02 de Outubro de 2020 (CC) / 19 de Setembro (CE)
Pós-festa da Exaltação da Cruz
Ss.Trófimo, Sabácio e Dorimedonte, mártires († 277)
Tom 7
Pós-festa da Exaltação da Cruz
Ss.Trófimo, Sabácio e Dorimedonte, mártires († 277)
Tom 7
Estes mártires viveram por volta do ano 278, na época do Governador de Antioquia, Heliodoro. Quando Trófimo e Sabácio se encontravam em Antioquia, vendo que aquela gente levava uma vida de licensiosidade e pecado, prestando culto a Apolo, de pronto passaram a mostrar o quanto aquilo tudo era pecaminoso. Por causa disso foram presos e logo conduzidos ao tribunal para serem julgados. Lá professaram corajosamente a sua fé cristã. O Governador, tendo ouvido tais declarações de fé, ordenou que os santos fossem açoitados.
Tal execução se deu com tamanha crueldade que os carnífices chegavam a cortar em pedaços os corpos dos santos. Sabácio não resisitiu aos muitos ferimentos e entregou seu espírito a Deus. Piores sofrimentos esperavam por Trófimo que, tendo suportado todos os martírios, foi depois jogado na prisão, onde recebeu a visita de Dorimedon, um homem público que, presenciando os seus sofrimentos, acabou por converter-se também à Fé Cristã. Quando o Governador tomou conhecimento do fato, ordenou que as torturas fossem aplicadas ainda com maior rigor. Mais tarde, os dois foram jogados aos animais famintos que se encontravam no anfiteatro. No entanto, os animais permaneceram tranquilos como cordeiros, cumprindo-se assim o que dizem as Escrituras:
«Pela fé conquistaram reinos, fizeram justiça e alcançaram o prometido; fecharam a boca de leões» (Hb 11,33).
Os carnífices, vendo que as feras não se moviam, decidiram decapitar Trófimo e Dorimedonte.
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Efésios 4:17-25
17 Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que não mais andeis como andam os gentios, na futilidade das suas mentes, 18 entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; 19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, entregaram-se à lascívia para cometerem com avidez toda sorte de impureza. 20 Mas vós não aprendestes assim a Cristo. 21 se é que o ouvistes, e nele fostes instruídos, conforme é a verdade em Jesus, 22 a despojar-vos, quanto ao procedimento anterior, do velho homem, que se corrompe pelas concupiscência do engano; 23 a vos renovar no espírito da vossa mente; 24 e a vos revestir do novo homem, que segundo Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade. 25 Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros.
Marcos 12:1-12
1 Então começou Jesus a falar-lhes por parábolas. Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou um lagar, e edificou uma torre; depois arrendou-a a uns lavradores e ausentou-se do país. 2 No tempo próprio, enviou um servo aos lavradores para que deles recebesse do fruto da vinha. 3 Mas estes, apoderando-se dele, o espancaram e o mandaram embora de mãos vazias. 4 E tornou a enviar-lhes outro servo; e a este feriram na cabeça e o ultrajaram. 5 Então enviou ainda outro, e a este mataram; e a outros muitos, dos quais a uns espancaram e a outros mataram. 6 Ora, tinha ele ainda um, o seu filho amado; a este lhes enviou por último, dizendo: A meu filho terão respeito. 7 Mas aqueles lavradores disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e a herança será nossa. 8 E, agarrando-o, o mataram, e o lançaram fora da vinha. 9 Que fará, pois, o senhor da vinha? Virá e destruirá os lavradores, e dará a vinha a outros. 10 Nunca lestes esta escritura: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; 11 pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos? 12 Procuravam então prendê-lo, mas temeram a multidão, pois perceberam que contra eles proferira essa parábola; e, deixando-o, se retiraram.
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ENSINO DOS SANTOS PADRES
“Sobre o Juízo Pronunciado Pelo Pai”
Laborioso era para o Verbo assumir a nossa condição humana e descer até a nossa insignificância. Porém – disse –, meu direito o leva o Senhor e meu salário meu Deus o tem. O Pai conhece as fadigas que passei para salvá-los. Portanto, também ele já pronunciou o seu juízo.
Queres conhecer o juízo do Pai e qual é a sentença ditada contra eles? Escuta o que o Salvador diz aos responsáveis judeus: Havia um proprietário que plantou uma vinha, a cercou, cavou nela um lagar, construiu a torre de guarda, a arrendou para alguns lavradores e viajou. E pouco depois acrescenta: enviou os seus criados para receberem os frutos que lhe cabiam, e todos foram maltratados. Então, quando finalmente enviou também ao seu próprio filho, conspiraram contra ele e disseram entre si: Este é o herdeiro: vinde, o matemos e fiquemos com a sua herança. E realmente o mataram.
Depois de ter-lhes proposto esta parábola, o Senhor toma novamente a palavra e lhes pergunta: Quando voltar o Senhor da vinha, que “fará com aqueles lavradores? Responderam-lhe: Matará violentamente a esses malvados e arrendará a vinha para outros lavradores que lhe entreguem os frutos ao seu tempo. Ao que Cristo lhes disse: Por isso eu vos digo: O Reino dos Céus vos será tirado e se dará a um povo que produza seus frutos. O que, por fim, aconteceu.
Realmente, as vinhas foram colocadas sob o cuidado de outros vinhateiros, lavradores peritos, isto é, os discípulos do Senhor. Sob sua custódia, as nuvens fizeram cair a chuva, mas com a ordem expressa de não regar doravante a vinha dos judeus. Graças a eles, Cristo pode vindimar não espinhos, mas uvas. E realmente aprendemos a dizer: O Senhor nos dará a chuva e nossa terra dará o seu fruto.”
“Alguém também poderia sugerir esta outra explicação: Que o Pai tinha muito presente os trabalhos do Filho, e que por isso pronunciou um juízo justo. Observa novamente comigo a força das palavras e considera a economia divina, que o sapientíssimo Paulo nos explica por sua vez, dizendo: Sendo o Filho de divina condição idêntico ao Pai, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus; ao contrário, despojou-se de sua divina condição, fazendo-se obediente ao Pai até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o elevou acima de tudo e lhe concedeu o nome acima de todo nome, para que ao seu nome se dobre todo joelho.
Porque o Verbo era e é Deus; porém, depois de ser proclamado homem e sê-lo verdadeiramente, ascendeu a sua glória com seu próprio corpo. Foi, de fato, reconhecido como Deus, e não se cansou em vão, pois esta economia de salvação redundou em sua glória, já que não fez dele um ser extraordinário e estranho, mas o assinalou como Salvador e Redentor do mundo. Notório o que ocorreu: que o céu, a terra e até o abismo caíssem de joelhos diante dele.”
São Cirilo, Patriarca de Alexandria, (séc. V)
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