Ss. Tirso, Léucio, Kalinico, Apolônio, Ariano e Filêmon, mártires († séc. III)
Jejum da Natividade
(Peixe, azeite e vinho permitidos)
Jejum da Natividade
(Peixe, azeite e vinho permitidos)
Estes santos mártires viveram no século III e eram naturais de Bithynia na Capadócia. Todos de famílias distintas, eram humildes servidores do Senhor «na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido» (II Cor. 6,6). Eles se afastaram da agitação, o que não foi suficiente para se ocultarem da fama de homens muito caridosos, o que os tornou conhecidos. O prefeito Kombrikios, um fanático idólatra, percebendo que se tornavam cada vez mais conhecidos e procurados, de muitas formas tentou pôr limites ao trabalho que realizavam, o que levou Léucio ir conversar com ele e solicitar sua benevolência para com eles. Após lhe ter ouvido, Kombrikios o condenou a morte, e na manhã do dia seguinte Léucio foi decapitado do lado de fora da cidade. Tal acontecimento entristeceu os cristãos, porém aumentou o fervor dos seguidores de Cristo. Depois de dois dias, outro cristão chamado Tirso, foi à presença do prefeito e, destemidamente lhe admoestou: «a idolatria é um erro e Cristo será, finalmente, vencedor». Estas e outras palavras sábias proferidas por Tirso foram ouvidas por um sacerdote idólatra de nome Calinico que, depois, se converteu ao cristianismo após ter iluminada sua alma. O prefeito ordenou que ambos fossem decapitados.
Efésios 2:11-13
Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
Lucas 14:1-11
Aconteceu num sábado que, entrando ele em casa de um dos principais dos fariseus para comer pão, eles o estavam observando. E eis que estava ali diante dele um certo homem hidrópico. E Jesus, tomando a palavra, falou aos doutores da lei, e aos fariseus, dizendo: É lícito curar no sábado? Eles, porém, calaram-se. E, tomando-o, o curou e despediu. E respondendo-lhes disse: Qual será de vós o que, caindo-lhe num poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo? E nada lhe podiam replicar sobre isto. E disse aos convidados uma parábola, reparando como escolhiam os primeiros assentos, dizendo-lhes:
Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu; e, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar. Mas, quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa. Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.
Existem duas classes de humildade, assim como existem duas classes de orgulho: a primeira classe de orgulho consiste em desprezar ao seu irmão, não o levando em consideração, como se não fosse nada, e em crer-se superior a ele. Se não tratamos imediatamente de vigiar-nos com rigor, cairemos pouco a pouco na segunda espécie que consiste em exaltar-se diante do próprio Deus e atribuir suas boas obras a si mesmo e não a Deus... Devemos lutar contra a primeira classe de orgulho, para não cair lentamente no orgulho total.
Existe também um orgulho mundano e um orgulho monástico. O mundano consiste em crer-se mais do que seu irmão por ser mais rico, mais belo, melhor vestido ou mais nobre do que ele. Quando percebemos que nos gloriamos nestas coisas, ou que nosso monastério seja maior ou mais rico ou mais numeroso, saibamos que ainda estamos no orgulho mundano. O mesmo acontece quando nos vangloriamos de qualidades naturais, por exemplo: ter uma bela voz ou salmodiar bem, ou ser hábil ou de trabalhar e servir corretamente. Estes motivos são mais elevados que os primeiros, embora ainda se trate de orgulho mundano.
O orgulho monástico consiste em gloriar-se de suas vigílias, de seus jejuns, de sua piedade, de suas observações, de seu zelo, assim como em humilhar-se por vaidade. Tudo isso é orgulho monástico. Se não podemos evitar de orgulhar-nos, convém que este orgulho recaia sobre coisas monásticas e não mundanas. Explicamos, então, qual é a primeira espécie de orgulho e qual a segunda; também temos definido o orgulho mundano e o orgulho monástico. Mostremos agora quais são as espécies de humildade.
A primeira consiste em considerar ao seu irmão como mais inteligente que a si mesmo e superior em tudo; a saber, como dizia um santo: “Colocar-se abaixo de todos”.
A segunda espécie de humildade consiste em atribuir a Deus as boas obras. Essa é a perfeita humildade dos santos. Ela nasce naturalmente na alma como consequência da prática dos mandamentos. De fato, olhemos, irmãos, às árvores carregadas de frutos: São os frutos que fazem curvar e baixar os galhos. Ao contrário, o galho que não tem frutos se ergue no espaço e cresce direito. Inclusive há certas árvores cujos galhos não dão frutos enquanto se mantêm erguidos para o céu, porém, se lhes coloca uma pedra para orientá-los para baixo, então dão fruto. O mesmo acontece com a alma: quando se humilha dá fruto, e quanto mais produz, mais se humilha. Porque quanto mais se aproxima de Deus, mais pecadora se vê.
