09 de Novembro de 2024 (CC) / 27 de Outubro (CE)
Santo Mártir Nestor de Tessalônica († 306); Venerável Nestor de Pechersk, o cronista; Santa Proklis e Pilatos
Tom 2
Nos tempos do martírio de São Demétrio, vivia em Constantinopla um jovem de nome Nestor, que aderiu à fé cristã através dos ensinamentos de São Demétrio. Naquela época, o Imperador Maximiano, inimigo de Cristo, ordenou que se promovessem vários jogos e entretenimento para o povo. O favorito do Imperador era uma vândalo de nome Liaeo, um homem de tamanho e força comparáveis a Golias.
Como gladiador imperial, Liaeo desafiava para o duelo todo o tipo de homem, e a todos os que o enfrentaram ele os matava, e seus massacres deleitavam o Imperador idólatra em sua sede de sangue. Este construiu um estádio especial, semelhante a uma plataforma sobre colunas, para os duelos de Liaeo. Sob esta plataforma, haviam lanças com pontas agudas e afiadas apontando para cima. Quando Liaeo vencia alguém num duelo, atirava sua vítima em direção à floresta de lanças. Os pagãos que ficavam parados em torno das lanças junto ao seu Imperador deleitavam-se quando algum pobre desditado se contorcia sobre as lanças até a morte. Entre as vítimas inocentes de Liaeo contava-se um grande número de cristãos, pois quando ninguém se apresentava voluntariamente para duelar com Liaeo, os cristãos eram forçados pelo imperador a lutar com ele.
Presenciando este aterrorizante deleite do mundo pagão, o coração de Nestor se encheu de dor e decidiu ir ele mesmo ao estádio do terrível Liaeo. Antes, porém, foi à prisão onde São Demétrio encontrava-se preso, e pediu a sua bênção para fazer isso. São Demétrio o abençoou, fazendo o sinal da cruz sobre sua testa e peito, e disse:
"Irás vencê-lo, mas sofrerás por Cristo".
O jovem Nestor dirigiu-se então ao estádio Liaeo. O Imperador estava lá com uma grande multidão, e todos lamentavam a morte iminente do jovem Nestor. Tentaram convencê-lo a não lutar com Liaeo, mas Nestor fez o sinal da cruz e disse:
"Grande És Tu, Ó Deus de Demétrio, ajuda-me!"
E com a ajuda de Deus, Nestor abateu Liaeo, jogando depois o pesado gigante sobre as pontas afiadas das lanças, onde o gladiador encontrou sua morte. Então todo o povo exclamou:
"Grande é o Deus de Demétrio!"
Mas o impiedoso Imperador que havia sido envergonhado diante do povo e, lamentando a morte de seu favorito, encheu-se de furor contra Demétrio e Nestor e ordenou que Nestor fosse decapitado pela espada e que Demétrio fosse atravessado com lanças. Assim foi que Nestor, este glorioso herói cristão, deixando para trás sua jovem vida sobre esta Terra, entrou para o Reino de seu Senhor em 306 d C.
Tropárion de São Nestor de Tessalônica, Tom 4: Em seus sofrimentos, ó Senhor, / Teu mártir Nestor recebeu de Ti, ó nosso Deus, coroa imperecível,/ pois, tomado de Teu poder, / aviltou os torturadores e esmagou a débil ousadia dos demônios./ Por suas súplicas, salva, Senhor, as nossas almas.
Kondákion, Tom 2: Tendo combatido o bom combate, / agora herdaste a glória imortal, / pois que pelas orações do mártir Demétrio / foste do Mestre um grande guerreiro; / por tanto, junto com São Demétrio, / não deixarás de rezar por nós, ó sábio Nestor.
Oração Antes de Ler as EscriturasFaz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
2 Coríntios 1:8-11
Fragmento 168 - Irmãos, não desejamos que desconheçais as tribulações que atravessamos na província da Ásia, as quais foram muito acima da nossa capacidade de suportar, de tal maneira que chegamos a perder a esperança da própria vida. De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas somente em Deus, que ressuscita os mortos. Ele nos livrou e seguirá nos livrando de tão horrível perigo de morte. É n’Ele que depositamos toda a nossa fé que continuará nos livrando, contando também com a ajuda das vossas orações por nós, para que, pelo favor que nos foi concedido pela intercessão de muitos; da mesma forma, por muitos, sejam oferecidas ações de graças a nosso respeito.
Cristo Rei, reparador de nossa salvação: dai-me, concede-me a graça de que à Tua vinda eu saia vivo do sepulcro e que, quando Tua Majestade se manifestar, me coloques à Tua destra.
