17 de Agosto 2012
(CC) / 04 de Agosto (CE)
Ss. Sete
Jovens Dormentes de Éfeso (c. 250).
2 Coríntios
4:13-18
13 Ora, temos o mesmo espírito de fé,
conforme está escrito: Cri, por isso falei; também nós cremos, por isso também
falamos, 14 sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos
ressuscitará a nós com Jesus, e nos apresentará convosco. 15 Pois
tudo é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça
abundar a ação de graças para glória de Deus. 16 Por isso não
desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior,
contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e
momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno
peso de glória; 18 não atentando nós nas coisas que se veem, mas
sim nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, enquanto as que
se não veem são eternas.
Mateus 24:27-33, 42-51
27 Porque, assim como o relâmpago sai do
oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do
homem. 28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os
abutres. 29 Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o
sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos
céus serão abalados. 30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do
homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem
sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. 31 E ele
enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os
escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
32 Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: Quando já o seu ramo se
torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. 33
Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo
às portas. 42 Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o
vosso Senhor; 43 sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a
que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua
casa. 44 Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora
em que não penseis, virá o Filho do homem. 45 Quem é, pois, o
servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus serviçais, para a tempo
dar-lhes o sustento? 46 Bem-aventurado aquele servo a quem o seu
senhor, quando vier, achar assim fazendo. 47 Em verdade vos digo
que o porá sobre todos os seus bens. 48 Mas se aquele outro, o mau
servo, disser no seu coração: Meu senhor tarda em vir, 49 e
começar a espancar os seus conservos, e a comer e beber com os ébrios,
50 virá o senhor daquele servo, num dia em que não o espera, e numa hora de que
não sabe, 51 e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com os
hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.
COMEMORAÇÃO DOS SETE JOVENS DORMENTES DE ÉFESO
(Maximiliano, Jâmblico, Martiniano, João, Dionísio, Constantino e
Antonino)
São
Maximiliano era o filho do administrador da cidade Éfeso, e os outros seis
jovens eram filhos de outros ilustres cidadãos de Éfeso.
Os jovens
eram amigos desde a infância, e todos estavam cumprindo juntos o serviço
militar.
Quando o
imperador Décio (249-251) chegou a Éfeso, ordenou que todos os cidadãos fossem
ofertar sacrifícios aos deuses pagãos, e que não o fizesse, sofreria com a
tortura e a morte por execução.
Através de
uma denúncia os sete jovens de Éfeso foram convocados para responder às
acusações.
Em pé perante
o imperador, os sete jovens confessaram a sua fé em Cristo.
Imediatamente
as divisas militares dos jovens foram tomadas deles. Décio considerou que os
expulsando do exército os faria abandonar a fé pelo desejo de voltarem as
campanhas militares.
No entanto,
os jovens fugiram da cidade e se esconderam em uma caverna no Monte Okhlonos,
onde passaram seu tempo em oração, preparando-se para o martírio.
O mais novo
deles, São Jâmblico, se vestiu com roupas de mendigo, entrou na cidade para
comprar pão.
Em uma dessas
viagens para a cidade, ouviu que o imperador estava os procurando para os levar
a julgamento.
São
Maximiliano exortou seus companheiros a sairem da caverna e bravamente aparecer
no julgamento.
Contudo, ao
descobrir o esconderijo dos rapazes, o imperador deu ordens para vedar a
entrada da caverna com pedras, para que os rapazes morressem de fome e de sede.
Pela obra de
dois cristãos desconhecidos (muitos viviam a ocultar a sua fé, para escapar do
martírio), no desejo de preservar a memória dos santos, instalou entre as
pedras um recipiente lacrado, no qual foram localizados dois feixes de estanho.
Nelas estavam inscritos os nomes dos sete jovens e os detalhes do seu
sofrimento e morte.
Mas o Senhor
submeteu os jovens a uma especie de adormecimento milagroso, que os fez dormir
por quase dois séculos.
