S. Megalomártir Catarina de Alexandria († 310)
Pós-festa da Entrada da Santíssima Theotokos no Templo
Pós-festa da Entrada da Santíssima Theotokos no Templo
Jejum da Natividade
Modo 2
Comemoração de Santa Catarina
Descrita como uma jovem de dezoito anos, cristã, de rara beleza, Catarina era filha do rei Costus, de Alexandria, onde vivia no Egito. Muito culta, dispunha de vastos conhecimentos teológicos e humanísticos. Com desenvoltura, modéstia e didática, discutia filosofia, política e religião com os grandes mestres, o que não era nada comum a uma mulher e jovem naquela época. E fazia isso em público, por isso era respeitada pelos súditos da Corte que seria sua por direito.
Entretanto esses eram tempos duros do Imperador romano Maximino, terrível perseguidor e exterminador de cristãos. Segundo os relatos, a história do martírio da bela cristã teve início com a sua recusa ao trono de Imperatriz. Maximino apaixonou-se por ela, e precisava tirá-la da liderança que exercia na expansão do cristianismo. Tentou, oferecendo-lhe poder e riquezas materiais. Estava disposto a divorciar-se para casar-se com ela, contanto que passasse a adorar os deuses egípcios.
Catarina tinha consagrado sua vida ao serviço de Cristo, da qual se declarava noiva, pois em uma visão que tivera, o próprio Cristo lhe conferia um anel de noivado, assim, recusou enfaticamente, o pedido de casamento do Imperador e ao mesmo tempo tentou convertê-lo, desmistificando os deuses pagãos. Sem conseguir discutir com a moça, o Imperador chamou os sábios do reino - num total de 50 - para auxiliá-lo. Eles tentaram defender o paganismo com falácias teóricas e filosóficas, mas acabaram convertidos por Catarina. Irado, Maximino condenou todos ao suplício e à morte. Exceto ela, para quem tinha preparado algo especial.
No entanto, enquanto aguardava no cárcere, ela conduziu o comandante do imperador, Porfírio e duzentos soldados à verdadeira fé, assim como a própria imperatriz Augusta-Vasilissa. Todos estes também vieram a padecer por Cristo.
Quanto a Santa Catarina, o Imperador mandara torturá-la com rodas equipadas com lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Com os olhos elevados ao Senhor, rezou e fez o sinal da cruz. Então, ocorreu o primeiro prodígio: o aparelho se desmontou. Maximino, transtornado, levou-a para fora da cidade e comandou pessoalmente a sua tortura. Durante a tortura de Catarina, um anjo de Deus veio até ela e destruiu a roda em que a santa virgem estava sendo torturada. Depois, o próprio Senhor Jesus Cristo lhe aparecera e a confortava. Após muitas torturas, Catarina foi decapitada com a idade de dezoito anos, em 24 de Novembro, 310. Leite, em vez de sangue, fluiu de seu corpo, o qual foi levado por anjos para o alto do monte Sinai, onde até hoje repousam suas relíquias milagrosas. Contam-se aos milhares as graças e os milagres acontecidos naquele local por intercessão de santa Catarina de Alexandria.
Passados três séculos, Justiniano, Imperador de Bizâncio, mandou construir o Mosteiro de Santa Catarina e a igreja onde estaria sua sepultura no monte Sinai. Mas somente no século VIII conseguiram localizar o seu túmulo, difundindo ainda mais o culto entre os Fiéis do Oriente como do Ocidente.
Tropárion de Santa Catarina Modo IV
A Tua cordeira Catarina altissonante clama a Ti, Jesus:
Eu Te amo, ó meu Noivo,
e, em busca de Ti, passei por muitas lutas.
Estou crucificada e sepultada Contigo no Teu batismo,
e por Teu amor padeci, para que eu pudesse reinar Contigo;
Morro por Ti, para que possa viver Contigo.
Aceita-me, como um sacrifício puro,
pois, por amor por Ti, padeci.
Por suas súplicas, salva as nossas almas, ó Tu que És misericordioso.
Kontakion de Santa Catarina Modo II
Ó vós que amai os mártires,
erguei reverentes um coro
honrando a sapientíssima Catarina;
pois, na arena anunciou Cristo e pisou a serpente,
destroçando o conhecimento dos oradores.
Leituras Comemorativas
Efésios 6:10-17
Lucas 21:12-19
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Tito 1:15-2:10
15 Tudo é puro para os que são puros, mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro; antes tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas. 16 Afirmam que conhecem a Deus, mas pelas suas obras o negam, sendo abomináveis, e desobedientes, e réprobos para toda boa obra. 1 Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. 2 Exorta os velhos a que sejam temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor, e na constância; 3 as mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem, 4 para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, 5 a serem moderadas, castas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada. 6 Exorta semelhantemente os moços a que sejam moderados. 7 Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra integridade, sobriedade, 8 linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós. 9 Exorta os servos a que sejam submissos a seus senhores em tudo, sendo-lhes agradáveis, não os contradizendo 10 nem defraudando, antes mostrando perfeita lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus nosso Salvador.
Lucas 19:12-28
Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois. E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha. Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós. E aconteceu que, voltando ele, depois de ter tomado o reino, disse que lhe chamassem aqueles servos, a quem tinha dado o dinheiro, para saber o que cada um tinha ganhado, negociando. E veio o primeiro, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu dez minas. E ele lhe disse: Bem está, servo bom, porque no mínimo foste fiel, sobre dez cidades terás autoridade. E veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco minas. E a este disse também: Sê tu também sobre cinco cidades. E veio outro, dizendo: Senhor, aqui está a tua mina, que guardei num lenço; porque tive medo de ti, que és homem rigoroso, que tomas o que não puseste, e segas o que não semeaste. Porém, ele lhe disse: Mau servo, pela tua boca te julgarei. Sabias que eu sou homem rigoroso, que tomo o que não pus, e sego o que não semeei; por que não puseste, pois, o meu dinheiro no banco, para que eu, vindo, o exigisse com os juros? E disse aos que estavam com ele: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas. (E disseram-lhe eles: Senhor, ele tem dez minas). Pois eu vos digo que a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado. E quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim. E, dito isto, ia caminhando adiante, subindo para Jerusalém.
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