11 de Dezembro de 2022 (CC) / 28 de Novembro (CE)
Santo Mártir Estevão, o Novo Confessor, monge († 764); Mártir Irenarco e 7 mulheres Mártires
Jejum da Natividade
Tom 1
Um dos mais célebres mártires da perseguição iconoclasta, Santo Estevão, o Jovem, nasceu em Constantinopla. Aos 15 anos foi confiado por seus pais aos monges do Monastério de Santo Auxêncio, não muito distante de Calcedônia. Lá recebeu o ofício de comprar as provisões para o monastério. Quando seu pai faleceu, Estevão precisou ir à Constantinopla. Lá, aproveitou para vender todas as suas posses, repartindo com os pobres o dinheiro resultante da venda. Uma de suas irmãs já era religiosa. A outra partiu para Bitínia com sua mãe, retirando-se, ambas, num monastério. Ao morrer o abade João. Estêvão, com apenas 30 anos, foi eleito para sucedê-lo em seu posto. O monastério era constituído por uma série de celas isoladas, espalhadas pela montanha. O novo abade se estabeleceu numa caverna localizada em seu topo. Ali, uniu trabalho e oração, ocupando-se em copiar livros e confeccionar redes. Alguns anos mais tarde, Estevão renunciou ao cargo e, num lugar ainda mais retirado construiu uma cela tão pequena que, sequer podia estar de pé em seu interior nem se deitar sem se encostar em suas paredes. Encerrou-se nesta espécie de sepulcro até seus 42 anos de idade.
O Imperador Constantino Coprônimo, seguiu com as perseguições que se pai Leo havia declarado às imagens. Como já era de se esperar, encontrou nos monastérios a oposição mais forte que podia esperar, e contra eles, portanto, adotou as medidas mais rigorosas. O Imperador estava tentando assinar o decreto promulgado pelos bispos no sínodo iconoclasta de 754 dC. Patrício Calixto fez uma tentativa de convencer o santo a assiná-lo, mas fracassou na empresa. Constantino, furioso ao ver a assinatura de Santo Estêvão, enviou Calixto com um grupo de soldados para que arrancassem o santo de sua cela e o conduzisse à prisão. Estêvão achava-se já tão exausto, que os soldados tiveram de carrega-lo até o topo da montanha. Algumas testemunhas acusaram Santo Estêvão de ter vivido com sua filha espiritual, a santa viúva Anna. Anna protestou, afirmando sua inocência e, tendo negado a testemunhar contra o santo, como lhe pedia o Imperador, foi encarcerada num monastério onde morreu pouco depois em decorrência dos maus tratos sofridos.
O Imperador, que buscava um novo pretexto para condenar Estêvão à morte, surpreendeu-lhe quando conferia o hábito a um noviço, o que estava proibido. Imediatamente os soldados dispersaram os monges e incendiaram o monastério e a igreja. Santo Estêvão foi aprisionado e conduzido num navio a um monastério de Crisópolis onde foi julgado por Calixto e alguns outros bispos. No início, foi tratado com cordialidade, não tardando, porém, a ser maltratado com brutalidade. O santo lhes perguntou como se atreviam qualificar de ecumênico um concílio não aprovado por outros patriarcas, defendendo com coragem e firmeza a veneração das imagens sagradas. Por isso, foi desterrado para a Ilha de Proconeso de Propôntide. Dois anos mais tarde, Constantino Coprônimo mandou que fosse transferido para uma prisão em Constantinpla. Alguns dias depois Santo Estêvão comparecia diante do Imperador que lhe perguntou se acreditava mesmo que pisotear uma imagem era o mesmo que pisotear Cristo. Estevão respondeu:«Claro que não!»E tomando uma moeda perguntou ao Imperador que castigo merecia o que pisoteasse a imagem do Imperador que havia nela. Só pensar num crime desta natureza provocou visível indignação no Imperador. Então, Estêvão voltou a perguntá-lo:«De modo que, é crime insultar a imagem do rei da terra, mas não o é atear fogo às imagens do Rei do Céu?»O Imperador então ordenou que Estêvão fosse açoitado, o que seus carrascos cumpriram com violência extrema. Sabendo que Estêvão não tinha morrido no suplício, Constantino exclamou:«Será que não existe quem seja capaz de me livrar desse monge?»Imediatamente um dos que estavam presentes correu ao cárcere e arrastou o santo pelas ruas da cidade, sendo apedrejado e açoitado pela multidão, até que um homem atingiu sua cabeça, destrocando-a mortalmente.
Santo Irenarco de Sebaste
O Santo Mártir Irenarchus era de Sebaste, Armênia, e viveu durante o reinado de Diocleciano (284-305). Quando ele era jovem, ele ministrava aos mártires na prisão depois que eles foram torturados.
Certa vez, ele viu sete mulheres sendo torturadas por Cristo, que suportaram bravamente seus tormentos. Santo Irenarchus ficou maravilhado com isso porque eles mostraram grande coragem em enfrentar o tirano, embora fossem fracos por natureza.
Iluminado pela graça divina, Santo Irenarchus confessou Cristo. Primeiro ele suportou provas de fogo e água, depois foi decapitado com as sete mulheres sagradas no ano 303.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
MATINAS (IV)
Lucas 24:1-12
1 E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas. 2 E acharam a pedra revolvida do sepulcro. 3 E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. 4 E aconteceu que, estando elas muito perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois homens, com vestes resplandecentes. 5 E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? 6 Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, 7 Dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite. 8 E lembraram-se das suas palavras. 9 E, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais. 10 E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos. 11 E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram. 12 Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso.
1 E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas. 2 E acharam a pedra revolvida do sepulcro. 3 E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. 4 E aconteceu que, estando elas muito perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois homens, com vestes resplandecentes. 5 E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? 6 Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, 7 Dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite. 8 E lembraram-se das suas palavras. 9 E, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais. 10 E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos. 11 E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram. 12 Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso.
LITURGIA
Tropárion da Ressurreição
Apesar da pedra do túmulo ter sido selada pelos judeus, / e o Teu puríssimo Corpo guardado pelos soldados, / Tu ressuscitaste ao terceiro dia, ó Salvador nosso, / dando a vida ao mundo. / Por isso, ó Autor da Vida, / os Poderes Celestes Te aclamaram, dizendo: / “Glória à Tua Ressurreição, ó Cristo! / Glória à Tua Realeza! // Glória à Tua Providência, ó Amigo do homem.
Apesar da pedra do túmulo ter sido selada pelos judeus, / e o Teu puríssimo Corpo guardado pelos soldados, / Tu ressuscitaste ao terceiro dia, ó Salvador nosso, / dando a vida ao mundo. / Por isso, ó Autor da Vida, / os Poderes Celestes Te aclamaram, dizendo: / “Glória à Tua Ressurreição, ó Cristo! / Glória à Tua Realeza! // Glória à Tua Providência, ó Amigo do homem.
Tropárion de São Mateus, Tom 3 (Santo Patrono)
Com zelo seguiste a Cristo, o Mestre, / Que em Sua bondade apareceu aos homens na Terra, / E da alfândega te chamou para Apóstolo / e Pregador do Evangelho ao universo, /por isto honramos tua preciosa memória. / Ó divinamente eloquente, Mateus. /Roga ao Deus misericordioso // que nos conceda a remissão das transgressões e a salvação das nossas almas!
Tropárion de Santo Estêvão Confessor, Tom 4
Treinado em ascetismo na montanha, / com a arma da Cruz destruíste os assaltos espirituais dos poderes hostis, ó Todo-Abençoado; / Novamente te preparaste bravamente para o combate / e mataste Coprônymus com a espada da fé; // Ó memorável monge-mártir Estêvão, recebeste a divina coroa por tuas pelejas.
