PRÉ-FESTA DO ENCONTRO
São Tryfon de Nicéia, mártir (†251)14 de Fevereiro de 2025 (CC) - 01 de Fevereiro (CE)
Tom 8
O Mártir Trifão nasceu em um dos distritos da Ásia Menor – Frígia, não muito longe da cidade de Apameia, na aldeia de Kampsada. Desde cedo o Senhor lhe concedeu o poder de expulsar demônios e curar diversas doenças. Os habitantes de sua cidade natal já foram salvos por ele da fome: São Trifão, pelo poder de sua oração, fez recuar uma praga de gafanhotos que devorava os grãos e devastava os campos. São Trifão ganhou fama especial ao expulsar um demônio da filha do Imperador Romano Górdio (238-244). Ajudando todos os que estavam em perigo, ele pediu apenas uma taxa – fé em Jesus Cristo, por Cuja graça ele os curou.
Quando o imperador Décio (249-251) subiu ao trono imperial, houve uma feroz perseguição aos cristãos. Foi feita uma denúncia ao comandante Akelinos de que São Trifão ousava pregar a fé em Cristo e que conduzia muitos ao Batismo. O santo foi preso e submetido a interrogatório, momento em que confessou destemidamente a sua fé. Submeteram-no a duras torturas: Espancaram-no com paus, dilaceraram-lhe o corpo com ganchos de ferro, queimaram as feridas com fogo e conduziram-no pela cidade, martelando-lhe pregos de ferro nos pés. São Trifão suportou bravamente todos os tormentos, sem soltar um único gemido. Finalmente, ele foi condenado à decapitação com espada. O santo mártir rezou antes da execução, agradecendo a Deus por tê-lo fortalecido em seus sofrimentos, e rogou ao Senhor em particular que abençoasse aqueles que invocassem seu nome em busca de ajuda. Assim que os soldados suspenderam a espada sobre a cabeça do santo mártir, ele colocou a sua alma nas mãos de Deus. Este evento ocorreu na cidade de Nicéia no ano 250. Os cristãos vestiram o corpo sagrado do mártir em uma mortalha limpa e queriam enterrá-lo na cidade de Nicéia, onde padeceu, mas São Trifão em uma visão ordenou-lhes que levassem seu corpo para sua terra natal, na aldeia de Kampsada. Isso foi feito.
Mais tarde, as relíquias de São Trifão foram transferidas para Constantinopla e depois para Roma. O Santo Mártir recebe grande veneração na Igreja Ortodoxa Russa.
Existe uma lenda que diz que durante o reinado do czar Ivan, o Terrível, na época de uma caçada imperial, um gerifalte (falcão com mais de 60 cm de altura e com aproximadamente 1,6 kg de peso, e um dos maiores falcões do mundo) amado pelo czar voou. O czar ordenou ao falcoeiro Tryphon Patrikeev que encontrasse o pássaro que voou. O falcoeiro Tryphon viajou pela floresta circundante, mas sem sorte. No terceiro dia, exausto de uma longa busca, ele retornou a Moscou, ao lugar hoje chamado Mar'ina Grove, e cansado, deitou-se para descansar, rezando fervorosamente ao seu santo padroeiro - o Mártir Trifão, implorando-lhe por ajuda. Num sonho ele viu um jovem montado em um cavalo branco, segurando na mão o gerifalcão imperial, e este jovem disse: “Leve de volta o pássaro perdido, vá com Deus ao czar e não se preocupe com isso”. Ao acordar, o falcoeiro avistou o gerfalcão não muito longe, em um pinheiro. Ele então o levou ao czar e contou sobre a ajuda milagrosa que ele recebeu do Santo Mártir Trifão. Depois de um certo tempo, o falcoeiro Trifão Patrikeev construiu uma capela no local onde o Santo apareceu, e mais tarde também houve uma igreja em nome do Santo Mártir Trifão.

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
1 João 2:7-17
Amados, não vos escrevo mandamento novo, mas um mandamento antigo, que tendes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. Contudo é um novo mandamento que vos escrevo, o qual é verdadeiro nele e em vós; porque as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz. Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço. Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos. Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados por amor do seu nome. Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que é desde o princípio. Jovens, eu vos escrevo, porque vencestes o Maligno. Eu vos escrevi, meninos, porque conheceis o Pai. Eu vos escrevi, pais, porque conheceis aquele que é desde o princípio. Eu escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e já vencestes o Maligno. Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre.