Ó Senhor e Mestre da minha vida, afasta de mim o espírito de preguiça, o espírito de desânimo, o desejo de poder e a vâ loquacidade.
Mas concede a mim, Teu servo, o espírito da castidade, da humildade, da paciência e do amor.
Sim, Senhor e Rei, concede-me que eu veja as minhas faltas e não julgue meus irmãos. Pois tu és bendito pelos séculos dos séculos.
Amém.
Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
Lucas 14:1-11
Aconteceu num sábado que, entrando ele em casa de um dos principais dos fariseus para comer pão, eles o estavam observando. E eis que estava ali diante dele um certo homem hidrópico. E Jesus, tomando a palavra, falou aos doutores da lei, e aos fariseus, dizendo: É lícito curar no sábado? Eles, porém, calaram-se. E, tomando-o, o curou e despediu. E respondendo-lhes disse: Qual será de vós o que, caindo-lhe num poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo? E nada lhe podiam replicar sobre isto. E disse aos convidados uma parábola, reparando como escolhiam os primeiros assentos, dizendo-lhes:
Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu; e, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar. Mas, quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa. Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.
REFLEXÃO
São Doroteu de Gaza (séc. VI)
Existem duas classes de humildade, assim como existem duas classes de orgulho: a primeira classe de orgulho consiste em desprezar ao seu irmão, não o levando em consideração, como se não fosse nada, e em crer-se superior a ele. Se não tratamos imediatamente de vigiar-nos com rigor, cairemos pouco a pouco na segunda espécie que consiste em exaltar-se diante do próprio Deus e atribuir suas boas obras a si mesmo e não a Deus... Devemos lutar contra a primeira classe de orgulho, para não cair lentamente no orgulho total.
Existe também um orgulho mundano e um orgulho monástico. O mundano consiste em crer-se mais do que seu irmão por ser mais rico, mais belo, melhor vestido ou mais nobre do que ele. Quando percebemos que nos gloriamos nestas coisas, ou que nosso monastério seja maior ou mais rico ou mais numeroso, saibamos que ainda estamos no orgulho mundano. O mesmo acontece quando nos vangloriamos de qualidades naturais, por exemplo: ter uma bela voz ou salmodiar bem, ou ser hábil ou de trabalhar e servir corretamente. Estes motivos são mais elevados que os primeiros, embora ainda se trate de orgulho mundano.
O orgulho monástico consiste em gloriar-se de suas vigílias, de seus jejuns, de sua piedade, de suas observações, de seu zelo, assim como em humilhar-se por vaidade. Tudo isso é orgulho monástico. Se não podemos evitar de orgulhar-nos, convém que este orgulho recaia sobre coisas monásticas e não mundanas. Explicamos, então, qual é a primeira espécie de orgulho e qual a segunda; também temos definido o orgulho mundano e o orgulho monástico. Mostremos agora quais são as espécies de humildade.
A primeira consiste em considerar ao seu irmão como mais inteligente que a si mesmo e superior em tudo; a saber, como dizia um santo: “Colocar-se abaixo de todos”.
A segunda espécie de humildade consiste em atribuir a Deus as boas obras. Essa é a perfeita humildade dos santos. Ela nasce naturalmente na alma como consequência da prática dos mandamentos. De fato, olhemos, irmãos, às árvores carregadas de frutos: São os frutos que fazem curvar e baixar os galhos. Ao contrário, o galho que não tem frutos se ergue no espaço e cresce direito. Inclusive há certas árvores cujos galhos não dão frutos enquanto se mantêm erguidos para o céu, porém, se lhes coloca uma pedra para orientá-los para baixo, então dão fruto. O mesmo acontece com a alma: quando se humilha dá fruto, e quanto mais produz, mais se humilha. Porque quanto mais se aproxima de Deus, mais pecadora se vê.
ORAÇÃO
Ó Senhor e Mestre da minha vida, afasta de mim o espírito de preguiça, o espírito de desânimo, o desejo de poder e a vâ loquacidade.
Mas concede a mim, Teu servo, o espírito da castidade, da humildade, da paciência e do amor.
Sim, Senhor e Rei, concede-me que eu veja as minhas faltas e não julgue meus irmãos. Pois tu és bendito pelos séculos dos séculos.
Amém.
Santo Efrem, o Sírio
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