27 de Fevereiro de 2025 (CC) - 14 de Fevereiro (CE)
Semana do Queijo (Maslenitsa)
São Cirilo, Mestre dos Eslavos e Igual aos Apóstolos (869)
Ss. Marão e Auxêncio de Bithynia, eremita († 473)
Tom 2
O Santo Igual aos Apóstolos Cirilo, Professor dos Eslavos (chamado Constantino - ao assumir o Esquema), e seu irmão mais velho Metódio (Comm. 6 de abril), eram por descendência eslavos, nascidos na Macedônia, na cidade de Soluneia (Tessalónica). São Cirilo recebeu a melhor educação e desde os 14 anos foi criado junto com o filho do imperador. Cedo aceitou a dignidade de presbítero. Ao retornar a Constantinopla, trabalhou na Catedral da cidade como bibliotecário e como professor de filosofia. São Cirilo manteve debates com sucesso com hereges iconoclastas e com maometanos. Ansiando pela solidão, partiu para o Monte Olimpo para encontrar seu irmão mais velho, Metódio, mas sua solidão durou pouco tempo. Ambos os irmãos foram enviados pelo imperador Miguel no ano de 857 em uma viagem missionária para pregar o cristianismo aos Khozars. Ao longo do caminho pararam em Kherson e ali descobriram as relíquias do Padre Mártir Clemente, Patriarca de Roma (Com. 25 de novembro). Chegando aos Khozars, os santos irmãos conversaram com eles sobre a fé cristã. Persuadido pela pregação de São Cirilo, o príncipe Khozar, juntamente com todo o seu povo, aceitou o cristianismo. O agradecido príncipe queria recompensar os pregadores com ricos presentes, mas eles recusaram e, em vez disso, pediram ao príncipe que libertasse e mandasse para casa com eles todos os cativos gregos. São Cirilo retornou a Constantinopla junto com 200 desses cativos libertados.
No ano de 862 começou a principal façanha dos santos irmãos. A pedido do príncipe Rostislav, o imperador os enviou à Morávia para pregar o cristianismo na língua eslava. Os santos Cirilo e Metódio, por revelação de Deus, compilaram um alfabeto eslavo e traduziram para a língua eslava – o Evangelho, as Epístolas, o Saltério e muitos livros de serviço divino. Eles introduziram os serviços divinos na língua eslava. Os santos irmãos foram então convocados a Roma a convite do papa romano. O Papa Adriano os recebeu com grande honra, pois traziam consigo as relíquias do Padre Mártir Clemente, Papa de Roma. Por natureza doentio e de saúde debilitada, São Cirilo, devido aos seus muitos trabalhos, logo adoeceu e, tendo tomado o esquema, morreu no ano de 869, aos 42 anos. O Iluminador dos cristão eslavos. São Cirilo foi sepultado na igreja romana de São Clemente, cujas relíquias também repousam ali, trazidas de Kherson para a Itália pelos Iluminadores dos Eslavos.
Comemoração de São Maron
São Marão optou por morar isoladamente, longe da cidade de Cirrus, na Síria, onde, em espírito de mortificação, vivia quase sempre sob as intempéries. Tinha apenas uma pequena cabana coberta com peles de cabra para abrigar-se, em caso de necessidade. Certa vez, entrou nas ruínas de um templo pagão e o dedicou ao culto do verdadeiro Deus transformando-o em casa de oração. São João Crisóstomo o estimava muito e, freqüentemente, lhe escrevia, desde a época em que estava desterrado em Cucusus. Recomendava-se às suas orações e lhe pedia que sempre enviasse noticias com a maior freqüência possível. São Marão tinha tido por mestre São Zebino que era um homem de oração assídua. Dizia-se dele que passava dias e noites inteiras em oração, sem experimentar cansaço. Geralmente rezava de pé, mesmo quando já era ancião, apoiando-se em um báculo. Aos que por ele procuravam, era breve, tanto quanto possível, para ter mais tempo de conversar com Deus.
