17 de Agosto 2014 (CC) / 04 de Agosto (CE)
Santos Sete Jovens Dormentes de Éfeso († 250).
Jejum da Dormição da Santíssima Mãe de Deus
(Vinho e azeite são permitidos)
Maximiliano, Jâmblico, Martiniano, João, Dionísio, Constantino e Antonino.
São Maximiliano era o filho do administrador da cidade Éfeso, e os outros seis jovens eram filhos de outros ilustres cidadãos de Éfeso. Os jovens eram amigos desde a infância, e todos estavam cumprindo juntos o serviço militar.
Quando o imperador Décio (249-251) chegou a Éfeso, ordenou que todos os cidadãos fossem ofertar sacrifícios aos deuses pagãos, e quem não o fizesse, sofreria torturas e execução.
Através de uma denúncia, os sete jovens de Éfeso foram convocados para responder às acusações. Em pé perante o Imperador, os sete jovens confessaram a sua fé em Cristo. Imediatamente as divisas militares dos jovens lhes foram tomadas. Décio julgava que lhes expulsando do exército, os faria abandonar a fé pelo desejo de voltarem às campanhas militares.
No entanto, os jovens fugiram da cidade e se esconderam em uma caverna no Monte Okhlonos, onde permaneceram todo o tempo em oração, preparando-se para o martírio. O mais novo deles, São Jâmblico, se vestiu com roupas de mendigo e entrou na cidade para comprar pão.
Em uma dessas viagens para a cidade, ouviu que o Imperador estava os estava procurando para leva-los a julgamento. São Maximiliano exortou seus companheiros a sairem da caverna e bravamente aparecer no julgamento.
Contudo, ao descobrir o esconderijo dos rapazes, o Imperador deu ordens para vedar a entrada da caverna com pedras, para que os rapazes morressem de fome e de sede.
Pela obra de dois cristãos desconhecidos (muitos viviam a ocultar a sua fé, para escapar do martírio), no desejo de preservar a memória dos santos, instalou entre as pedras um recipiente lacrado, no qual foram localizados dois feixes de estanho. Nelas estavam inscritos os nomes dos sete jovens e os detalhes do seu sofrimento e morte. Mas o Senhor submeteu os jovens a uma especie de adormecimento milagroso, que os fez dormir por quase dois séculos.
Após esse tempo as perseguições contra os cristãos tinham cessado. No entanto, durante o reinado do Santo imperador Teodósio , o Jovem (408-450), surgiram hereges que rejeitavam a crença na ressurreição dos mortos e na Segunda Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Alguns deles diziam:
"Como pode haver uma ressurreição dos mortos, quando não há mais nem alma, nem o corpo, uma vez que foram desintegrados?"
Outros afirmavam:
"Somente as almas poderiam ser restauradas, uma vez que é impossível para corpos ressurgir e viver depois de mil anos, pois até mesmo a poeira deles não existe mais".
O Senhor, portanto, revelou o mistério da Ressurreição dos Mortos e da vida futura através dos seus sete jovens de Éfeso. Um mestre de obras que trabalhava nas proximidades do monte Okhlonos, descobriu a construção de pedra e os seus trabalhadores abriram as passagens para a caverna. O Senhor havia mantido vivo os jovens, e eles como que se despertassem de seu sono habitual, não suspeitavam que haviam adormecido por quase 200 anos! Seus corpos e roupas estavam intactos, sem qualquer sinal da passagem do tempo!
Preparando-se para aceitar a tortura, os jovens confiaram a São Jâmblico a ida novamente a cidade para comprar pão para que eles pudessem se apresentar para o martírio com boa disposição física.
No caminho para a cidade, o jovem foi surpreendido ao ver a Santa Cruz gravada nos portões das casas. E ouviu o nome de Jesus ser pronunciado livremente pelas pessoas nas ruas, e nisso começou a duvidar de que ele estava se aproximando de sua própria cidade.
Ao comprar o pão, o jovem deu uma moeda ao padeiro com a imagem do imperador Décio gravada nela. Naquele tempo havia uma horda de criminosos, usando dinheiro velho para enganar comerciantes. E nisso São Jâmblico foi detido como suspeito de fazer parte do grupo de falsários, e foi levado ao administrador da cidade, que naquele momento era o Bispo de Éfeso.
Ao ouvir as respostas desconcertantes do jovem (contando que era um habitante da Efeso dos tempos do imperador Décio), o Bispo percebeu que Deus estava revelando por meio daquele jovem algum tipo de mistério, e nisso partiu, junto com uma comitiva , para a tal caverna, na qual estariam os outros 6 jovens.