Marcos 14:3-9
Estando ele em Betânia, reclinado à mesa em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro cheio de bálsamo de nardo puro, de grande preço; e, quebrando o vaso, derramou-lhe sobre a cabeça o bálsamo. Mas alguns houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício do bálsamo? Pois podia ser vendido por mais de trezentos denários que se dariam aos pobres. E bramavam contra ela. Jesus, porém, disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou uma boa ação para comigo. Porquanto os pobres sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem; a mim, porém, nem sempre me tendes. Ela fez o que pode; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo que, em todo o mundo, onde quer que for pregado o evangelho, também o que ela fez será contado para memória sua.
Marcos 14:3-9
Estando ele em Betânia, reclinado à mesa em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro cheio de bálsamo de nardo puro, de grande preço; e, quebrando o vaso, derramou-lhe sobre a cabeça o bálsamo. Mas alguns houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício do bálsamo? Pois podia ser vendido por mais de trezentos denários que se dariam aos pobres. E bramavam contra ela. Jesus, porém, disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou uma boa ação para comigo. Porquanto os pobres sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem; a mim, porém, nem sempre me tendes. Ela fez o que pode; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo que, em todo o mundo, onde quer que for pregado o evangelho, também o que ela fez será contado para memória sua.
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ENSINO DOS SANTOS PADRES
"Maria ungiu os pés de Jesus com uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, e enxugou-Lhos com os seus cabelos. A casa encheu-se com a fragrância do perfume."Eis o fato histórico; procuremos o simbólico. Sejas tu quem fores, se quiseres ser uma alma fiel, unge com Maria os pés do Senhor com perfume. Esse perfume é a retidão. […] Deita perfume sobre os pés do Senhor. Segue as pegadas do Senhor com uma vida santa. Enxuga os seus pés com os teus cabelos: se tens coisas supérfluas, dá-as aos pobres e assim terás enxugado os pés do Senhor. […] Talvez os pés do Senhor na terra sejam os necessitados. Pois não é dos seus membros (Ef 5,30) que Ele dirá no fim do mundo: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,40)?
"A casa encheu-se com a fragrância do perfume." Quer dizer, o mundo encheu-se da boa reputação desta mulher, porque o bom odor é como a boa reputação. Aqueles que associam o nome de cristãos a uma vida desonesta injuriam a Cristo […]; se o nome de Deus é blasfemado por esses maus cristãos, ele é, pelo contrário, louvado e glorificado pelos bons: "somos em toda a parte o bom odor de Cristo" (2Cor 2,14-15). E diz também o Cântico dos Cânticos: "A tua fama é odor que se difunde" (1,3).
Bem-aventurado Agostinho, Bispo de Hypona (Séc, IV-V)
A esposa do Cântico dos Cânticos diz: "o meu nardo dá o seu perfume" (1,12) [...]; mas podemos ler também "o Seu perfume". [...] A esposa aproximou-se do Esposo, ungiu-O com os seus unguentos e, surpreendentemente, foi como se o nardo não tivesse dado perfume enquanto estava nas mãos da esposa, mas o desse ao entrar em contacto com o corpo do Esposo — de sorte que, segundo parece, não foi tanto Ele que recebeu o perfume do nardo mas foi antes o nardo que o recebeu, como se viesse d'Ele. [...]
Apresentamos aqui a esposa Igreja, na pessoa de Maria: diz-se que ela trazia uma libra de nardo de alto preço e que ungiu os pés de Jesus, enxugando-os depois com os cabelos e que, de certo modo, também ela recebeu, através dos cabelos, um perfume impregnado da qualidade e do poder do corpo de Jesus. [...] Ela impregnou a cabeça com um perfume requintado que vinha mais de Cristo que do nardo e disse [com a esposa]: «O meu nardo, derramado no corpo de Cristo, deu-me em troca o Seu aroma». [...]
"A casa encheu-se com a fragrância do perfume." Isso indica, seguramente, que a fragrância da doutrina que vem de Cristo e o agradável perfume do Espírito Santo encheram toda a casa deste mundo, ou a casa de toda a Igreja. Ou, pelo menos, encheram toda a casa através desta alma que recebeu a fragrância de Cristo, tendo-Lhe oferecido inicialmente o dom da sua fé como nardo puro, e recebendo, em retribuição, a graça do Espírito Santo e o agradável perfume da doutrina espiritual [...], para que também ela pudesse dizer: "Somos para Deus o bom odor de Cristo"(2Co 2,15). Ora, porque esse nardo foi cheio de fé e dum amor de grande valor, Jesus presta-lhe esta homenagem: "Praticou em Mim uma boa ação!" (Mc 14,6).
Orígenes, Presbítero de Alexandria (Séc II-III)
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