quinta-feira, 11 de julho de 2024

3ª Quinta-feira Depois de Pentecostes


11 de Julho de 2024 (CC) / 28 de Junho (CE)
Transferência das relíquia dos Santos Ciro de Alexandria e João de Edessa († 292)
Jejum dos Apóstolos (Peixe é permitido)
Tom 1


A transferência das relíquias dos Santos Mártires, filantropos e milagrosos, Ciro e João, da cidade de Konopa, perto de Alexandria (onde estes Santos padeceram no ano de 311) para a aldeia vizinha de Manuphin, se deu no ano 412. Esta aldeia egípcia era tida por todos como mal-assombrada, já que antigamente havia ali um templo pagão que era residência de espíritos malignos. O Patriarca Theophilos (385-412) quisera purificar aquele lugar de demônios, mas ele morreu. Seu desejo foi cumprido por seu sucessor na Cátedra Alexandrina, o Santo Patriarca Cirilo (412-444). São Cirilo orou fervorosamente pela realização deste projeto. Um Anjo do Senhor lhe apareceu em uma visão e ordenou que as relíquias veneráveis ​​dos Santos Ciro e João fossem transferidas para Manuphin. Sua Santidade, o Patriarca Cirilo, fez o Anjo lhe dissera e construiu em Manuphin uma igreja em nome dos Santos Mártires. Desde, então, o lugar fora purificado dos poderes do inimigo, e pelas orações dos santos mártires Ciro e João começaram a ocorrer muitos milagres, curas de males e enfermidades.
O Santo Imperador Ciro era um notável médico na cidade de Alexandria, onde nasceu e cresceu. Ele era um cristão, e tratava todos os doentes de graça, não apenas oferecendo ajuda para doenças corporais, mas curando também enfermidades da alma, tais como causas de doenças corporais. Pregando o ensinamento do Evangelho, o santo médico converteu muitos pagãos a Cristo. Durante o tempo da perseguição por Diocleciano (284-305), São Ciro se retirou para o deserto da Arábia, onde assumiu a vida monástica, e continuou lá também para medicar as pessoas por sua oração, tendo recebido de Deus o dom para curar cada doença. 
Na cidade de Edessa nessa época vivia o soldado João, um cristão piedoso. Quando a perseguição teve início, João foi a Jerusalém e lá, ouvindo falar de São Ciro, começou a procurá-lo, indo primeiro a Alexandria e depois à Arábia. Tendo finalmente encontrado São Ciro, João de todo o coração se apegou a ele e tornou-se seu fiel seguidor. Eles tomaram conhecimento que no Egito, na cidade de Canopis, Atanásia Cristã e suas três filhas jovens haviam sido presas: Theoktista - 15 anos, Theodotia - 13 anos e Eudoxia - 11 anos. Os Santos Ciro e João apressaram-se em ajudá-las, temendo que o medo diante da tortura pudesse impeli-las a renunciar a Cristo. Eles as visitaram na prisão e as encorajaram a suportar o que estava diante delas. Sabendo disso, o Governador da cidade prendeu os santos Ciro e João e, convencendo-se de sua firme e destemida confissão de fé em Cristo, entregou-os a terríveis torturas diante dos olhos de Atanásia e suas filhas, que por sua vez bravamente suportaram todas as torturas e foram decapitadas. Depois deles, no mesmo lugar, foram executados os santos filantropos, Ciro e João (†311). 
Cristãos enterraram seus corpos na Igreja do Santo Discípulo e Evangelista MarkMarcos. No século V, as relíquias dos santos Ciro e João foram transferidas de Canopis para Manuphin. Mais tarde, suas relí

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Romanos 8:22-27

Fragmento 98 – Irmãos, sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora; e não só ela, mas até nós, que temos os primeiros frutos do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando avidamente a nossa adoção, a redenção do nosso corpo. Porque nesta esperança fomos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda em nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito, o Qual, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos.
 (8:24) No Reino de Cristo, a esperança é muito mais do que uma projeção otimista; ela está assentada sobre uma profunda convicção dos acontecimentos futuros, uma certeza tal que nos capacita a suportar com paciência os sofrimentos do presente, antevendo o gozo futuro. 
 (8:26) Nós, os crentes, não sabemos como orar de forma eficaz. O Espírito vem em nossas orações corrigir nossas debilidades, ensinando-nos como orar e intercedendo diretamente por nós quando nossas orações são inadequadas. Os Santos Padres identificam três fases da oração: 1. A simples repetição de orações prontas (rezas); 2. A do uso de rezas, mas com concentração e assimilação dos seus conteúdos e; 3. A oração sem palavras, quando se está cheio do Espírito Santo, onde as percepções da qual a alma partilha, não podem ser expressadas por palavras. Esta é a mais alta forma de oração.  

Mateus 10:23-31


Fragmento 37 - O Senhor disse aos Seus discípulos: Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem. Não é o discípulo mais do que o seu mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao Dono da casa, quanto mais aos Seus domésticos? Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto que não haja de ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o às claras; e o que escutais ao ouvi-do, dos eirados pregai-o. E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes Àquele que pode fazer perecer na Gehenna tanto a alma como o corpo. Não se vendem dois passarinhos por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
 (10:23) Oposições e perseguições não devem servir de motivos para que os discípulos deixem de realizar a missão, e, sim, devem se constituir em motivações para se avançar. A expressão "não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem", não deve ser entendida como sendo uma referência à segunda vinda de Cristo, mas, possivelmente, se refere à destruição no ano 70, quando as tropas romanas devastaram as cidades de Israel e destruiu completamente o Templo de Jerusalém, a qual é entendida como juízo Divino sobre Israel por haver rejeitado o Messias. E isto se deu de forma repentina, sem que a missão entre os judeus estivesse concluída, devido à forte oposição e perseguição do Sinédrio à Igreja. 
 (10:26) "Não temas", é repetido por três vezes (v. 26, 27 e 31), visando encorajar o testemunho do Evangelho frente às adversidades. Os cristãos, tanto naquela época como hoje, não devem se deixar intimidar por oposições ou perseguições, em sua missão de ensinar o Evangelho.  (10:28) Na história judaica, a palavra "gehenna" é utilizada para designar o Vale de Hinom, local que abrigava práticas religiosas condenadas (2 Cr 28:3; Jer. 39:35) e, mais tarde, tornou-se um "lixão" na periferia de Jerusalém, onde a combustão era frequente. Devido à essas associes, "gehenna" adquiriu a conotação de castigo eterno após a morte.

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