mesmo; com efeito, esse Espírito que é seu, nos é dado nele e por ele, como já dissemos antes, pois, tendo-se feito homem, tinha em si a totalidade da natureza humana, a fim de restaurá-la toda e restituir-lhe a integridade original. Podemos ver assim – se quisermos aplicar um reto raciocínio e os testemunhos da Escritura – que Cristo não recebeu o Espírito Santo para si mesmo, mas para que o recebêssemos nele; pois é também por ele que recebemos todos os bens.  

São Cirilo de Alexandria, (Séc. V)
Comentário sobre o Evangelho de São João

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