Na entrada da caverna, o bispo encontrou o recipiente fechado e o abriu. Ele então leu o que estava gravado nos feixes de estanho : os nomes dos sete jovens e os detalhes da vedação da caverna sob as ordens do Imperador Décio.
Ao adentrar na caverna e ver os jovens vivos, todos da comitiva se alegraram e perceberam que o Senhor, através do despertar dos jovens, após um longo sono, estava revelando à Igreja o mistério da Ressurreição dos Mortos. Posteriormente, o próprio Imperador chegou a Éfeso e conversou com os jovens.
Contudo, após algum tempo da revelação, os jovens santos , diante de todos, deitaram no chão e voltaram a adormecer, desta vez até a Ressurreição de todos, no Dia do Juízo.
O Imperador desejava colocar cada um dos jovens em um caixão coberto de jóias, mas os santos apareceram ao Imperador em um sonho, pedindo que seus corpos fossem deixados na caverna.
No século XII o peregrino russo, Higumeno Daniel, visitou a caverna na qual permaneciam adormecidos os sete jovens santos.
Além do dia 04 de Agosto, os Sete Santos adormecidos de Éfeso são comemorados no dia 22 de Outubro. A data de Agosto se refere ao dia nos quais eles adormeceram, e Outubro se refere ao despertar dos Santos.
Os jovens santos são mencionados também no Ofício do Ano Novo Litúrgico, no dia 01 de Setembro.
Troparion - Tom IV
Em seus sofrimentos, ó Senhor, / Teus mártires receberam de Ti, ó nosso Deus, coroas imperecíveis,/ pois, tomados de Teu poder, / aviltaram os torturadores e esmagaram a débil ousadia dos demônios./ Por suas súplicas, salva, Senhor, as nossas almas.
Kondakion, - Tom IV
Tendo rejeitado as coisas corruptas deste mundo e recebendo o dom da incorruptibilidade, / pois, mesmo estando mortos, permaneceram intocados pela corrupção. / Assim, ao ressurgirem depois de muitos anos, / sepultaram toda a incredulidade dos ímpios ./ Ó Fiéis celebremos hoje os Dormentes, entoando hinos a Cristo!
João 21:1-14
1 Depois disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-se deste modo: 2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos. 3 Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe: Nós também vamos contigo. Saíram e entraram no barco; e naquela noite nada apanharam. 4 Mas ao romper da manhã, Jesus se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam que era ele. 5 Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, não tendes nada que comer? Responderam-lhe: Não. 6 Disse-lhes ele: Lançai a rede à direita do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande quantidade de peixes. 7 Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: Senhor. Quando, pois, Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica, porque estava despido, e lançou-se ao mar; 8 mas os outros discípulos vieram no barquinho, puxando a rede com os peixes, porque não estavam distantes da terra senão cerca de duzentos côvados. 9 Ora, ao saltarem em terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima delas, e pão. 10 Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que agora apanhastes. 11 Entrou Simão Pedro no barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. 12 Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor. 13 Chegou Jesus, tomou o pão e deu-lho, e semelhantemente o peixe. 14 Foi esta a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressurgido dentre os mortos.
LITURGIA
1 Coríntios 4:9-16
9 Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, tanto a anjos como a homens. 10 Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós desprezíveis. 11 Até a presente hora padecemos fome, e sede; estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, 12 e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e o suportamos; 13 somos difamados, e exortamos; até o presente somos considerados como o refugo do mundo, e como a escória de tudo. 14 Não escrevo estas coisas para vos envergonhar, mas para vos admoestar, como a filhos meus amados. 15 Porque ainda que tenhais dez mil aios em Cristo, não tendes contudo muitos pais; pois eu pelo evangelho vos gerei em Cristo Jesus. 16 Rogo-vos, portanto, que sejais meus imitadores.
Mateus 17:14-23
14 Quando chegaram à multidão, aproximou-se de Jesus um homem que, ajoelhando-se diante dele, disse: 15 Senhor, tem compaixão de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água. 16 Eu o trouxe aos teus discípulos, e não o puderam curar. 17 E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei? Trazei-mo aqui. 18 Então Jesus repreendeu ao demônio, o qual saiu de menino, que desde aquela hora ficou curado. 19 Depois os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, perguntaram-lhe: Por que não pudemos nós expulsá-lo? 20 Disse-lhes ele: Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível. 21 [mas esta casta de demônios não se expulsa senão à força de oração e de jejum.] 22 Ora, achando-se eles na Galileia, disse-lhes Jesus: O Filho do homem está para ser entregue nas mãos dos homens; 23 e matá-lo-ão, e ao terceiro dia ressurgirá. E eles se entristeceram grandemente.
COMENTÁRIO
Nenhum comentário:
Postar um comentário