22 de Setembro de 2023 (CC) / 09 de Setembro (CE)
Pós-festa da Natividade da Santíssima Mãe de Deus
Santos e Justos Avós do Senhor, Joaquim e Anna
Pós-festa da Natividade da Santíssima Mãe de Deus
Santos e Justos Avós do Senhor, Joaquim e Anna
Jejum (Azeite é permitido)
Tom 6
Tom 6
No dia após o nascimento da Puríssima Virgem Maria, a Igreja comemora os Justos Joaquim e Ana. No Proto-Evangelho de Tiago, o irmão do Senhor informa que os pais da Santíssima Mãe de Deus, e avós de Jesus, chamavam-se Joaquim e Ana. Joaquim provêm da descendência do rei Davi. Muitos descendentes de Davi nutriam a esperança de que, de sua família, nasceria o Messias, porque Deus havia prometido a Davi que de sua geração nasceria o Salvador do mundo. Ana descendia, por parte de pai, de Aarão, o Sacerdote, e do lado de sua mãe, da estirpe de Judá.
Joaquim e Ana viveram a maior parte de suas vidas na cidade da Galileia, Nazaré. Destacavam-se por suas virtudes e boas obras. Mas, viviam humilhados porque não tinham filhos. Eram estéreis. Joaquim foi ao templo de Jerusalém para levar suas ofertas, mas o Sumo Sacerdote se recusou a recebê-las, justificando que a Lei proíbe receber oferendas de pessoas que não deixassem descendência em Israel. Foi muito duro para o casal suportar, no templo, esse insulto, onde esperavam encontrar alívio para os seus sofrimentos. Mas, apesar da idade avançada de ambos, sem rancor, continuavam rogando a Deus que lhes desse um filho. Joaquim dirigiu-se então para o deserto, e ali passou, 40 dias em jejum e oração.
Finalmente, o Senhor ouviu as suas orações e enviou o Arcanjo Gabriel avisar a Ana que ela iria conceber um filho. E logo Ana concebeu, nascendo uma menina. Cheios de alegria, os pais a chamaram MARIA. Assim, a generosidade de Deus recompensou a fé e a paciência do casal, dando-lhes uma filha que trouxe a bênção para toda a humanidade.
Durante três anos educaram em sua casa a pequena Maria e, cumprindo a promessa de oferecê-la a Deus, enviaram-na ao templo de Jerusalém. Ali havia uma casa para crianças órfãs, onde a menina foi deixada para viver e estudar. Aos 80 anos faleceu Joaquim. Ana passou a morar próxima ao templo e visitava sua filha continuamente durante uns dois anos.
A devoção de Santa Ana ou Sant’Ana remonta ao século VI, no Oriente. No Ocidente data do século X. A devoção a São Joaquim é mais recente.
Tropárion dos Santos Joaquim e Ana, Tom 1Os justos segundo a lei da graça, Joaquim e Ana, / geraram um bebê dado por Deus. / Por isto, a Divina Igreja preserva uma esplendorosa festa, / celebrando, hoje, suas honoráveis memórias com alegria, / glorificando a Deus que para nós // ergueu tão grande salvação na casa de Davi.
Kondákion dos Santos Joaquim e Ana, Tom 2Libertada dos laços da esterilidade, / Ana agora se regozija. / E ao ver que nutria a Toda Pura, / a todos convida cantar Ao que por seu ventre nos concedeu // a Única Mãe que não conheceu homem algum.
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Efésios 1:7-17
7 Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, 8 Que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; 9 Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, 10 De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; 11 Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; 12 Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; 13 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; 14 O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória. 15 Por isso, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus, e o vosso amor para com todos os santos, 16 Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: 17 Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;
Marcos 8:1-10
1 Naqueles dias, havendo de novo uma grande multidão, e não tendo o que comer, chamou Jesus os discípulos e disse-lhes: 2 Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que eles estão comigo, e não têm o que comer. 3 Se eu os mandar em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de longe. 4 E seus discípulos lhe responderam: Donde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto? 5 Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete. 6 Logo mandou ao povo que se sentasse no chão; e tomando os sete pães e havendo dado graças, partiu-os e os entregava a seus discípulos para que os distribuíssem; e eles os distribuíram pela multidão. 7 Tinham também alguns peixinhos, os quais ele abençoou, e mandou que estes também fossem distribuídos. 8 Comeram, pois, e se fartaram; e dos pedaços que sobejavam levantaram sete alcofas. 9 Ora, eram cerca de quatro mil homens. E Jesus os despediu. 10 E, entrando logo no barco com seus discípulos, foi para as regiões de Dalmanuta.
COMENTÁRIO
Num piscar de olhos, o Senhor multiplicou um pedaço de pão. Aquilo que os homens fazem em dez meses de trabalho, fizeram-no os Seus dedos num instante. [.] Contudo, não foi com o seu poder que comparou este milagre, mas com a fome dos que tinha diante de Si. Se o milagre tivesse sido comparado com o seu poder, seria impossível de avaliar; comparado com a fome daqueles milhares de pessoas, o milagre ultrapassou os doze cestos. O poder dos artesãos é inferior aos desejos dos respectivos clientes; eles não conseguem fazer tudo aquilo que se lhes pede; pelo contrário, as realizações de Deus ultrapassam todo o desejo. [.]
Saciados no deserto, como outrora o tinham sido os Israelitas pela oração de Moisés, eles exclamaram: "Este é o profeta do qual está dito que viria ao mundo." Aludiam às palavras de Moisés: "O Senhor suscitará para vós um profeta", que não será um profeta qualquer, mas "um profeta como eu" (Dt 18,15), que vos saciará de pão no deserto. Tal como eu, caminho u sobre as águas, surgiu numa nuvem luminosa (Mt 17,5), libertou o seu povo. Entregou Maria a João, como Moisés entregara o seu rebanho a Josué. [.] Mas o pão de Moisés não era perfeito; apenas foi dado aos Israelitas. Querendo significar que o seu dom é superior ao de Moisés e o chamamento às nações ainda mais perfeito, Nosso Senhor disse: "Se alguém comer o Meu pão viverá eternamente", porque "o pão vivo que desceu do céu" é dado a todo o mundo (Jn 6,51).
Santo Efrém, o Sírio(c. 306-373),
Diatesseron, 12, 4-5, 11
ORAÇÃO
Pai Nosso que estás nos céus,
Santificado seja Teu Nome,
Venha a nós o Teu Reino,
Seja feita a Tua vontade, assim na terra como nos céus.
O Pão nosso suprassubstancial nos dá hoje,
Perdoa nossas dívidas
Assim como nós perdoamos nossos devedores;
E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mau.
Porque Teu é o reino, o poder e a glória,
Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre, Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário