Santo Mártir Agatônico e seus
companheiros
(Zotikos, Theoprepios, Akyndinos, Severiano, Zinon e outros (+ C. 305-311)
Pós-festa da Dormição da Santíssima Mãe de Deus
(Zotikos, Theoprepios, Akyndinos, Severiano, Zinon e outros (+ C. 305-311)
Pós-festa da Dormição da Santíssima Mãe de Deus
Agatônico
era de uma ilustre descendência de Hypasians, e viveu em Nicomédia. Tendo se
tornado muito instruído nas Escrituras Sagradas, converteu à fé cristã muitos
pagãos, incluindo um dos membros mais eminente do Senado. Foi preso pelo nobre
Evtolmios que retornava de sua viagem ao Ponto, onde tinha ido perseguir aos
cristãos. Em Karpi encontrou Zotikos e o matou, juntamente com os seus
discípulos. Estando nesta região, tomou conhecimento sobre o príncipe que se
havia convertido à fé cristã e se batizado, influenciado por Agatônico. Ordenou
então que o príncipe e Agatônico fossem presos e, depois de submetê-los a
castigos, levou-os ao rei que se encontrava em Trácia. No caminho, porém,
próximo de um povoado denominado Potamos, morreram Zinon, Theoprepios, Akyndinos
e Severiano, em conseqüência dos graves ferimentos em seus pés que já havia
impedido de prosseguirem caminhando. Aproximando-se de povoado de Silybria,
Agatônico, Prigkipas e outros cristãos, assim como se encontravam, amarrados,
foram decapitados por ordem real. Tiveram assim seus nomes inscritos no livro
da vida eterna os santos mártires Agatônico e, junto com ele, Zotikos,
Theoprepios, Akyndinos, Severiano, Zinon, Prigkipas e outros. Isto se deu
durante o reinado do imperador Maximiano (284-305).
As
relíquias do Mártir Agatônico encontra-se no interior de uma igreja a ele
dedicada em Constantinopla, no ano 1200. No século XIV Philotheos, Arcebispo de
Selymbria, dedicou ao Mártir Santo Agatônico um discurso de louvou.
Tropárion - Modo IV
Em
seus sofrimentos, ó Senhor, / Teus mártires receberam de Ti, ó nosso Deus,
coroas imperecíveis,/ pois, tomados de Teu poder, / aviltaram os torturadores e
esmagaram a débil ousadia dos demônios./ Por suas súplicas, salva, Senhor, as
nossas almas.
Kondáquion do Mártir Agatônico - Modo I
Tendo
adquirido um bom nome, ó divinamente sábio, / converteste homens perversos para
a Fé, / não temendo nem mesmo a torturas, ó glorioso Agatônico. / Por isso, juntamente
com teus companheiros de martírio, te tornaste herdeiro de excelsas coisas.
2 Coríntios 10:7-18
7
Olhais para as coisas segundo a aparência. Se alguém confia de si mesmo que é
de Cristo, pense outra vez isto consigo, que, assim como ele é de Cristo,
também nós o somos. 8 Pois, ainda que eu me glorie um tanto mais da nossa
autoridade, a qual o Senhor nos deu para edificação, e não para vossa destruição,
não me envergonharei; 9 para que eu não pareça como se quisera intimidar-vos
por cartas. 10 Porque eles dizem: As cartas dele são graves e fortes, mas a sua
presença corporal é fraca, e a sua palavra desprezível. 11 Considere o tal
isto, que, quais somos no falar por cartas, estando ausentes, tais seremos
também no fazer, estando presentes, 12 pois não ousamos contar-nos, ou
comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes, medindo-se
consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, estão sem entendimento. 13 Nós,
porém, não nos gloriaremos além da medida, mas conforme o padrão da medida que
Deus nos designou para chegarmos mesmo até vós; 14 porque não nos estendemos
além do que convém, como se não chegássemos a vós, pois já chegamos também até
vós no evangelho de Cristo, 15 não nos gloriando além da medida em trabalhos
alheios; antes tendo esperança de que, à proporção que cresce a vossa fé,
seremos nós cada vez mais engrandecidos entre vós, conforme a nossa medida, 16
para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós, e não em campo de
outrem, para não nos gloriarmos no que estava já preparado. 17 Aquele, porém,
que se gloria, glorie-se no Senhor. 18 Porque não é aprovado aquele que se
recomenda a si mesmo, mas sim aquele a quem o Senhor recomenda.
