08 de Outubro de 2020 (CC) / 25 de Setembro (CE)
Santa Eufrosina de Alexandria; Caian; Finbar, 1º Bispo de Cork; Pafnúcio, o Egípcio e 546 Mártires; Repouso de São Sérgio de Radonezh, o Milagroso e de seus Discípulos Monges Atanásio e Teodósio; Eufrosina de Suzdal; Traslado das Santas Relíquias de Germano, Arcebispo de Kazan; Santo Ícone da Mãe de Deus, Evangelistria.
Tom 8
Eufrosina era filha única de uma família muito rica. Seu pai, Pafnúcio, era um dos homens mais ricos da cidade de Alexandria e, com sua esposa, distinguiam-se por sua fé em Cristo. Aos doze anos Eufrosina ficou órfã de sua mãe, e seu pai passou a se dedicar inteiramente ao cuidado e educação da filha.
Aos 18 anos de idade, Pafnúcio, quis desposá-la com um jovem da alta sociedade. Entretanto, a alma de Eufrosina já havia compreendido o amor de Deus, e o casamento seria um sério obstáculo para a sua vida espiritual e seu serviço aos necessitados.Certo dia, repartiu todos os seus bens com os pobres, saiu silenciosamente de sua casa disfarçada de homem e procurou abrigo num mosteiro. A Santa era muito admirada por sua luta espiritual e por sua predisposição ao trabalho. Viveu no mosteiro durante 38 anos, e ao final de seus dias se reencontrou com seu pai que, mais tarde, seria também consagrado monge. Assim, a vida de Eufrosina nos recorda as palavras do Evangelho que nos diz:
«Veio para nos ensinar a renunciar à impiedade e às paixões mundanas, e a viver neste mundo com toda sobriedade, justiça e piedade» (Tt 2, 12) .
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Efésios 5:33-6:9
33 Todavia, também vós, cada um em particular, assim ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie a seu marido. 1 Vós, crianças, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 2 Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), 3 para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. 4 E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os no ensino e admoestação do Senhor. 5 Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, 6 não servindo somente à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus, 7 servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens. 8 Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do Senhor todo bem que fizer. 9 E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor tanto deles como vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas.
Lucas 4:16-22
18 «O Espírito do Senhor é sobre mim,
Pois que me ungiu para evangelizar os pobres.
Enviou-me a curar os quebrantados de coração,
A pregar liberdade aos cativos,
E restauração da vista aos cegos,
A pôr em liberdade os oprimidos,
19 A anunciar o ano aceitável do Senhor.»
20 E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. 21 Então começou a dizer-lhes: «Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.» 22 E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: «Não é este o filho de José?»
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Homilia
Em verdade vos digo que nenhum profeta é aceito em sua pátria. A inveja nunca se manifesta moderadamente: esquecendo o amor, converte em ódios cruéis as causas do amor. Tu esperas em vão o bem da misericórdia celestial, se não queres os frutos da virtude nos outros; pois Deus despreza aos invejosos e retira as maravilhas de seu poder aos que maltratam noutros os benefícios divinos. Os atos do Senhor em sua carne são a expressão de sua divindade, e o que nele é invisível se revela a nós pelas coisas visíveis.
O Senhor se desculpa de não ter realizado milagres em sua pátria, para que ninguém pense que o amor à pátria deva ser pouco estimado por nós: Ele, amando a todos os homens, não podia deixar de amar aos seus compatriotas. Porém, foram eles os que, por inveja, renunciaram ao amor de sua pátria. Realmente, o amor não é invejoso, nem orgulhoso. Contudo, este país não é privado dos benefícios de Deus. De fato, qual milagre maior ocorreu nela além do nascimento de Cristo? Veja, então, quais os danos que o ódio causa: por causa dele a pátria é julgada indigna, na qual ele poderia agir como cidadão, depois de ter sido achada digna de vê-lo nascer no seu seio como Filho de Deus...
Ao ouvir estas palavras, todos os que estavam na sinagoga se enfureceram e, levantando-se, o levaram para fora da cidade... Quando Jesus distribuía seus benefícios entre os homens, eles o enchiam de injúrias. Não é surpreendente que, tendo eles perdido a salvação, quisessem desterrar de seu território o Salvador. O Senhor modera-se em sua conduta: Com seu exemplo ensinou aos apóstolos ser tudo para todos: não despreza aos de boa vontade nem constrange aos recalcitrantes; quando é expulso não resiste, nem está ausente de quem o invoca. Da mesma forma, em outra ocasião, aos gerasenos, não podendo suportar os seus milagres, os deixa como enfermos e ingratos.
Entende ao mesmo tempo em que sua paixão em seu corpo não foi imposta, mas voluntária; não foi aprisionado pelos judeus, mas livremente se ofereceu. Quando quer é preso; quando quer, cai; quando quer, é crucificado; quando quer, ninguém o retém. Nesta ocasião subiu ao alto da “montanha para ser precipitado; porém desceu no meio deles, e aqueles espíritos furiosos mudaram repentinamente ficando estupefatos, porque ainda não tinha chegado a hora de sua paixão.
Ele queria mais salvar aos judeus do que perdê-los, a fim de que o resultado ineficaz de seu furor os fizesse renunciar a querer o que não podiam realizar. Observa, portanto, que aqui ele obra por sua divindade e ali se entrega voluntariamente. De fato, como pode ser preso por um punhado de homens se antes uma multidão não pode fazê-lo? Porém, ele não quis que o sacrilégio fosse obra de muitos, para que o ódio da cruz recaísse sobre alguns: foi crucificado por alguns, mas morreu por todo o mundo.
Santo Ambrósio, bispo de Milão (séc. IV)
Tratado ao Evangelho de São Lucas 4,46.55-56
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