13 de Maio de 2024 (CC) / 30 de Abril (CE)
São Tiago, o Justo – Apóstolo e irmão de São João, o Teólogo († 42)
Santo Inácio (Brianchaninov), Bispo do Cáucaso e Stavropol (1867)
Tom 1
"Cristo ressuscitou dos mortos,
Pisoteando a morte com Sua morte,
E outorgando a vida
Aos que jaziam nos sepulcros!"
O Santo Apóstolo Tiago, filho de Zebedeu, um dos 12 apóstolos, foi chamado por nosso Senhor Jesus Cristo para o serviço apostólico juntamente com seu irmão, o Apóstolo João, o teólogo. Foi para eles e para o santo Apóstolo Pedro, preeminentemente sobre os outros Apóstolos, que Jesus Cristo revelou Seus Divinos Mistérios: na Ressuscitação da Filha de Jairo, no Monte Tabor (na Transfiguração) e no Jardim do Getsêmani.
São Tiago, depois da descida do Espírito Santo, pregou na Espanha e em outras terras, e depois retornou a Jerusalém. Ele ensinou abertamente e ousadamente sobre Jesus Cristo como o Salvador do mundo, e com as palavras da Sagrada Escritura, denunciou os fariseus e os escribas [eruditos], repreendendo-os por suas malícias de coração e incredulidades.
Os judeus não tendo a capacidade de refutar o discurso apostólico, contrataram o pseudo-filósofo e feiticeiro Hermógenes, para que ele entrasse em disputa com o Apóstolo e refutasse seus argumentos sobre Cristo como o Messias Prometido que veio ao mundo. O feiticeiro enviou ao Apóstolo seu discípulo Filipe, que se converteu à crença em Cristo. Então o próprio Hermógenes foi persuadido do poder de Deus, equeimou seus livros sobre magia, aceitou o santo Batismo e se tornou um verdadeiro seguidor de Cristo.
Os incrédulos entre os judeus persuadiram Herodes Agripa (40-44) a prender o Apóstolo Tiago e condená-lo à morte. São Tiago ouviu calmamente a sentença de morte e continuou a dar testemunho de Cristo. Uma das falsas testemunhas contra o Apóstolo, cujo nome era Josias, ficou impressionada com a coragem de São Tiago. Ele creu na verdade das palavras sobre a vinda de Cristo, o Messias. Quando levaram o Apóstolo à execução, Josias caiu a seus pés, arrependendo-se de seu pecado e pedindo perdão. O Apóstolo o abraçou, deu-lhe um beijo e disse:
"Paz e perdão sejam para ti".
Então Josias confessou diante de todos sua fé em Cristo, e foi decapitado junto com São Tiago no ano 44 em Jerusalém.
Comemoração de Santo Inácio (Brianchaninov)
Ele nasceu em 1807 na aristocracia russa - seu pai era um rico cavalheiro provinciano. Desde muito cedo Santo Inácio se sentiu fortemente chamado para a vida monástica, mas naquela época era quase inédito para um nobre seguir esse caminho, e Dimitri (como era chamado no batismo) entrou na Escola Militar Pioneira em São Petersburgo. Lá ele se destacou e até atraiu a atenção do Grão-duque Nicholas Pavlovich, um evento que afetaria profundamente sua vida posterior.
Apesar de seu excelente histórico na academia, o jovem Dimitri ainda ansiava apenas pelas coisas de Deus. Em 1827 ele se formou na escola e foi comissionado como oficial do exército, mas logo adoeceu gravemente e recebeu uma dispensa. Isso provou ser providencial: quando recuperou a saúde, tornou-se imediatamente um noviço, morando em vários mosteiros diferentes e ficando sob os cuidados espirituais do Starets Leonid, um dos célebres padres do mosteiro de Optina. Em 1821 fez os votos monásticos e recebeu o nome de Inácio. Logo depois foi ordenado ao sacerdócio.
Logo depois que o recém-professo padre Inácio entrou na reclusão que procurava, o czar Nicolau I - o ex-grão-duque Nicolau - visitou a Escola Militar Pioneira e perguntou o que havia acontecido com o promissor cadete que conhecera alguns anos antes. Quando o czar soube que o ex-Dímitri era agora um monge, ele o procurou, elevou-o ao posto de Arquimandrita (aos 26 anos!) e o fez Superior do Mosteiro de São Sérgio em São Petersburgo. O czar Nicolau o instruiu a fazer do mosteiro um modelo para todas as comunidades religiosas russas. Embora desejasse apenas uma vida de solidão e oração, o novo arquimandrita dedicou-se conscientemente a cumprir o encargo do czar. O mosteiro de fato se tornou uma espécie de padrão para o monaquismo russo, e seu abade adquiriu muitos filhos espirituais, não apenas entre seus monges, mas também entre os leigos da capital.