Kondákion da Ressurreição
Como Deus, Tu ressuscitaste gloriosamente do túmulo, / ressuscitando o mundo Contigo; / a natureza humana Te canta como Deus,/ pois a morte foi dissipada./ Adão rejubila, Mestre;/ e Eva, doravante liberta das suas cadeias, proclama na alegria:// Ó Cristo, Tu És Aquele que concede a todos os homens a ressurreição!
Como Deus, Tu ressuscitaste gloriosamente do túmulo, / ressuscitando o mundo Contigo; / a natureza humana Te canta como Deus,/ pois a morte foi dissipada./ Adão rejubila, Mestre;/ e Eva, doravante liberta das suas cadeias, proclama na alegria:// Ó Cristo, Tu És Aquele que concede a todos os homens a ressurreição!
Kondákion de São Mateus, Tom 4 (Santo Patrono)
Deixando os laços da alfândega para adquirir o jugo da Justiça, / tu te revelaste um sábio comerciante, rico da sabedoria do Alto. / Proclamaste a Palavra da Verdade, /e pela narrativa da hora do Juízo // despertaste as almas indolentes.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo...
Kondákion, Tom 8
Vós que amais os festejos, em fé e de coração entoai louvores / ao divino Estevão, o Amante da Trindade, / pois honrou o belo ícone do Mestre e de Sua Mãe. / Agora juntos nos alegremos e a ele com amor exclamemos: / “Rejubila-te, ó Pai sempre glorioso”.
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Hino à Virgem
Ó admirável Protetora dos Cristãos e nossa Medianeira ante o Criador, / não desprezes as súplicas de nós, pecadores, / mas, apressa-te a auxiliar-nos como Mãe Bondosa que és, / pois, te invocamos com fé. / Roga por nós junto de Deus, / tu que defendes sempre àqueles que te veneram.
R. Seja a Tua misericórdia, Senhor, sobre nós,
como em Ti esperamos. (Sl. 32:22)
V. Exultai no Senhor, vós, justos,
pois aos retos convém o louvor. (Sl. 32:1)
Efésios 5:8-19
8 Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz 9 (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade); 10 Aprovando o que é agradável ao Senhor. 11 E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. 12 Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. 13 Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta. 14 Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. 15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, 16 Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. 17 Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. 18 E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; 19 Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração.
ALELUIA
Aleluia, aleluia, aleluia! (3x)
É Deus Quem me vinga,
E Quem a Mim submete os povos. (Sl. 17:47)
É Ele Quem exalta a salvação de Seu Rei
E fortalece a Davi, Seu ungido,
E à sua descendência para sempre. (Sl. 17:51)
No 8º Tom,
Feliz o homem que teme ao Senhor,
e em Seus mandamentos largamente se alegra. (Sl. 111:1)
Lucas 13:10-17
10 E ensinava no sábado, numa das sinagogas. 11 E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada, e não podia de modo algum endireitar-se. 12 E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade. 13 E pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus. 14 E, tomando a palavra o príncipe da sinagoga, indignado porque Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que é mister trabalhar; nestes, pois, vinde para serdes curados, e não no dia de sábado. 15 Respondeu-lhe, porém, o Senhor, e disse: Hipócrita, no sábado não desprende da manjedoura cada um de vós o seu boi, ou jumento, e não o leva a beber? 16 E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás tinha presa? 17 E, dizendo ele isto, todos os seus adversários ficaram envergonhados, e todo o povo se alegrava por todas as coisas gloriosas que eram feitas por ele. 18 ¶ E dizia: A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei? 19 É semelhante ao grão de mostarda que um homem, tomando-o, lançou na sua horta; e cresceu, e fez-se grande árvore, e em seus ramos se aninharam as aves do céu. 20 E disse outra vez: A que compararei o reino de Deus? 21 É semelhante ao fermento que uma mulher, tomando-o, escondeu em três medidas de farinha, até que tudo levedou.
Canto da Comunhão
Louvado seja o Senhor nos céus,
louvado Seja nas alturas!
A memória dos justos será eterna;
eles não temem as más notícias.
Aleluia, Aleluia, Aleluia!
† † †
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