quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

34ª Quinta-feira Depois de Pentecostes

06 de Fevereiro de 2020 (CC) - 24 de Janeiro (CE)S. 
Xênia de Roma, monja († séc. V);
Xênia, de São Petersburgo, Louca de Cristo (Séc. XVIII)
Tom 8

Santa Xênia era filha única do ilustre senador romano, Eusébio. Embora ainda muito jovem, decidiu permanecer virgem e para evitar o casamento, partiu rumo a Alexandria, juntamente com dois escravos. Uma vez lá, convenceu a seus acompanhantes de a chamarem Xênia, que em grego significa «peregrina», dificultando assim ser encontrada. 
Quando se encontrou com o abade do Monastério do Santo Apóstolo André, na cidade de Mileto (em Caria), ela me pediu para que a levasse, juntamente com seus acompanhantes, à cidade de Milas. Xênia comprou um terreno e construiu uma igreja dedicada a Santo Estevão, organizando junto um monastério para mulheres. Logo, por sua vida exemplar, o bispo de Milas a elevou à dignidade de diaconisa. Verdadeiramente, Xênia levava uma vida angelical. Amava a todos, prestava ajuda a todos na medida do que lhe era possível. Era uma benfeitora dos pobres, consolava os aflitos e sofredores e, para os pecadores, uma mãe espiritual. Por sua profunda humildade, se considerava a si mesma como a pior e a mais pecadora de todos. Santa Xênia ajudou a salvar muitas almas. Ele morreu na segunda metade do século V. Durante a sua morte, ocorreram sinais miraculosos.

Xênia, de São Petersburgo, Louca de Cristo  

Nasceu por volta de 1730 e, muito jovem, se casou com um coronel do exército chamado Andrei, um homem bonito e atormentado que gostava de vida mundana. 
Quando tinha vinte e seis anos, seu marido morreu de repente depois de beber com seus amigos, deixando Xênia uma viúva sem filhos. Logo depois, ela distribuiu todas as suas posses e desapareceu de São Petersburgo por oito anos; acredita-se que ela passou o tempo em um eremitério, ou mesmo em um mosteiro, aprendendo os caminhos da vida espiritual. Quando voltou para São Petersburgo, ela pareceu ter perdido o motivo de viver: vestia-se com o casaco do exército do marido e só respondia ao nome dele. Xênia passou a morar na rua, vagando pelas vias da cidade, zombada e abusada por muitos. Ela recebia esmolas de pessoas de caridade, mas imediatamente as entregava aos pobres; sua única comida vinha das refeições que às vezes aceitava daqueles que a conheciam. À noite, se retirava para um campo fora da cidade onde se ajoelhsvs em uma oração até a manhã. 
Lentamente, as pessoas da cidade observaram sinais de uma santidade que subjazia sua vida aparentemente perturbada: ela mostrou um dom de profecia, e sua própria presença quase sempre provava ser uma benção. O Synaxarion diz: 
"A bênção de Deus parecia acompanhá-la onde quer que ela fosse... Então, a compaixão, em pouco tempo, deu lugar à veneração, e as pessoas geralmente a consideraram como o verdadeiro anjo da guarda da cidade ".


Oração Antes de Ler as Escrituras 
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

1 Pedro 4:12-5:5

12 Amados, não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse; 13 mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis. 14 Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus. 15 Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios; 16 mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus neste nome. 17 Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus?  18 E se para o justo é difícil ser salvo, onde comparecerá o ímpio pecador? 19 Portanto os que sofrem segundo a vontade de Deus confiem as suas almas ao fiel Criador, praticando o bem. 1 Aos presbíteros, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou presbítero com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: 2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; 3 nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória. 5 Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
   
Marcos 12:38-44

38 E prosseguindo ele no seu ensino, disse: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas, e das saudações nas praças,  39 e dos primeiros assentos nas sinagogas, e dos primeiros lugares nos banquetes, 40 que devoram as casas das viúvas, e por pretexto fazem longas orações; estes hão de receber muito maior condenação.  41 E sentando-se Jesus defronte do cofre das ofertas, observava como a multidão lançava dinheiro no cofre; e muitos ricos deitavam muito. 42 Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou dois leptos[1], que valiam um quadrante. 43 E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no cofre; 44 porque todos deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento.

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O ENSINO DOS SANTOS PADRES

“Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”

Amadíssimos, que ninguém se vanglorie dos pequenos méritos de uma vida boa se lhe faltarem as obras de caridade; nem se refugie na falsa segurança de sua pureza corporal, quem não busca a sua purificação na esmola.

A esmola apaga o pecado, mata a morte e extingue a pena do fogo eterno. Mas quem estiver desprovido do fruto da esmola, também não poderá receber a indulgência do remunerador, pois diz Salomão: Quem fecha os ouvidos ao clamor do necessitado, não será escutado quando grite. Por isso Tobias dizia ao seu filho, incutindo-lhe os preceitos da piedade: Dá esmola dos teus bens e não sejas mesquinho. Se vês um pobre, não desvies o teu rosto, e Deus não afastará sua face de ti.

Esta virtude torna úteis todas as outras virtudes: sua união vivifica a própria fé, da qual o justo vive, e que, se não tem obras, é considerada morta: mas se é verdade que a fé é a razão de ser das obras, não é menos que as obras são a força da fé. Por isso, como diz o apóstolo, enquanto temos oportunidade, trabalhemos pelo bem de todos, especialmente pelo bem da família da fé. Não nos cansemos de fazer o bem, que, se não esmorecermos, no tempo certo colheremos.

A vida presente é tempo de semeadura, e o dia da retribuição é tempo de colheita, quando cada um recolherá uma colheita proporcionada à quantidade da semeadura. Ninguém ficará defraudado do rendimento desta messe, pois ali se atenderá tanto o volume das contribuições como a qualidade das intenções; de maneira que se equipararão os pequenos donativos procedentes de escassos rendimentos e os suntuosos de fortunas imensas.

Em consequência, amadíssimos, acatemos o que foi estabelecido pelos apóstolos. E como no próximo domingo terá “lugar a coleta, disponham-vos para a voluntária devoção, para que cada um coopere, segundo as suas possibilidades, para a sacratíssima oblação. Vossas próprias esmolas serão uma oração em vosso favor, assim como para aqueles a quem ajudareis com vossa generosidade. Assim estareis disponíveis para toda boa iniciativa, em Cristo Jesus, nosso Senhor, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.

São Gregório, o Grande, Papa de Roma, Séc. VII

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