23 de Agosto de 2014 (CC) / 10 de Agosto
(CE)
Pós-festa da Transfiguração
Jejum da Dormição da Santíssima Mãe de
Deus
Ss. Lourenço Arquidiácono, Sixto II,
Papa de Roma, e Hipólito.
São Lourenço sofreu o martírio durante a
perseguição de Valeriano, em 258. Era o primeiro dos sete diáconos da Igreja
romana. A sua função era muito importante o que fazia com que, depois do papa,
fosse o primeiro responsável pelas coisas da Igreja. Como diácono, São Lourenço
tinha o encargo de assistir o papa nas celebrações; administrava os bens da
Igreja, dirigia a construção dos cemitérios, olhava pelos necessitados, pelos
órfãos e viúvas. Foi executado quatro dias depois da morte de Sixto II e de
seus companheiros. O seu culto remonta
ao século IV. Preso, foi intimado a comparecer diante do prefeito Cornelius
Saecularis, a fim de prestar contas dos bens e das riquezas que a Igreja
possuía. Pediu, então, um prazo para fazê-lo, dizendo que tudo entregaria.
Confessou que a Igreja era muito rica e que a sua riqueza ultrapassava a do
imperador. Foram-lhe concedidos três dias. São Lourenço reuniu os cegos, os
coxos, os aleijados, toda sorte de enfermos, crianças e velhos. Anotou-lhes os
nomes… Indignado, o governador concedeu-o a um suplício especialmente cruel:
amarrado sobre uma grelha, foi assado vivo e lentamente. No meio dos tormentos
mais atrozes, ele conservou o seu “bom
humor cristão”. Dizia ao carrasco: “Vira-me,
que deste lado já está bem assado … Agora está bom, está bem assado. Podes
comer!…”
Roma cristã venera o hispano Lourenço
com a mesmo veneração e respeito com que honra os primeiros apóstolos. Depois
de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga
liturgia romana. O que foi Santo Estêvão em Jerusalém, foi São Lourenço em
Roma.
Ao ver que levavam o bispo Sixto para o
martírio, São Lourenço pôs-se a chorar. Não era o sofrimento do seu bispo o que
lhe arrancava lágrimas, mas o fato de este partir para o martírio sem ele. Por
isso pôs-se a interpelá-lo nestes termos: «Onde
vais, meu Pai, sem o teu filho? Apressas-te tanto em direção a quê, padre
santo, sem este teu diácono? Tu tinhas por hábito nunca oferecer o sacrifício
sem ministro! [...] Dá, pois prova de que escolheste um bom diácono, a quem
confiaste o ministério do sangue do Senhor, com quem partilhas os sacramentos;
recusar-te-ias a comungar com ele no sacrifício do sangue?» [...] O Papa
Sixto respondeu a Lourenço: «Não te
esqueço, meu filho, nem te abandono. Mas deixo-te maiores combates. Sou velho e
já só aguento uma ligeira luta. Quanto a ti, és jovem e hás de obter um triunfo
bem mais glorioso contra o tirano. Logo virás ter comigo. Seca essas lágrimas.
Dentro de três dias, seguir-me-ás. [...]» Três dias depois, foi dada ordem
de prisão a Lourenço. Ordenaram-lhe que levasse os bens e os tesouros da
Igreja. Prometeu obedecer. No dia seguinte, apresentou-se com os pobres.
Perguntaram-lhe onde estavam os tesouros que deveria ter trazido. Apontou os
pobres, dizendo: «Eis os tesouros da Igreja. Teria Cristo tesouros melhores que
esses acerca dos quais disse: «Sempre que
fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes»
(Mt 25, 40)? Lourenço apresentou aqueles tesouros e saiu vencedor, porque o seu
presecutor não teve vontade de lhos tirar. Mas, cheio de raiva, mandou-o
queimar vivo.
1 Coríntios 1:3-9
3 Graça seja convosco, e paz, da parte
de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 4 Sempre dou graças a Deus por
vós, pela graça de Deus que vos foi dada em Cristo Jesus; 5 porque em tudo
fostes enriquecidos nele, em toda palavra e em todo o conhecimento, 6 assim
como o testemunho de Cristo foi confirmado entre vós; 7 de maneira que nenhum
dom vos falta, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo,
8 o qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de
nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a
comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor.
Mateus 19:3-12
3 Aproximaram-se dele alguns fariseus
que o experimentavam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por
qualquer motivo? 4 Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez
desde o princípio homem e mulher, 5 e que ordenou: Por isso deixará o homem pai
e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? 6 Assim já não
são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o
homem. 7 Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio
e repudiá-la? 8 Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos
permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. 9 Eu
vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de
infidelidade, e casar com outra, comete adultério; [e o que casar com a
repudiada também comete adultério.] 10 Disseram-lhe os discípulos: Se tal é a
condição do homem relativamente à mulher, não convém casar. 11 Ele, porém, lhes
disse: Nem todos podem aceitar esta palavra, mas somente aqueles a quem é dado.
12 Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram
feitos tais; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino
dos céus. Quem pode aceitar isso, aceite-o.
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