quinta-feira, 24 de novembro de 2022

24ª Quinta-feira Depois de Pentecostes

24 de Novembro de 2022 (CC) / 11 de Novembro (CE)
Santos Menas, Victor, Vicente, Stefânia e Teodoro, mártires (séc. I-II)
Tom 6


O Santo e Grande Mártir Menas, egípcio de nascimento, foi soldado e serviu na cidade de Kotuan sob o centurião Firmiliano, durante o reinado dos Imperadores Diocleciano e Maximiano (284-305). Quando os Co-Imperadores iniciaram a então mais feroz perseguição contra os cristãos da história, o santo perdeu todo o desejo de servir a esses perseguidores e, tendo deixado o serviço, retirou-se para uma montanha, onde vivia asceticamente, em jejum e oração. Certa vez, durante uma festa pagã, Menas chegou, por acaso, à cidade na qual havia servido anteriormente. No clímax dos jogos festivos, que toda a cidade tinha saído para ver, soou a voz acusadora do santo de Deus, pregando a fé em Cristo, o Salvador do mundo.

No julgamento perante o governador Pirro, o santo corajosamente confessou sua fé e disse que viera ali para denunciar toda a impiedade. São Menas rejeitou a sugestão de oferecer sacrifícios aos deuses pagãos, e ele foi submetido a torturas cruéis, após as quais foi decapitado. Isso ocorreu no ano 304. O corpo do santo mártir foi condenado a ser queimado. À noite, os cristãos recolhiam do fogo extinto os restos mortais não destruídos do mártir, que mais tarde foram instalados numa igreja em seu nome, construída após o fim da perseguição no local do sofrimento e morte do Grande Mártir Menas.

Comemoração dos Santos Vitor e Stefânia
 
Durante o reinado do Imperador Marco Aurélio (anos 161-180), na cidade de Damasco, na Síria, um cristão de nome Victor, nascido na Itália, desempenhava o ofício de guerreiro. Quando o Imperador ordenou a perseguição aos cristãos, o chefe do exército, Sebastião, exigiu de Victor que abjurasse sua fé em Cristo e oferecesse sacrifício aos ídolos locais.
 
"És um guerreiro imperial e, como tal, é teu dever cumprir suas ordens", disse Sebastião. "Não", respondeu Victor. "Agora sou guerreiro do Rei Celestial e somente a Ele devo obediência, e desprezo aos repugnantes ídolos". 
Sebastião, ouvindo isto, deu ordens para que Victor fosse submetido a torturas. Os carrascos quebraram os dedos das mãos e pés de Victor. Durante as torturas que sofria São Vitor rezava a Deus e, corajosamente, suportava todos os sofrimentos que lhe impunham as torturas. Posteriormente, os carrascos obrigaram Victor a comer uma carne envenenada por um bruxo. Depois de rezar e abençoar aquela carne, o mártir Victor a comeu sem que nenhum mal lhe causasse. 
Todos ficaram impressionados com o milagre. Cumpriu-se, portanto, o que o Senhor havia prometido aos seus discípulos: 
"E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão". 
O feiticeiro, vendo que o veneno que havia introduzido no alimento nenhum mal causara a Victor, abandonou suas crenças abraçando a fé cristã. Ele, melhor que ninguém, compreendia que nenhuma força terrena poderia neutralizar seu mortal veneno. Victor, então, foi submetido a torturas ainda mais cruéis. Stefânia, esposa de um dos guerreiros que torturavam Victor não suportou mais olhar os sofrimentos que aquele mártir de Cristo suportava e começou a interceder por ele. Os carrascos, enlouquecidos pelo sangue, em vez de parar, se enfureceram ainda mais com a intervenção de Stefânia, vendo nela a sua nova vítima. Amarraram-na a duas palmeiras inclinadas e a fizeram em pedaços. Assim morreu Stefania, na flor de sua juventude, quando contava apenas 15 anos de idade. 
Depois, os torturadores seguiram torturando Victor até, finalmente, ser decapitado. Os santos mártires Victor e Stefânia foram martirizados por amor a Cristo no ano 175. Antes de sua morte, Victor predisse aos torturadores que morreriam em 12 dias, e ao chefe do exército imperial, que o fariam prisioneiro em 24 horas. E assim se deu.


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

1 Tessalonicenses 5:1-8

Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios; porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite. Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação.

Lucas 13:1-9

E, Naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; e disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; e, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar.

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ENSINO DOS SANTOS PADRES


Pilatos misturou o sangue dos galileus com seus sacrifícios. O Senhor disse: "A menos que vos arrependais, todos igualmente perecereis"; a torre de Siloé caiu e matou 18 pessoas. O Senhor disse novamente: "A menos que vos arrependais, todos igualmente perecereis".

Isso dá a entender que, quando algum infortúnio recai sobre os outros, não devemos raciocinar sobre por que isso aconteceu, mas sim olhar para nós mesmos e examinar se há algum pecado em nós que mereça punição temporária para a instrução de outros, e nos apressar em eliminá-los com arrependimento. O arrependimento purifica o pecado e remove a causa que atrai uma catástrofe. Enquanto uma pessoa está em pecado, um machado é colocado na raiz da árvore de sua vida, pronto para cortá-la. Não corta porque espera o arrependimento. Arrependa-se e o machado será tirado, e sua vida fluirá até o fim na ordem natural das coisas; se você não se arrepender - espere ser cortado.

Que homem pode saber se viverá até o próximo ano? A parábola da figueira infrutífera mostra que o Salvador ora para que a justiça Divina poupe cada pecador na esperança de que ele se arrependa e dê bons frutos. Mas às vezes acontece que a justiça Divina não ouve mais as intercessões, e talvez Ele apenas concorde em permitir que alguém mais um ano permaneça vivo. Como você sabe, pecador, que não está vivendo seu último ano, seu último mês, dia e hora?

São Teófano, o Recluso

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