terça-feira, 29 de novembro de 2011

25ª Terça-feira depois de Pentecostes – Modo 7


25ª Terça-feira depois de Pentecostes – Modo 7
29 de Novembro (CC) de 2011 / 16 de Novembro (CE)
S. Mateus, apóstolo e evangelista (séc. I).


2 Tessalonicenses 1:10-2:2

10 quando naquele dia ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós).    11 Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra com poder todo desejo de bondade e toda obra de fé.    12 para que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.    1 Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos,    2 que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto.   

Lucas 14:25-35

25 Ora, iam com ele grandes multidões; e, voltando-se, disse-lhes:    26 Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo.    27 Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo.    28 Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar?    29 Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele,    30 dizendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar.    31 Ou qual é o rei que, indo entrar em guerra contra outro rei, não se senta primeiro a consultar se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?    32 No caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.    33 Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo.    34 Bom é o sal; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor?    35 Não presta nem para terra, nem para adubo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.




COMEMORAÇÃO DO SANTO APÓSTOLO E EVANGELISTA MATEUS. 

Mateus, também chamado de Levi, era filho de Alfeu, e morava na cidade de Cafarnaum. O Santo Apóstolo era um cobrador de impostos quando o Senhor o avistara em Cafarnaum e lhe dissera: “Segue-me. E ele se levantou, e O seguiu” (Mateus 9:9). Mateus preparou uma recepção para o Senhor em sua casa e, assim, deu ocasião para que o Senhor falasse aos convidados as verdades sobre a Sua vinda à Terra. 
Depois de receber o Espírito Santo, Mateus ainda pregou na Palestina por muitos anos e, durante este período escreveu o seu Evangelho, o qual fora redigido orginalmente em língua aramaica e depois traduzido para o grego. O texto aramaico não sobreviveu, mas muitas das peculiaridades linguísticas e histórico-cultural da tradução grega dão indicações do mesmo. Depois da Palestina saiu a anunciar o Reino para os sírios, partos, medos e etíopes e, nas terras da Etiópia teve o seu martírio. 
A Etiópia era uma terra habitada por tribos canibais detentoras de costumes e crenças primitivas. Após haver convertido alguns dos canibais para a fé em Cristo, Mateus fundou a Igreja e construiu um templo na cidade de Mirmena, estabelecendo ali o seu companheiro Platon como bispo, retirando-se logo após para a solidão da oração em uma montanha, onde passou a orar fervorosamente pela conversão dos etíopes. 
Um dia - enquanto orava - o Senhor lhe aparecera na forma de um jovem. Dera-lhe um cajado e ordenara-lhe que o tal fosse plantado às portas da igreja. O Senhor lhe dissera que o bastão se transformaria numa árvore que daria muitos frutos, e que de suas raízes fluiria uma corrente de água vivificante. 
Os milagres operados com o bastão atraíram a esposa e o filho do governador da terra, Fulvian, os quais eram atormentados por espíritos imundos, e em nome de Cristo, o Santo Apóstolo os curou. Este milagre converteu um grande número de pagãos ao Senhor. Mas o governador não queria que seus súditos se tornassem cristãos e que deixassem de adorar os deuses pagãos. Fulvian acusou o Apóstolo de feitiçaria e deu ordens para executá-lo. Assim, enviou soldados para prendê-lo. Os soldados enviados voltaram ao príncipe dizendo que tinham ouvido a voz de Mateus, mas não podia vê-lo com os olhos. O príncipe, então, enviou uma segunda guarnição. Quando eles se aproximaram do Apóstolo, este resplandecera uma luz celestial tão forte que os soldados não conseguiam olhar para ele e, cheios de medo, jogaram suas armas e retornaram. Então, o príncipe foi pessoalmente até Mateus para executar a prisão. Mais uma vez, o Santo Apóstolo irradiara uma luz tão intensa que o príncipe imediatamente ficara cego. No entanto, o Santo Apóstolo tinha um coração compassivo, orou a Deus, e o príncipe teve sua visão restaurada. 
Infelizmente, os olhos espirituais de Fulvian permaneceram cegos, prendeu Mateus e o submeteu a torturas cruéis. Depois mandou que se fizesse uma grande fogueira, na qual o Santo Apóstolo fora amarrado de cabeça para baixo para ser queimado vivo. 
Quando o fogo fora deflagrado, então, todos começaram a perceber que o fogo não feria São Mateus. Então Fulvian deu ordens para adicionar mais lenha na fogueira, e nada do Apóstolo ser atingido. Fulvian, estando sob grande frenesi mandou que se pusessem doze ídolos ao redor do fogo. As chamas, depois de derreterem os ídolos, se voltaram contra Fulvian. O etíope grandemente assustado virou-se para o santo com uma súplica por misericórdia; e pela oração do mártir a chama se apagou. Logo após este milagre, Mateus expirou e partiu para o Senhor, e o seu corpo permaneceu ileso. 
Fulvian arrependeu-se profundamente de seu ato, mas ainda tinha dúvidas pairavam em seu coração. Certamente, à semelhança do Faraó do Egito à época de Moisés, ele não descartava a possibilidade de Mateus ser um grande feiticeiro (pois esta era a cultura, a da feitiçaria, na qual estivera inserido durante toda a sua vida). Assim, ordenou que se pusesse o corpo de São Mateus em um caixão de ferro e o jogasse ao mar, pois Fulvian, para dirimir suas dúvidas disse que se o Deus de Mateus preservasse o corpo do Apóstolo na água, como Ele o preservou no fogo, então ele estaria certo de que o Deus anunciado por Mateus era o Único, e que somente a Ele se deveria adorar. 
Naquela mesma noite, o Apóstolo Mateus aparecera ao Bispo Platon em um sonho, e ordenara-lhe ir com o clero para a costa do mar a fim de encontrar seu corpo que se achava lá. Também Fulvian Justos e sua comitiva acompanharam o bispo até a costa do mar. O caixão transportado pelas ondas fora levado para a igreja construída pelo Apóstolo. Então Fulvian implorou perdão do Santo Apóstolo Mateus; logo após o bispo Platon o batizou, dando-lhe o nome de Mateus, em obediência a uma revelação Divina. 
Fulvian, assim como fizera São Mateus nos tempos da coletoria, abdicou do seu cargo de governador e se tornou um presbítero. Com a morte do bispo Platon, o Apóstolo Mateus lhe aparecera, exortando-o a se tornar o Chefe da Igreja Etíope. Tendo-se tornado um bispo, Mateus (Fulvian), entregou-se fervorosamente à pregação da Palavra de Deus, continuando o trabalho de seu padroeiro celestial. 
Diz-se do Apóstolo e Evangelista Mateus que ele nunca comeu carne, mas apenas vegetais e frutas. 
Troparion - Modo 3 
Com zelo, seguiste Cristo, o Mestre, o Qual em Sua bondade apareceu na Terra para a humanidade. Chamando-te da coletoria, Ele te revelou que foste escolhido para ser apóstolo, proclamador do Evangelho ao mundo inteiro! Por isto, ó divinamente eloquente Mateus, honramos tua memória preciosa! Suplica ao misericordioso a remissão das transgressões de nossas almas.
Kondakion - Modo 4 
Ao te desprenderes do jugo fazendário para se submeter ao jugo da Justiça, tu te revelaste um excelente negociante, rico na sabedoria do Alto. Tu proclamaste a Palavra da Verdade, e com teus escritos, despertastes as almas indolentes para a hora do Juízo.




Nenhum comentário:

Postar um comentário