segunda-feira, 6 de agosto de 2012

10ª Segunda-feira Depois de Pentecostes


06 de Agosto 2012 (CC) / 24 de Julho (CE)
S. Cristina, megalomártir († c. 220) S. Fantino de Tauriana, (it. cr. † 1130), Ss.
 Boris e Gleb = Romão e Davi († 1015).


1 Coríntios 15:12-19

     12 Ora, se se prega que Cristo foi ressucitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não há ressurreição de mortos?    13 Mas se não há ressurreição de mortos, também Cristo não foi ressuscitado.    14 E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.    15 E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não são ressuscitados.    16 Porque, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado.    17 E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados.    18 Logo, também os que dormiram em Cristo estão perdidos.    19 Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima.   

Mateus 21:18-22

     18 Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome;    19 e, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente.    20 Quando os discípulos viram isso, perguntaram admirados: Como é que imediatamente secou a figueira?    21 Jesus, porém, respondeu-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, isso será feito;    22 e tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis.


A SANTA MÁRTIR CRISTINA

Santa Cristina era filha do administrador da cidade de Tir em Livanon. Seus pais eram pagãos, mas pela providência de Deus deram-lhe nome, que predizia sua vocação tornar-se cristã. Não havia entre as jovens igual a ela em beleza. Desejando conservá-la virgem, seu pai construiu uma residência especial, colocou nela os ídolos e mandou-a servi-los. Morando reclusa, Cristina frequentemente mirava o céu cheio de estrelas e semelhantemente à grande mártir Barbara, chegou à conclusão que deveria existir um único Criador. Deus fez com que ela conhecesse os cristãos, que lhe contaram sobre a fé cristã e ela se converteu a Cristo. Depois disso, Santa Cristina com indignação destruiu os ídolos em sua casa, pelo que, por ordem de seu pai, ela foi submetida a várias torturas. Ela foi submetida ao espancamento, seu corpo foi retalhado com ferro afiado, queimado pelo fogo, jogavam-na na cova cheia de víboras etc… Enfim, foi morta espetada pelas lanças e espadas dos guerreiros. Assim esta santa mártir sofreu no ano 300. Sua memória é venerada principalmente no Oriente.


TROPÁRIO

Como “Pombinha luminosa” assim foste chamada
Pois com asas douradas  assim subiste aos céus, ó Cristina pura;
Por isto comemoramos tua gloriosa festa,
E com fé reverenciamos os teus restos mortais no túmulo:
donde as divinas curas se dispensam abundante para todos,
Para as almas e os corpos.


OS SANTOS GRÃO-DUQUES QUE SOFRERAM A PAIXÃO, BORIS E GLEB

Os grão-duques Boris e Gleb eram filhos do semelhante aos apóstolos grão-duque Vladimir e princesa Anna de Bizâncio. Desde a infância eles se destacavam pela sua religiosidade. Dos anais, sabe-se que o grão-duque Bóris gostava muitos dos cânticos da igreja. Santo grão-duque Vladimir sentia muita ternura pelos dois, devido a sua abnegação à Santa Fé e pela seu amor fraterno muito carinhoso de um pelo outro.

Ainda durante sua vida o grão-duque Boris recebeu a administração do ducado de Rostov, e Glieb, o de Murmansk. Ambos aplicaram grandes esforços na divulgação da fé cristã em seus ducados em meio de rudes pagãos. São Gleb é considerado o iluminador da região de Murmansk-Riazan, onde desde os tempos antiquíssimos e até hoje, conserva-se sua memória, como primeiro pregador do cristianismo e o protetor do país.

Em 1015, após a morte de São Vladimir o grão-ducado foi tomado pelo Sviatopolk que foi apelidado de Furioso. Temendo a adversidade dos santos irmãos, ele resolveu matá-los. São Bóris estava naquele tempo com seu exército junto do rio Alta. O exército oferecia-lhe a ir contra Kiev e tomar o poder do grão-ducado, mas São Bóris não quis destruir os laços sagrados das relações de parentesco e indignado recusou a oferta. Entretanto Sviatopolk informando o São Bóris sobre a morte do pai, traiçoeiramente oferecia-lhe manter relações de bem-querença, prometendo-lhe aumentar sua propriedade, enviando-lhe juntamente os assassinos. Na noite de 24 de julho, os assassinos chegaram à tenda de Bóris e escutando o canto dos salmos vindo de dentro, resolveram esperar quando Bóris adormecesse. Assim que o Santo grão-duque se deitou na cama, os assassinos invadiram a tenda e cravaram o corpo do santo com as lanças assim como o de seu criado Jorge, que era húngaro e tentava proteger o seu amo com o próprio corpo. O mártir, ainda respirando, foi envolto com o pano da tenda e levado a Sviatopolk, que ao saber que São Bóris ainda estava vivo, mandou dois variagues traspassar com a espada seu coração. O corpo do santo grão-duque secretamente foi trazido para Vishgorod e aí sepultado na igreja de São Basílio.

Após o assassinato de São Bóris, Sviatopolk mandou atrás de São Gleb, que estava na ocasião próximo de Smolensk, para trazê-lo à presença do pai supostamente adoentado gravemente. O jovem grão-duque já avisado sobre a maldade de Sviatopolk com lágrimas rezava pela alma do pai e irmão quando os assassinos chegaram a ele, mandados por Sviatopolk. Goracer que encabeçava os assassinos mandou o seu próprio cozinheiro, que era descendente de turcos, esfaquear o grão-duque. Isto ocorreu 5 de setembro de 1015.

Em 1019 após a ocupação do Kiev por Iaroslav Vladimirovich (filho de Vladimir), graças à preocupação deste grão-duque, o corpo de São Gleb foi encontrado, trazido para Vishgorod e sepultado junto do corpo de São Bóris. Logo no túmulo dos grão-duques começaram a acontecer milagres. Quando a igreja de São Basílio se queimou, os restos mortais dos grão-duques foram transladados para recém-construída igreja em sua homenagem em Vishgorod. Durante a abertura dos caixões dos grão-duques, o metropolita João com os sacerdotes viram o milagre: os corpos dos santos apareceram brancos como a neve, os seus rostos reluziam com a luz celestial, tanto que o metropolita e todo povo se espantavam, sentindo um aroma especial.

Em 1240 durante a ocupação de Kiev, pelo Batii, os restos mortais dos Santos Boris e Gleb desapareceram. A memória de ambos os grão-duques mártires se honra na Rússia desde os tempos antigos, o que se testemunha, entre outras coisas pelos numerosos mosteiros e igrejas em sua homenagem, que permaneceram até hoje, em vários cantos da Rússia.
O povo russo via nos santos grão-duques mártires, os seus protetores que rezavam por ele. Os anais estão cheios de narrativas sobre as curas milagrosas que aconteceram ao pé dos restos mortais dos santos e sobre as vitórias que celebravam com sua ajuda (por exemplo: do Riurik Rostislavich sobre o Konchak; do santo Alexandre de Neva sobre os alemães).

TROPÁRIO

Os verdadeiros mártires e obedientes à verdade do evangelho de Cristo
O bem aventurado Bóris com o bondoso Gleb,
Não resistiram a seu inimigo, pois este era seu irmão,
Que matando seus corpos não pode tocar as suas almas.
Que chore então o raivoso amante do poder,
enquanto vos alegrais junto dos anjos perante a Santíssima Trindade.
Orai , ó Santos Mártires, por vossa dinastia, pela existência que agrade a Deus
E que os filhos da Rússia se salvem.

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