Comemoração de Santo Auxêncio
Santo Auxêncio passou a maior parte de sua longa vida como ermitão em Bithynia. Em sua juventude foi um dos guardas de Teodósio, o Jovem. Seus deveres militares, que cumpria com fidelidade, não o impedia de cumprir com suas obrigações religiosas. Todo o seu tempo livre passava na solidão e em oração. Visitava com freqüência os santos monges ermitãos que moravam próximos e lhes pedia pousada a fim de poder, com eles passar uma noite, fazendo exercícios penitenciais e cantando louvores a Deus. Tempo depois, levado por um forte desejo de perfeição e temor da vanglória, adotou a vida eremítica. Fundou seu eremitério na montanha de Oxia, distante 12 quilômetros de Constantinopla. Nesse lugar foi muito procurado e tinha forte influência por sua fama de santidade.
No Quarto Concilio Ecumênico realizado em Calcedônia, Concílio este que condenou a heresia de Eutíquio, Auxêncio foi chamado pelo imperador Marciano para depor, justificando de acusações que sobre ele caíram. Novamente em liberdade, não retornou a Oxia, indo para uma cela mais próxima de Calcedônia, em Skopas. Ali permaneceu, entregando-se a uma vida mais austera, instruindo os seus seguidores até sua morte que aconteceu, provavelmente, em 14 de fevereiro de 473. O historiador Sozemeno escreveu sobre sua vida, sua fé e sua intimidade com fervorosos ascetas.
Tropárion de Santo Auxêncios, Tom 1: Um morador do deserto, um anjo na carne / e um operador de milagres foste mostrado ser, / Ó nosso pai portador de Deus Auxentius. / Recebendo dons celestiais através de jejuns, vigílias e orações, / tu curas os enfermos / e as almas daqueles que com fé recorrem a ti / Glória a Ele que te deu força! / Glória a Ele que te coroou! // Glória a Ele que opera curas para todos através de ti!
Kondákion, Tom 2: Deleitando-se na abstinência e restringindo os desejos da tua carne, / Ó pai divinamente sábio e sagrado Auxentius, / tu foste mostrado, brilhando com fé, // e floresceste como uma planta no meio do paraíso.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
HORA SEXTA
Judas 1:11-25
11 Ai deles! porque foram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro se atiraram ao erro de Balaão, e pereceram na rebelião de Coré. 12 Estes são os escolhidos em vossos ágapes, quando se banqueteiam convosco, pastores que se apascentam a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos; são árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas; 13 ondas furiosas do mar, espumando as suas próprias torpezas, estrelas errantes, para as quais tem sido reservado para sempre o negrume das trevas. 14 Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares de santos, 15 para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente cometeram, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram. 16 Estes são murmuradores, queixosos, andando segundo as suas concupiscências; e a sua boca diz coisas muito arrogantes, adulando pessoas por causa do interesse. 17 Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo; 18 os quais vos diziam: Nos últimos tempos haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias concupiscências. 19 Estes são os que causam divisões; são sensuais, e não têm o Espírito. 20 Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, 21 conservai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna. 22 E apiedai-vos de alguns que estão na dúvida, 23 e salvai-os, arrebatando-os do fogo; e de outros tende misericórdia com temor, abominação até a túnica manchada pela carne. 24 Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, 25 ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém.
Lucas 23:1-34, 44-56
Fragmento 110 - Naquela época, os principais sacerdotes e escribas e anciãos do povo conduziram Jesus a Pilatos e começaram a acusá-Lo, dizendo: “Encontramos este homem pervertendo a nação e proibindo pagar impostos a César, dizendo que Ele mesmo é o Cristo, um Rei.” Então Pilatos Lhe perguntou: “Tu És o Rei dos Judeus?” Ele respondeu-lhe e disse: “Tu o dizes”. Então Pilatos disse aos principais sacerdotes e à multidão: “Não encontro culpa alguma neste homem”. Mas eles foram ainda mais ferozes, dizendo: “Ele incita o povo, ensinando por toda a Judéia, começando pela Galileia até este lugar”. Quando Pilatos ouviu falar da Galileia, perguntou se Aquele homem era galileu. E, logo que soube que pertencia à jurisdição de Herodes, O enviou a Herodes, que naquele tempo também estava em Jerusalém. Ora, quando Herodes viu Jesus, alegrou-se muito; pois há muito tempo ele desejava vê-Lo, porque tinha ouvido muitas coisas sobre Ele, e esperava ver