Depois de vinte e quatro anos como superior do mosteiro, Santo Inácio foi elevado ao episcopado em 1857, primeiro como bispo de Stavropol, depois como bispo de Kavkaz. Apenas quatro anos depois (54 anos), ele renunciou e passou o resto de sua vida em reclusão no Mosteiro Nicolo-Babaevsky na diocese de Kostromo. Lá ele continuou o grande corpo de escritos espirituais pelos quais ele é bem conhecido. Suas obras impressas preenchem cinco volumes; destas, pelo menos duas grandes obras foram traduzidas para o inglês: Sobre a Oração de Jesus e A Arena: uma oferenda ao monaquismo contemporâneo. Ambos são joias da escrita espiritual, proveitosas para todo cristão ortodoxo sério.
Santo Inácio descansou em paz em 1867. Foi glorificado em 1988 pelo Patriarcado de Moscou, durante as celebrações do milênio daquele ano. Santos Andrei Rublev, Xenia de Petersburgo, Teófano o Recluso e outros foram glorificados nas mesmas observâncias.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Atos 3:19-26
Fragmento 9 - Naquele tempo, Pedro disse ao povo: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos peca-dos, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor, e envie Ele o Cristo, que já dantes vos foi indicado, Jesus, ao Qual convém que o céu receba até os tempos da res-tauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca dos Seus santos Profetas, desde o princípio. Pois Moisés disse: Sus-citar-vos-á o Senhor vosso Deus, dentre vossos irmãos, um Pro-feta semelhante a mim; a Ele ouvireis em tudo quanto vos dis-ser. E acontecerá que toda alma que não ouvir a Esse Profeta, será exterminada dentre o povo. E todos os Profetas, desde Samuel e os que sucederam, quantos falaram, também anuncia-ram estes dias. Vós sois os filhos dos Profetas e do pacto que Deus fez com vossos pais, dizendo a Abraão: Na Tua descen-dência serão abençoadas todas as famílias da terra. Deus susci-tou a Seu Servo, e primeiramente a vós O enviou, para que vos abençoasse, desviando-vos, a cada um, das vossas maldades.
João 2:1-11
Fragmento 6 - E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia; e estava ali a mãe de Jesus. E foi também convidado Jesus e os Seus discípulos para as bodas. E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, o que temos nós com isto? Ainda não é chegada a Minha hora. Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto Ele vos disser. E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes. Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo, e disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho. Jesus principiou assim os Seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a Sua glória; e os Seus discípulos creram n’Ele.
Fragmento 9 - Naquele tempo, Pedro disse ao povo: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos peca-dos, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor, e envie Ele o Cristo, que já dantes vos foi indicado, Jesus, ao Qual convém que o céu receba até os tempos da res-tauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca dos Seus santos Profetas, desde o princípio. Pois Moisés disse: Sus-citar-vos-á o Senhor vosso Deus, dentre vossos irmãos, um Pro-feta semelhante a mim; a Ele ouvireis em tudo quanto vos dis-ser. E acontecerá que toda alma que não ouvir a Esse Profeta, será exterminada dentre o povo. E todos os Profetas, desde Samuel e os que sucederam, quantos falaram, também anuncia-ram estes dias. Vós sois os filhos dos Profetas e do pacto que Deus fez com vossos pais, dizendo a Abraão: Na Tua descen-dência serão abençoadas todas as famílias da terra. Deus susci-tou a Seu Servo, e primeiramente a vós O enviou, para que vos abençoasse, desviando-vos, a cada um, das vossas maldades.
João 2:1-11
Fragmento 6 - E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia; e estava ali a mãe de Jesus. E foi também convidado Jesus e os Seus discípulos para as bodas. E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, o que temos nós com isto? Ainda não é chegada a Minha hora. Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto Ele vos disser. E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes. Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo, e disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho. Jesus principiou assim os Seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a Sua glória; e os Seus discípulos creram n’Ele.
†††
Para boa parte dos evangélicos se obstacula a compreensão do milagre das bodas de Caná, em virtude de uma tradução mal elaborada e infeliz do diálogo de Jesus com sua mãe: à obscura expressão grega (ti emoi kai soi, guinai), literalmente “que a mim e/também a ti, mulher”, várias edições protestantes apresentam a seguinte versão:
“Mulher, que tenho eu contigo?”
