sábado, 12 de março de 2016

3º Sábado do Triodion

SEMANA DO JUÍZO FINAL
Semana da Abstinência de Carne
12 de Março de 2016 (CC) - 28 de Fevereiro (CE)
São Basílio, o Confessor, monge
Modo 7 



São Basílio, o Confessor foi um monge e sofreu no reinado do imperador iconoclasta Leão Isauriano (717-741). Quando se iniciou uma perseguição contra aqueles que veneravam os ícones sagrados, São Basílio e seu companheiro São Procópio de Decápolis (27 de fevereiro) foram sujeitos a muitas torturas e colocados na prisão . Lá, os dois mártires ficaram por um longo tempo, até a morte do ímpio imperador . Quando os santos confessores Basílio e Procópio foram libertados juntamente com outros que veneravam os ícones sagrados, eles continuaram sua luta monástica, instruindo muitos na fé ortodoxa e da vida virtuosa. São Basílio morreu pacificamente no ano de 750.



Romanos 14:19-23, 16:25-27

Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros. Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado... Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé; ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém.

Gálatas 5:22-6:2 (Comemoração dos Falecidos)

Mateus 6:1-13

Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente. E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso suprassubstancial nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.

Mateus 11:27-30 (Comemoração dos Falecidos)



COMENTÁRIO


"E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências" (Gl. 5:24). Hoje em dia, essa ordem das coisas tem sido pervertida: as pessoas crucificam a carne, mas não em conjunto com as suas paixões e concupiscência. Sim, por meio de suas paixões e concupiscências. Atualmente as pessoas torturam seus corpos com excessos: embriaguez, atos lascivos, dança e folia! O mais insensível dos criadores não torturariam seus animais preguiçoso desta forma. Se tivéssemos de dar liberdade à razão de nossa carne, a sua primeira fala seria contra sua dona: a alma. Ela diria que a alma ilegalmente interferiu nos assuntos da carne, trouxe paixões estranhas a ela, e a torturava por meio da satisfação dessas paixões na carne. As necessidades do nosso corpo são essencialmente simples e sem paixão. Olhe para os animais: eles não comem demais, eles não dormem em excesso, e tendo satisfeito as suas necessidades carnais no momento dado, mantém a calma durante todo o ano. Apenas a alma, que se esquece das suas melhores inclinações, tem desenvolvido - por sua intemperança - a partir das necessidades básicas do corpo, uma infinidade de inclinações não naturais, que não são naturais para o corpo também. É necessário crucificar a carne de toda forma possível, a fim de reduzir as paixões carnais  da alma, que esta última tem enxertadas em si. Isto pode ser feito apenas no sentido inverso, isto é, não lhe dando o suficiente do que é necessário, ou apenas satisfazendo as suas necessidades em um grau muito menor do que exige a natureza.


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