sábado, 8 de julho de 2023

5º Sábado Depois de Pentecostes

08 de Julho de 2023 (CC) / 25 de Junho (CE)
Santa Mártir Febrônia, de Nisibis († 304)
Jejum dos Apóstolos (Peixe é permitido)

Tom 3


A Santa virgem e mártir Febronia sofreu o martírio em Nísibis, na Mesopotâmia, por volta do ano 304, durante a perseguição de Diocleciano.

Quando Febronia contava apenas dois anos de idade, seus pais a deixaram aos cuidados de sua tia Briene, que dirigia um monastério em Nísibis. Ali ela cresceu, tornando-se uma bela jovem de alma tão cândida que ignorava por completo o mundo exterior, preocupando-se apenas em adornar-se com as virtudes que a tornassem digna da promessa celestial. A tia Briene cuidou com escrupuloso esmero de sua educação, preparando-a para as tentações que, necessariamente a assaltariam, não permitindo que a sobrinha comesse senão de três em três dias, e obrigando-a dormir sobre uma estreita prancha de madeira.

Febronia era uma menina inteligente, e soube aproveitar muito bem os ensinamentos que lhe eram ministrados, a tal ponto que, com idade de dezoito anos, recebeu a tarefa de ler e explicar as Escrituras para as monjas todas as sextas-feiras. As mais nobres e destacadas damas da cidade assistiam a estas leituras, mas a tia Briene tinha tomado a precaução de manter sob um véu o belo rosto de Febronia, para que as senhoras não a advertissem de sua extraordinária beleza e, ao mesmo tempo, para não perturbar a menina que, ao longo de sua vida, não tinha visto a ninguém, a não ser as outras monjas.

A pacífica existência no convento foi brutalmente interrompida pela perseguição. Os cruéis editais de Diocleciano foram aplicados com especial ferocidade em Nisibis, pelo prefeito Seleno. Os clérigos, juntamente com o bispo, saíram rapidamente em fuga, e todos os monges seguiram o exemplo; permaneceram no claustro apenas Briene, sua sobrinha Febronia, que estava se recuperando de uma grave doença, e Tomáis. Quando os oficiais chegaram para fazer um registro no convento, não se preocuparam em prender as duas monjas mais idosas, mas apenas levaram Febronia.

No dia seguinte, ela foi levada ao tribunal, diante do prefeito Seleno. O prefeito, por sua vez, encarregou a seu sobrinho Lisímaco a tarefa de interrogá-la. O jovem começou a fazê-lo com cortesia e até com certa condescendência, pois sua mãe era cristã e assim, não continha a sua simpatia pela prisioneira. Mas, Seleno interveio intempestivamente e, com certa malícia, prometeu a Febronia a sua liberdade e grande riqueza se, renunciando sua fé, consentisse em se casar com Lisímaco. A bela jovem respondeu simplesmente que não desejava riquezas, pois que já possuía um grande tesouro no céu; e que não estava à procura de um marido, já que desposava seu Imortal Prometido, que lhe dava como dote o Reino dos Céus.

Furioso por tal resposta, Seleno ordenou que a jovem fosse despida, pendurada pelos braços sobre brasas e açoitada. Os soldados, executando a ordem, arrancando-lhe dezessete dentes e cortando os seus seios. Entre os indignados protestos da multidão que lotavam a sala, os torturadores foram ainda mais cruéis com sua vítima; fizeram-lhe em pedaços os seus membros e, finalmente, vendo que a santa ainda vivia, puseram fim à sua vida a golpes de machado. Pouco depois, Seleno recebeu a retribuição pela atrocidade de suas ações: um ataque súbito de loucura o levou a voltar-se contra si próprio e, arremessando-se de cabeça contra as colunas de mármore de seu palácio, morreu ao ter o próprio crânio destroçado pelos impactos.

Por ordem de Lisímaco, os restos mortais de Febronia foram reunidos e levados a um digno e magnífico funeral. O espantoso martírio de Febronia fez com que um grande número de pagãos pedisse o batismo. Lisímaco foi um dos primeiros e mais tarde, no tempo do imperador Constantino, tomou o hábito monástico.

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

Romanos 8:14-21

Fragmento 97 - Irmãos, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão para voltar a viver no medo, mas recebestes o Espírito de adoção, pelo qual clamamos: "Aba, Pai!" O próprio Espírito testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus. E se filhos, então herdeiros, herdeiros de Deus, coerdeiros de Cristo, se sofrermos com Ele para sermos glorificados com Ele. Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Pois a criação com esperança aguarda a revelação dos filhos de Deus, porque a criatura se submeteu à vaidade, não voluntariamente, mas pela vontade daquele que a conquistou, na esperança de que a própria criação seja libertada da escravidão para a corrupção em a liberdade da glória dos filhos de Deus.

Mateus 9:9-13

Fragmento 30 - Naquela hora, passando, Jesus viu sentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-Me. E ele, levantando-se, O seguiu. E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e Seus discípulos. E os fariseus, vendo isto, disseram aos Seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.

† † †

Nenhum comentário:

Postar um comentário