Felizmente, algumas edições mais recentes de Bíblias Protestantes vêm se redimindo deste erro grotesco de tradução. Vejamos o texto de algumas versões em inglês e espanhol:
Em sua aversão ao Catolicismo Romano, o movimento evangélico – na tentativa de negar ou esvaziar a importância da Santa Virgem perante seu Filho – não avalia as consequências teológicas de tal postura:
Ao conceber indiferença e até descaso de Jesus para com Maria, nos faz pensar que Jesus estaria quebrando o primeiro mandamento com promessa: “Honra ao teu pai e a tua mãe”. É inconcebível que um filho de Israel (muito mais ainda Jesus) pudesse pensar numa relação fragmentada com seus familiares e antepassados, principalmente com seus genitores diretos. Nem mesmo a condição messiânica pode comportar tal ideia.
Quando em outra passagem Cristo pergunta: “Quem são minha mãe, meu pai e meus irmãos?” esta fala não é dirigida num colóquio direto com a sua Mãe, mas, sim, dirigida às multidões para ensinar os laços íntimos e familiares para com Ele de todo aquele que faz a vontade de Deus. Tal afirmativa, longe de negar a sublimidade da maternidade de Maria, antes, a ratifica, pois, se mãe e irmãos do Cristo é todo aquele que ouve e guarda a Palavra de Deus, quem melhor do que Maria se encaixa nesta condição? (Lucas 1:45; Apocalipse 12:17)
Portanto, a expressão “Mulher, que temos nós com isto? A minha hora ainda não é chegada” além de expressar melhor o sentido do texto grego, torna-se harmônica com a lógica da narrativa:
Ora, Cristo, Maria e os Discípulos eram convidados e não anfitriões. Então, é lógico que este problema diz respeito aos organizadores da festa e não aos seus comensais. Naturalmente que Ele, Jesus, compreendeu que havia subjetivamente um pedido de sua Mãe para que Ele interviesse miraculosamente, e à esta intenção Ele contrapõe que ainda não era chegada a sua hora.
Pergunta-se: Se ainda não era chegada a hora do Messias manifestar os seus sinais ao mundo, por que então Ele a antecipa? A resposta está na natureza da oração quando praticada por um justo: ela é capaz de “alterar” os desígnios Divinos, sempre como um ato de graça e misericórdia.
Exemplo disto temos no livro do Profeta Isaías, no episódio da doença do rei Ezequias (Is. 38:1-5). O profeta é enviado ao palácio real levando consigo a seguinte mensagem:
Assim, também, a Mãe de Deus ao sair da presença do seu Filho, dirige-se à presença dos serventes levando consigo a certeza de que o Filho lhe atenderia e, por isto lhes diz:
Pelas intervenção da Mãe de Deus os céus se moveram em favor dos homens e, como é característica própria sua, a Santa Virgem se retira de cena a fim de que a glória seja do seu Filho, o qual é Bendito pelos séculos dos séculos. Amém.
Portanto, desta forma, principia Jesus os seus sinais em Caná da Galileia “antecipando” a hora prevista desde a eternidade para dar início à sua missão.
Este foi o primeiro sinal Messiânico de Jesus, e nele, também podemos ver o primeiro sinal da eficácia das intercessões da Theotókos (Mãe de Deus).
Um outro sinal, dado por Cristo, ainda maior do que este, é revelado ao Apóstolo João, o qual nos relata no Livro do Apocalipse:
Nova almeida atualizada (Sociedade Bíblica do Brasil)
Mas Jesus respondeu: — Por que a senhora está me dizendo isso? Ainda não é chegada a minha hora.
Nova Versão Transformadora (Editora Mundo Cristão)
“Mulher, isso não me diz respeito”, respondeu Jesus. “Minha hora ainda não chegou.”
New American Bible
“Jesus said to her, Woman, how does your concern affect me? My hour has not yet come."
(Disse-lhe Jesus: No que sua preocupação me diz respeito? Minha hora ainda não é chegada).
New International Version 1984 (US)
"Dear woman, why do you involve me?" Jesus replied. "My time has not yet come."
(Cara Senhora, por que me envolves nisto? Replicou Jesus. Minha hora ainda não chegou).
New Revised Standard Version 1989
“And Jesus said to her, Woman, what concern is that to you and to me? My hour has not yet come."
(E Jesus lhe disse: Mulher, no que isto nos diz respeito?).
Reina-Valera 1995 (Espanhol)
“Jesús le dijo: -- ¿Qué tiene que ver esto con nosotros, mujer? Aún no ha llegado mi hora.”
(Jesus lhe disse: O que isto tem a ver conosco, mulher? Minha hora ainda não chegou).