Adoramos, Senhor, Tua cruz, na qual está depositada toda a nossa esperança de salvar-nos, porque será ela que dá aos nossos corpos a imortalidade e a claridade. Meus olhos esperam a Tua redenção, e meus ouvidos também esperam a palavra de Teu juízo Salvador. Não me deixes abandonado no sepulcro, porque Tu És a esperança dos mortos enterrados. A Adão sepultado lhe ressuscitará a voz do Filho de Deus e, como em outro tempo aos hebreus, o levará não para a terra da promissão, mas conduzido ao céu, lhe revestirá de glória imortal.
Mas, enquanto não nos é concedido subir até ali, não cessam de ressoar em nossos ouvidos, como trovões, as vozes dos santos; Teus apóstolos gritam aos pecadores chamando-os à penitência, admoestando-lhes que trabalhem na consecução da verdadeira glória, pois a vida deste mundo é uma fábula.
Nossa ressurreição futura nos é anunciada pelos profetas; pelos apóstolos, o prêmio para a virtude, e o Evangelho do Senhor nos mostra o caminho pelo qual se vai ao reino. Que o mundo inteiro, os homens todos, caindo de joelhos, Te adorem, Senhor, e que toda a terra louve o Teu nome, Tu que És reparador daqueles que jazem mortos e esperança derradeira de todos os mortais...
Não permitas, Senhor, que nossas culpas nos arrastem à perdição, pois És Tu mesmo Quem perdoa os pecados; não deixes órfãos a estes Teus pequeninos, nem aos anciãos os prives de toda proteção, nem os exponhas à ignomínia e à miséria. Por aquele Teu amor, Senhor, com que nos amaste, não nos abandones, e dai-nos o Teu auxílio para servir-Te todos os dias fervorosamente.
Meus dias voaram como um sonho, correram e se evaporaram meus anos; o peso dos meus delitos está mostrando o tremendo juízo da justiça divina e assusta-me tremendamente. Por isso, com grande amargura de minha alma, clamo com o profeta: Não entres em juízo com o Teu servo, pois diante de Ti não existe ninguém justo.
Envergonha-Te de deixar-me desfeito no sepulcro, porque Tu És Deus de misericórdia; restituí-me a forma perdida de meu corpo, impelido pela compaixão, a fim de que, adquirindo nova beleza quando venhas, mereça entrar em Teu reino.
Quando cresceram os meus pecados – disse Adão – então se alterou a ordem de todas as coisas que me eram próprias. Os pecados me arrebataram a vida. Quem me libertará de tantas calamidades que me afligem? O grande mal que me tirou a vida foi o ter pecado no paraíso e desobedecido a Deus.
Todos nós, os Teus filhos, entramos irremissivelmente pelo caminho que Ele nos abriu pecando e, como ele, nos separamos da santidade de Deus. Senhor! Por isso todos temos que voltar prontamente para aquela mesma terra da qual fomos criados, terra sujeita a todas as calamidades.
Porém, lembra-Te de mim, Senhor, e perdoa a este réu. Sou obra de Tuas mãos: Tu me modelaste. Lembra-Te de Teu primeiro amor, que És misericordioso e mansíssimo. Chegará o dia em que chamarás os mortos à vida; peço-Te que então não me separes de Tua companhia. Ajude-me o Teu poder, que antes me deu o ser: Vede que sou joguete do diabo; peço-Te que reprimas sua sanha. Chamastes-nos aos Teus templos; não permitas que caiamos em poder de nosso inimigo carniceiro. Comido pela inveja, ele nos arrebatou aquela luz que lhe ofuscava, e despidos nos precipitou às trevas do inferno, de onde não se volta.
A morte maldita preside e está sentada às portas para impedir a saída, e até a própria esperança de sair dali, se alguma restar de fugir-se. Envia, Senhor, do céu ao Teu Amado, que rompa os ferrolhos do obscuro calabouço; visto que venceu ao nosso adversário, repara a desgraça que nos aflige.
Fragmento 168 - Irmãos, não desejamos que desconheçais as tribulações que atravessamos na província da Ásia, as quais foram muito acima da nossa capacidade de suportar, de tal maneira que chegamos a perder a esperança da própria vida. De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas somente em Deus, que ressuscita os mortos. Ele nos livrou e seguirá nos livrando de tão horrível perigo de morte. É n’Ele que depositamos toda a nossa fé que continuará nos livrando, contando também com a ajuda das vossas orações por nós, para que, pelo favor que nos foi concedido pela intercessão de muitos; da mesma forma, por muitos, sejam oferecidas ações de graças a nosso respeito.
Lucas 8:16-21
Fragmento 36 - Disse o Senhor: Ninguém, ao acender uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz. Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz. Vede, pois, como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado. E foram ter com Ele Sua mãe e Seus irmãos, e não podiam aproximar-se d’Ele, por causa da multidão. E foi-Lhe dito: Estão lá fora Tua mãe e Teus irmãos, que querem ver-Te. Mas, respondendo Ele, disse-lhes: Minha mãe e Meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam.