Após esse
tempo as perseguições contra os cristãos tinham cessado.
No entanto,
durante o reinado do Santo imperador Teodósio , o Jovem (408-450) tenham
surgido hereges que rejeitavam a crença na ressurreição dos mortos e na Segunda
Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Alguns deles
disseram: "Como pode haver uma ressurreição dos mortos, quando não haveria
nem alma, nem o corpo, uma vez que foram desintegrados?"
Outros
afirmavam: "Somente as almas poderiam ser restauradas, uma vez que é
impossível para corpos ressurgir e viver depois de mil anos, quando até mesmo a
poeira deles não existe mais".
O Senhor,
portanto, revelou o mistério da Ressurreição dos Mortos e da vida futura
através de seus sete jovens de Éfeso.
Um mestre de
obras que trabalhava nas proximidades do monte Okhlonos descobriu a construção
de pedra, e os seus trabalhadores abriram as passagens para a caverna.
O Senhor
havia mantido vivo os jovens, e eles como que se despertassem de seu sono
habitual, sem suspeitar que haviam adormecido por quase 200 anos !
Seus corpos e
roupas estavam intactos, sem qualquer sinal da passagem do tempo !
Preparando-se
para aceitar a tortura, os jovens confiaram a São Jâmblico a ida novamente a
cidade para comprar pão para que eles pudessem se apresentar para o martírio
com boa disposição física.
No caminho
para a cidade, o jovem foi surpreendido ao ver o Santa Cruz gravada nos portões
das casas.
E ouviu o
nome de Jesus ser pronunciado livremente pelas pessoas nas ruas, e nisso
começou a duvidar de que ele estava se aproximando de sua própria cidade.
Ao comprar o
pão, o jovem deu uma moeda ao padeiro com a imagem do imperador Décio gravada
nela.
Naquele tempo
havia uma horda de criminosos, usando dinheiro velho para enganar comerciantes.
E nisso São Jâmblico foi detido como suspeito de fazer parte do grupo de
falsários, e foi levado ao administrador da cidade, que naquele momento era o
Bispo de Éfeso.
Ao ouvir as
respostas desconcertantes do jovem (contando que era um habitante da Efeso dos
tempos do imperador Décio), o Bispo percebeu que Deus estava revelando por meio
daquele jovem algum tipo de mistério, e nisso partiu, junto com uma comitiva , para
a tal caverna, na qual estariam os outros 6 jovens.
Na entrada da
caverna, o bispo encontrou o recipiente fechado e o abriu. Ele então leu o que
estava gravado nos feixes de estanho : os nomes dos sete jovens e os detalhes
da vedação da caverna sob as ordens do imperador Décio.
Ao adentrar
na caverna e ver os jovens vivos, todos da comitiva se alegraram e perceberam
que o Senhor, através do despertar dos jovens, após um longo sono, estava
revelando à Igreja o mistério da Ressurreição dos Mortos.
Posteriormente,
o próprio imperador chegou a Éfeso e conversou com os jovens.
Contudo, após
algum tempo da revelação, os jovens santos , diante de todos, deitaram no chão
e voltaram a adormecer, desta vez até a Ressurreição de todos, no Dia do Juízo.
O imperador
desejava colocar cada um dos jovens em um caixão coberto de jóias, mas os
santos apareceram ao imperador em um sonho, pedindo que seus corpos fossem
deixados na caverna.
No século XII
o peregrino russo Higumeno Daniel visitou a caverna na qual permaneciam
adormecidos os sete jovens santos.
Além do dia 04
de Agosto, os Sete Santos Jovens adormecidos de Éfeso são comemorados no dia 22
de Outubro. A data de Agosto se refere ao dia nos quais eles adormeceram, e
Outubro se refere ao despertar dos Santos.
Os jovens
santos são mencionados também no serviço do Ano Novo Litúrgico, no dia 14 de
Setembro.
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