La Biblia de Las Americas 1986
“Y Jesús le dijo: Mujer, ¿qué nos va a ti y a mí en esto? Todavía no ha llegado mi hora".
(E Jesus lhe disse: Mulher, o que isto tem a ver conosco? Minha hora ainda não chegou).
New King James Version
“Jesus said to her, Woman, what does your concern have to do with Me? My hour has not yet come."
(Jesus lhe disse: Mulher, o que a sua preocupação tem a ver comigo? Minha hora ainda não chegou).
Em sua aversão ao Catolicismo Romano, o movimento evangélico – na tentativa de negar ou esvaziar a importância da Santa Virgem perante seu Filho – não avalia as consequências teológicas de tal postura:
Ao conceber indiferença e até descaso de Jesus para com Maria, nos faz pensar que Jesus estaria quebrando o primeiro mandamento com promessa: “Honra ao teu pai e a tua mãe”. É inconcebível que um filho de Israel (muito mais ainda Jesus) pudesse pensar numa relação fragmentada com seus familiares e antepassados, principalmente com seus genitores diretos. Nem mesmo a condição messiânica pode comportar tal ideia.
Quando em outra passagem Cristo pergunta: “Quem são minha mãe, meu pai e meus irmãos?” esta fala não é dirigida num colóquio direto com a sua Mãe, mas, sim, dirigida às multidões para ensinar os laços íntimos e familiares para com Ele de todo aquele que faz a vontade de Deus. Tal afirmativa, longe de negar a sublimidade da maternidade de Maria, antes, a ratifica, pois, se mãe e irmãos do Cristo é todo aquele que ouve e guarda a Palavra de Deus, quem melhor do que Maria se encaixa nesta condição? (Lucas 1:45; Apocalipse 12:17)
Portanto, a expressão “Mulher, que temos nós com isto? A minha hora ainda não é chegada” além de expressar melhor o sentido do texto grego, torna-se harmônica com a lógica da narrativa:
Ora, Cristo, Maria e os Discípulos eram convidados e não anfitriões. Então, é lógico que este problema diz respeito aos organizadores da festa e não aos seus comensais. Naturalmente que Ele, Jesus, compreendeu que havia subjetivamente um pedido de sua Mãe para que Ele interviesse miraculosamente, e à esta intenção Ele contrapõe que ainda não era chegada a sua hora.
Pergunta-se: Se ainda não era chegada a hora do Messias manifestar os seus sinais ao mundo, por que então Ele a antecipa? A resposta está na natureza da oração quando praticada por um justo: ela é capaz de “alterar” os desígnios Divinos, sempre como um ato de graça e misericórdia.
Exemplo disto temos no livro do Profeta Isaías, no episódio da doença do rei Ezequias (Is. 38:1-5). O profeta é enviado ao palácio real levando consigo a seguinte mensagem:
“Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás” (v. 1).Ao ouvir tal sentença o rei se humilha e chora diante de Deus; pelo que o Senhor fala ao Profeta para retornar ao palácio e dizer a Ezequias que a sua oração foi ouvida e ele não mais morreria.
Assim, também, a Mãe de Deus ao sair da presença do seu Filho, dirige-se à presença dos serventes levando consigo a certeza de que o Filho lhe atenderia e, por isto lhes diz:
“Fazei tudo quanto ele vos disser”.Ora, se Ele tinha Se negado a intervir, o que teria, então, a ordenar aos serventes? Contudo, o Filho de Deus chama os serviçais e ordena-lhes que encham as talhas de água e, assim, opera o milagre da transmutação da água em vinho, fazendo com que a festa prosseguisse com mais cor e glamour do que as primeiras horas.
Pelas intervenção da Mãe de Deus os céus se moveram em favor dos homens e, como é característica própria sua, a Santa Virgem se retira de cena a fim de que a glória seja do seu Filho, o qual é Bendito pelos séculos dos séculos. Amém.
Portanto, desta forma, principia Jesus os seus sinais em Caná da Galileia “antecipando” a hora prevista desde a eternidade para dar início à sua missão.
Este foi o primeiro sinal Messiânico de Jesus, e nele, também podemos ver o primeiro sinal da eficácia das intercessões da Theotókos (Mãe de Deus).
Um outro sinal, dado por Cristo, ainda maior do que este, é revelado ao Apóstolo João, o qual nos relata no Livro do Apocalipse:
"E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz.E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias" (Apocalipse 12:1-2, 5-6).
Extraído do Livro “A Mãe de Deus na Espiritualidade do Oriente”,
Pe. Mateus (Antonio Eça), Clube dos Autores, 2007
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