Fragmento 36 - Disse o Senhor: Ninguém, ao acender uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz. Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz. Vede, pois, como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado. E foram ter com Ele Sua mãe e Seus irmãos, e não podiam aproximar-se d’Ele, por causa da multidão. E foi-Lhe dito: Estão lá fora Tua mãe e Teus irmãos, que querem ver-Te. Mas, respondendo Ele, disse-lhes: Minha mãe e Meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam.
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“Lembra-Te de Mim, Senhor, e Perdoa a Este Réu”
Cristo Rei, reparador de nossa salvação: dai-me, concede-me a graça de que à Tua vinda eu saia vivo do sepulcro e que, quando Tua Majestade se manifestar, me coloques à Tua destra.
Adoramos, Senhor, Tua cruz, na qual está depositada toda a nossa esperança de salvar-nos, porque será ela que dá aos nossos corpos a imortalidade e a claridade. Meus olhos esperam a Tua redenção, e meus ouvidos também esperam a palavra de Teu juízo Salvador. Não me deixes abandonado no sepulcro, porque Tu És a esperança dos mortos enterrados. A Adão sepultado lhe ressuscitará a voz do Filho de Deus e, como em outro tempo aos hebreus, o levará não para a terra da promissão, mas conduzido ao céu, lhe revestirá de glória imortal.
Mas, enquanto não nos é concedido subir até ali, não cessam de ressoar em nossos ouvidos, como trovões, as vozes dos santos; Teus apóstolos gritam aos pecadores chamando-os à penitência, admoestando-lhes que trabalhem na consecução da verdadeira glória, pois a vida deste mundo é uma fábula.
Nossa ressurreição futura nos é anunciada pelos profetas; pelos apóstolos, o prêmio para a virtude, e o Evangelho do Senhor nos mostra o caminho pelo qual se vai ao reino. Que o mundo inteiro, os homens todos, caindo de joelhos, Te adorem, Senhor, e que toda a terra louve o Teu nome, Tu que És reparador daqueles que jazem mortos e esperança derradeira de todos os mortais...
Não permitas, Senhor, que nossas culpas nos arrastem à perdição, pois És Tu mesmo Quem perdoa os pecados; não deixes órfãos a estes Teus pequeninos, nem aos anciãos os prives de toda proteção, nem os exponhas à ignomínia e à miséria. Por aquele Teu amor, Senhor, com que nos amaste, não nos abandones, e dai-nos o Teu auxílio para servir-Te todos os dias fervorosamente.
Meus dias voaram como um sonho, correram e se evaporaram meus anos; o peso dos meus delitos está mostrando o tremendo juízo da justiça divina e assusta-me tremendamente. Por isso, com grande amargura de minha alma, clamo com o profeta: Não entres em juízo com o Teu servo, pois diante de Ti não existe ninguém justo.
Envergonha-Te de deixar-me desfeito no sepulcro, porque Tu És Deus de misericórdia; restituí-me a forma perdida de meu corpo, impelido pela compaixão, a fim de que, adquirindo nova beleza quando venhas, mereça entrar em Teu reino.
Quando cresceram os meus pecados – disse Adão – então se alterou a ordem de todas as coisas que me eram próprias. Os pecados me arrebataram a vida. Quem me libertará de tantas calamidades que me afligem? O grande mal que me tirou a vida foi o ter pecado no paraíso e desobedecido a Deus.
Todos nós, os Teus filhos, entramos irremissivelmente pelo caminho que Ele nos abriu pecando e, como ele, nos separamos da santidade de Deus. Senhor! Por isso todos temos que voltar prontamente para aquela mesma terra da qual fomos criados, terra sujeita a todas as calamidades.
Porém, lembra-Te de mim, Senhor, e perdoa a este réu. Sou obra de Tuas mãos: Tu me modelaste. Lembra-Te de Teu primeiro amor, que És misericordioso e mansíssimo. Chegará o dia em que chamarás os mortos à vida; peço-Te que então não me separes de Tua companhia. Ajude-me o Teu poder, que antes me deu o ser: Vede que sou joguete do diabo; peço-Te que reprimas sua sanha. Chamastes-nos aos Teus templos; não permitas que caiamos em poder de nosso inimigo carniceiro. Comido pela inveja, ele nos arrebatou aquela luz que lhe ofuscava, e despidos nos precipitou às trevas do inferno, de onde não se volta.
A morte maldita preside e está sentada às portas para impedir a saída, e até a própria esperança de sair dali, se alguma restar de fugir-se. Envia, Senhor, do céu ao Teu Amado, que rompa os ferrolhos do obscuro calabouço; visto que venceu ao nosso adversário, repara a desgraça que nos aflige.
Santo Efrém, o Sírio, Diácono e Monge (séc. IV)
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