20 de Maio de 2024 (CC) / 07 de Maio (CE)
Memória da Aparição do Sinal da Santa e Preciosa Cruz, em Jerusalém
Tom 2
«Cristo ressuscitou dos mortos,
Pisoteando a morte com Sua morte,
E outorgando a vida
Aos que jaziam nos sepulcros!»
Memória da Aparição nos Céus da Cruz do Senhor em Jerusalém (351): Após a morte do primeiro imperador cristão, Constantino, o Grande, o trono imperial foi ocupado por seu filho Constâncio, que se inclinou para a heresia de Ário, que negou a mesma essência do Filho de Deus com o Pai. Na reafirmação da santa Ortodoxia, o Senhor manifesta em Jerusalém um sinal maravilhoso. No dia do Santo Pentecostes, 7 de maio de 351, à terceira hora da manhã apareceu nos céus a imagem da Cruz do Senhor de proporções iguais, brilhando com uma luz inexprimível e mais brilhante que a luz do sol. Todas as pessoas foram testemunhas oculares disso e ficaram impressionadas com grande pavor e espanto. O aparecimento do Sinal da Cruz começou sobre o santo Monte Gólgota, quando o Senhor foi crucificado (Mt 27: 32-33; Jo 19: 17, 41; Hb 13: 12), e atingiu ao Monte das Oliveiras (Jo 8: 1; 18: 1-2), estendendo-se desde o Gólgota por uma distância de 15 estádios. O Sinal foi transfundido com todas as cores do arco-íris e chamou a atenção de todas as pessoas. Muitas pessoas, deixando de lado o que estavam fazendo, saíram das casas e ficaram admiradas contemplando o sinal maravilhoso. Então, uma numerosa multidão do povo de Jerusalém, com tremor e alegria, correu para a santa Igreja da Ressurreição.
O santo Patriarca de Jerusalém Cirilo (350-387) aconselhou o emissário do imperador Constâncio sobre esta ocorrência milagrosa do aparecimento do Sinal da Cruz e exortou-o a retornar à fé ortodoxa. E Sozomen, um historiador da Igreja Antiga, também testemunha que através desta aparição da Santa Cruz muitos dos judeus e gregos pagãos chegaram à verdadeira fé, arrependendo-se em Cristo Deus, e aceitaram o Santo Batismo.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Atos 6: 8 - 7:1-5, 47-60
Fragmento 17 - Naqueles dias, Estêvão, cheio de fé e poder, realizou grandes sinais e maravilhas entre o povo. Levantaram-se, porém, alguns que eram da sinagoga chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos, dos da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão; e não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava. Então subornaram uns homens para que dissessem: Temo-lo ouvido proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Assim excitaram o povo, os anciãos, e os escribas; e investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao sinédrio; e apresentaram falsas testemunhas que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras contra este santo lugar e contra a lei; porque nós o temos ouvido dizer que esse Jesus, o nazareno, há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu. Então todos os que estavam assentados no sinédrio, fitando os olhos nele, viram o seu rosto como de um anjo. E disse o sumo sacerdote: Porventura são assim estas coisas? Estêvão respondeu: Irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando ele na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe:
"Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar".
Então saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. Dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais. E não lhe deu nela herança, nem sequer o espaço de um pé; mas prometeu que lha daria em possessão, e depois dele à sua descendência, não tendo ele ainda filho. Entretanto foi Salomão quem lhe edificou uma casa; mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta:
"O céu é meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual o lugar do meu repouso? Não fez, porventura, a minha mão todas estas coisas?"
Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim também vós. A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que dantes anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e homicidas, vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes. Ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra Estêvão. Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus, e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus. Então eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele e, lançando-o fora da cidade o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um mancebo chamado Saulo. Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte.
João 4:46-54
Fragmento 13 – Naqueles dias, pela segunda vez foi Jesus a Caná da Galileia, onde da água fizera vinho. E havia ali um nobre, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. Ouvindo este que Jesus vinha da Judéia para a Galileia, foi ter com ele, e rogou-lhe que descesse, e curasse o seu filho, porque já estava à morte. Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis. Disse-lhe o nobre: Senhor, desce, antes que meu filho morra. Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse, e partiu. E descendo ele logo, saíram-lhe ao encontro os seus servos, e lhe anunciaram, dizendo: O teu filho vive. Perguntou-lhes, pois, a que hora se achara melhor. E disseram-lhe: Ontem às sete horas a febre o deixou. Entendeu, pois, o pai que era aquela hora a mesma em que Jesus lhe disse: O teu filho vive; e creu ele, e toda a sua casa. Jesus fez este segundo milagre, quando ia da Judéia para a Galileia.
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