Marcos 3:28-35
28
Em verdade vos digo: Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens,
bem como todas as blasfêmias que proferirem; 29 mas aquele que blasfemar contra
o Espírito Santo, nunca mais terá perdão, mas será réu de pecado eterno. 30
Porquanto eles diziam: Está possesso de um espírito imundo. 31 Chegaram então
sua mãe e seus irmãos e, ficando da parte de fora, mandaram chamá-lo. 32 E a
multidão estava sentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus
irmãos estão lá fora e te procuram. 33 Respondeu-lhes Jesus, dizendo: Quem é
minha mãe e meus irmãos! 34 E olhando em redor para os que estavam sentados à
roda de si, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos! 35 Pois aquele que fizer a
vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe.
COMENTÁRIO
A
prudência dos lábios é a garantia de uma vida venturosa. Os Salmos dizem que
aquele que ama a sua vida, procurando ser feliz todos os dias, deve guardar sua
língua da maldade e os seus lábios de proferirem palavras perversas [Sl 33(34):
13]. Muitos conflitos e infelicidades surgem a partir de palavras tolas. Assim,
escribas atraíram para si a pior das sentenças por blasfemarem contra o
Espírito Santo, falando do que não entendiam, porque suas falas não procediam
de um coração que buscava o discernimento, e sim de uma alma que se deixava
possuir pela inveja; desta forma, como a boca fala movida por aquilo que está
no coração, se envenenaram em suas próprias loquacidades.
Também
ouvido imprudente das falas perversas pode gerar em nós palavras e ações
impróprias. Assim se deu com os parentes de Cristo. Dando ouvidos a vozes
estranhas concluíram que Jesus estava fora de si (a palavra grega usada por
Marcos é “êxtases”). Assim, se
comportaram de maneira inconveniente para com Cristo, tentando por limites ao
seu trabalho e, por isto, são por Ele momentaneamente ignorados: Quando lhe
anunciam que sua Mãe e seus irmãos estavam lá fora e desejam falar-Lhe, Jesus
interroga a seus interlocutores:
“Quem é minha mãe e meus irmãos?”
Aqui
já se faz necessário um ouvido acurado para entender as palavras de Cristo, a
fim de que uma má compreensão delas não gere em nós uma fala tola - como fazem
alguns - que delas se utilizam para reforçar sua crença de que Cristo reduz Sua
Mãe a um lugar comum, e, para alguns, chegando mesmo às raias do desprezo.
Jesus não está desqualificando sua família e muito menos a Sua Mãe. Ele tira
proveito da oportunidade para revelar Sua identidade mais profunda, ou seja,
que Ele é o Primogênito de uma grande família (Rm 8:29; Ef. 2:18,19; 4:13; Hb
2:11), caracterizada, não por laços sanguíneos, mas pela obediência a Deus;
obediência esta, aliás, da qual sua Mãe é modelo e progenitora (Ap. 12:13),
sendo louvada por anjos e homens (Lc 1:28, 41-45).
O
mistério de Cristo ainda era ininteligível, mesmo para os Seus familiares
segundo a carne (Lc 2:48-51; Rm 16:25,26; Col. 1:26).
Padre Mateus (Antonio Eça)
“ESSE É MEU IRMÃO, MINHA IRMÃ E MINHA MÃE”
Suplico-vos
que presteis atenção àquilo que afirma Cristo Senhor, apontando para os
discípulos: “Eis aqui a minha mãe e os meus irmãos”. E prossegue: “Aquele que
faz a vontade de meu Pai, que me enviou, esse é meu irmão, minha irmã e minha
mãe”. Quer dizer que a Virgem Maria não fez a vontade do Pai, Ela que acreditou
pela fé, que concebeu pela fé, que foi escolhida para que Dela nascesse a
salvação em nosso favor, que foi criada em Cristo antes de Cristo ser criado
Nela? Sim, Santa Maria fez a vontade do Pai e, consequentemente, é mais
importante ter sido discípula de Cristo do que ter sido Mãe de Cristo; foi mais
vantajoso para Ela ter sido discípula de Cristo do que ter sido sua Mãe. Maria
era, pois, bem-aventurada porque, mesmo antes de dar à luz o Mestre, trouxe-o
no seu seio. […] Santa Maria, bem-aventurada Maria! E, no entanto, a Igreja
vale mais do que a Virgem Maria. Por quê? Porque Maria é uma parte da Igreja,
um membro eminente da Igreja, é certo, um membro superior aos outros, mas
apesar de tudo um membro de todo o corpo. […] Portanto, caríssimos, vede que
sois membros de Cristo, e sois corpo de Cristo (1Co 12, 27). Como? Prestai
atenção ao que Ele diz: “Eis aqui a minha mãe e os meus irmãos”. E como sereis
Mãe de Cristo? “Aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é
meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Agostinho (354-430),
bispo de Hipona (norte de África)
Fonte: Evangelho
Quotidiano
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