terça-feira, 15 de outubro de 2019

18ª Terça-feira Depois de Pentecostes

15 de Outubro de 2019 (CC) / 02 de Outubro (CE)
São Cipriano († 257); Mártires Justina, Virgem e Theoctis de Nicomedia (†304);
André, Louco por Cristo; Repouso da Princesa Ana de Kashinsk; 
Monge Cassiano, o Grego de Uglich; Mártires Davi e Constantino, Príncipes de Gruzia; Teófilo, o Confessor.
Tom 8

São Cipriano era um pagão, nativo de Antioquia. Ainda em primeira infância foi entregue por seus equivocados pais para o serviço aos deuses pagãos. A partir dos sete anos até os trinta anos, Cipriano estudou nos centros mais destacados do paganismo - no Monte Olimpo, nas cidades de Argos e Taurópolis, na cidade egípcia de Memphis e na Babilônia. Tendo alcançado sabedoria eminente na filosofia pagã e no ofício de feiticeiro, foi consagrado no Olimpo ao sacerdócio pagão. Tendo descoberto grande poder pela invocação de espíritos imundos, viu o próprio príncipe das trevas e conversou com ele e recebeu dele uma série de demônios presentes.

Ao retornar a Antioquia, Cipriano tornou-se reverenciado pelos pagãos como um eminente sacerdote. As pessoas se maravilhavam com sua habilidade em realizar feitiços, convocar pestilência e pragas e invocar os mortos. O poderoso padre pagão trouxe muitas almas humanas para se arruinar, ensinando magias e serviço aos demônios.

Mas nessa cidade vivia uma cristã - a Virgem Justina. Tendo desviado o próprio pai e a mãe do erro pagão e os levando à verdadeira fé em Cristo, ela se dedicou ao Noivo Celestial e passou seu tempo em jejum e oração, permanecendo virgem.

Quando o jovem Agalides lhe propôs casamento, a Santa respondeu com uma recusa. Agalides virou-se para Cipriano e buscou sua ajuda para fazer um feitiço que fizeste Justina aceitar o casamento. Mas, não importava o que Cipriano tentasse, nada conseguia realizar, uma vez que a Santa, por suas orações e jejum, destruía todas as ciladas do diabo. Cipriano lançou demônios sobre a santa virgem, tentando despertar nela as paixões carnais, mas Justina as dissipava pelo poder do Sinal da Cruz e pela fervorosa oração ao Senhor. Mesmo um dos príncipes demoníacos e do próprio Cipriano, os quais assumindo várias formas pelo poder da feitiçaria, não conseguiram influenciar Santa Justina, protegida por sua firme fé em Cristo. Todos os feitiços se dissipavam e os demônios fugiam do mero olhar ou mesmo da menção do nome da Santa.

Cipriano, enfurecido, enviou pestilência e praga sobre a família de Justina e sobre toda a cidade, mas isso foi estancado por sua oração. A alma de Cipriano, corrompida por seu poder sobre as pessoas e por seus encantamentos, desceu até às profundezas do abismo, onde estava Satanás, aquele a quem ele servia, e disse-lhe:

«Se você cai ante a mera sombra da Cruz e o Nome de Cristo, de fato, faz você tremer, então, o que você fará, quando o Próprio Cristo estiver na sua frente?» 

O diabo então se atirou sobre o sacerdote pagão que estava no processo de repudiá-lo, e começou a vencê-lo e estrangulá-lo. São Cipriano primeiro provou em si mesmo o poder do Sinal da Cruz e do Nome de Cristo, protegendo-se da fúria do inimigo. Depois, com profundo arrependimento, foi ao Bispo local, Anthymos, e consignou todos os seus livros para as chamas.

Por seu esforço em seguir uma forma justa de vida, São Cipriano discerniu o grande poder da fé fervorosa em Cristo e se redimiu de seu serviço de mais de trinta anos para Satanás: sete dias depois do batismo ele foi ordenado leitor, no décimo segundo dia, sub- diácono, no trigésimo, diácono; e depois de um ano foi ordenado sacerdote. E em pouco tempo, São Cipriano foi elevado à dignidade do bispo. São Cipriano converteu a Cristo tantos pagãos, que em sua diocese não havia mais ninguém para oferecer sacrifício aos ídolos, e seus templos pagãos caíram em desuso. Santa Justina retirou-se para um mosteiro e lá foi eleita Higúmena (Abadessa).

Durante o tempo da perseguição contra os cristãos sob o Imperador Diocleciano, São Cipriano e a Higúmena Justina foram presos e levados a Nicomédia, onde, depois de torturas ferozes, foram decapitados com a espada. Theoctis, o soldado, olhando para os sofrimentos sem culpa dos santos, declarou-se cristão e foi executado junto com eles. O Hieromártir Cipriano e os Santos Mártires Justina e Theoctis morreram em Nicomédia, no ano 304.

Conhecendo a milagrosa conversão a Cristo do santo Hieromártir Cipriano, ex-servo do príncipe das trevas e que pela fé quebrou seu domínio, os cristãos frequentemente recorrem à oração intercessora do santo em sua luta com os espíritos imundos.
Abençoado André, Louco por Amor a Cristo 
O abençoado André, Louco por Amor a Cristo, era um eslavo que morava em Constantinopla no século X. Desde os primeiros anos, amou a Igreja de Deus e as Sagradas Escrituras. Uma vez teve uma visão durante o sonho, na qual o Santo via dois exércitos. Em um estavam homens com roupas radiantes, no outro, demônios negros e ferozes. Um anjo de Deus, que guardava nas mãos coroas maravilhosas, disse a André que essas coroas não eram adereços do mundo terrenal, mas, sim, um tesouro celestial, com o qual o Senhor recompensa seus guerreiros, vitorioso sobre as hordas das trevas.

«Prossiga com essa boa ação», disse o anjo a André. «Seja um louco por amor a Mim e muito você receberá no dia do Meu Reino». 

O Santo percebeu que era o Próprio Senhor a convocá-lo para tal ação. E a partir desse momento, André começou a andar pelas ruas com trapos, como se sua mente se tornasse confusa. Por muitos anos, o Santo sofreu zombarias e insultos. Com indiferença, padeceu golpes, fome e sede, frio e calor, implorando esmolas e entregando-as a outros dos pobres. Por sua grande abstenção e humildade, o Santo recebeu do Senhor o dom da profecia e da perspicácia, salvando muitos dos perigos da alma e desmascarou muitas impiedades.

Durante uma época de oração na igreja de Blakhernae, Santo André obteve a graça de contemplar a Mãe de Deus com o seu Homofórion, velando por todos que ali oravam (episódio comemorado em 1 de outubro). O abençoado André faleceu no ano de 936.

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

Efésios 5:20-26

20 sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, 21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. 22 Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; 23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. 24 Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos. 25 Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, 26 a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra...

Lucas 6:37-45

Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão. Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo. E dizia-lhes uma parábola: Pode porventura o cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova? O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão. Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.

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