algum milagre feito por Ele. Então ele O interrogou com muitas palavras, mas Ele não lhe respondeu nada. Então os principais sacerdotes e os escribas se levantaram e O acusaram veementemente. Herodes, com os seus homens de guerra, O tratou com desprezo e escarneceu d’Ele, e O vestiu com um manto esplêndido e O enviou de volta a Pilatos. Naquele mesmo dia, Pilatos e Herodes tornaram-se amigos, pois antes eram inimigos um do outro. Então Pilatos, tendo convocado os principais sacerdotes, os governantes e o povo, disse-lhes: “Vós me trouxestes Este homem, como alguém que engana o povo. E, de fato, tendo-O examinado em vossa presença, não encontrei nenhuma culpa Neste Homem com relação às coisas das quais vós O acusais; não, nem Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte. Portanto, irei castigá-Lo e depois O soltarei (pois era necessário que ele lhes soltasse um na festa). E todos gritaram imediatamente, dizendo: “Fora com Este homem e solta-nos Barrabás”; o qual fora lançado na prisão por causa de uma rebelião ocorrida na cidade e por assassinato. Pilatos, pois, querendo libertar Jesus, chamou-os novamente. Mas eles gritaram, dizendo: “Crucifica-O, crucifica-O!” Então ele lhes perguntou pela terceira vez: “Ora, que mal Ele fez? Não encontrei Nele nenhuma razão para a morte. Portanto, irei castigá-Lo e deixá-Lo ir.” Mas eles insistiram, gritando para que Ele fosse crucificado. E as vozes destes homens e dos principais sacerdotes prevaleceram. Então Pilatos decretou que fosse feito como eles pediram. E libertou-lhes aquele que pediram, o qual por rebelião e homicídio havia sido lançado na prisão; mas ele entregou Jesus à vontade deles. Enquanto O levavam embora, detiveram um certo homem, Simão, o cireneu, que vinha do campo, e sobre ele depositaram a cruz, para que a carregasse após Jesus. E uma grande multidão do povo O seguia, e mulheres que também O pranteavam e lamentavam. Mas Jesus, voltando-Se para elas, disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, mas chorai por vós mesmas e por vossos filhos. Pois, de fato, estão chegando os dias em que dirão: ‘Bem-aventuradas as estéreis, os ventres que nunca geraram e os seios que nunca amamentaram!’ Então começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós!’ e para as colinas: ‘Cubra-nos!’ Pois, se fazem estas coisas ao tronco verde, o que acontecerá com o seco?” Havia também outros dois, criminosos, levados com Ele para serem executados. E quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali O crucificaram, e aos criminosos, um à direita e outro à esquerda. Então Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. E eles dividiram Suas vestes e lançaram sortes. E era quase a hora sexta, e houve trevas sobre toda a terra até a hora nona. Então o sol escureceu e o véu do templo rasgou-se em dois. Então Jesus clamou em alta voz, dizendo: “Pai, em Tuas mãos entrego o Meu espírito”. Tendo dito isso, Ele deu o último suspiro. Então, quando o centurião viu o que havia acontecido, glorificou a Deus, dizendo: “Certamente Este era um homem justo!” E toda a multidão ali presente que observava, vendo o que havia acontecido, retornou batendo no peito. Mas todos os seus conhecidos e as mulheres que O seguiram desde a Galileia estavam de longe, contemplando estas coisas. E eis que havia um homem de nome José, um conselheiro, e ele era homem bom e justo; (que não tinha consentido no conselho e nos atos deles), ele era de Arimatéia, cidade dos judeus; e ele também esperava o Reino de Deus. Este homem foi a Pilatos, e implorou pelo corpo de Jesus. E, havendo-O tirado, envolveu-o em um pano de linho, e o deitou em um sepulcro lavrado na rocha, onde nenhum homem ainda havia sido posto. E era o dia da preparação, e ia começar o sábado. E as mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia O seguiram também, e viram o sepulcro, e como foi posto o Seu corpo. E elas retornando, prepararam especiarias e unguentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento.
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ENSINO DOS SANTOS PADRES
Ai, proclama o Santo Apóstolo Judas, daqueles que se conduzem corrompendo a sociedade, que sem constrangimento vivem a se engordar em festas, lambuzando-se em suas próprias torpezas, andando segundo as suas próprias concupiscências, falando palavras arrogantes e apartando-se da unidade da fé.
Ai! Pois eis que o Senhor virá com milhares de Seus santos anjos, para executar juízo sobre sobre todos e expor a todos os ímpio com suas malícias e impiedades cometidas (Judas 1: 11-19).
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